29 dezembro, 2008

28 dezembro, 2008

Mirror's Edge > All

Patchzin que a EA vai disponibilizar em janeiro para o Mirror's Edge:



Férias, pra quê?

The good, the bad and the ugly...

Gordon, Dent e Batman em Cavaleiro das Trevas, o filme... Quem é quem? Fica a cargo de quem assiste. Constatações de um bêbado... Cada vez que vejo o filme me conveço da genialidade de pessoas que lidam com quadrinhos. Up the Irons!!!

27 dezembro, 2008

Devils - 69 eyes

Letra de uma música que ando ouvindo bastante...

Who told you about a man without fear
Who told you about a god who does not care
Who told you about a pain that does not hurt
Who told you about a love that turns to dirt

Devils
You've got a face-to-face with your
Devils
You've got a race to race with your
Devils
You've got to find a place among your
Devils
You cannot replace your
Devils
Devils

Who told you about cause and effect
Who told you about a heart that can forget
Who told you about fortune and fame
Who told you that the evil has got no name

Devils
You've got a face-to-face with your
Devils
You've got a race to race with your
Devils
You've got to find a place among your
Devils
You cannot replace your
Devils
You can’t deny
Devils
They’ll get you in the night

Who told you
who told you

Devils
You've got a face-to-face with your
Devils
You've got a race to race with your
Devils
You've got to find a place among your
Devils
You cannot replace your
Devils

You can't deny

Devils

They'll get you in the night

devils

you gotta ride on your rage with your

devils

You gotta ride on your rage with your

devils


You gotta ride on your rage with your devils

Photobucket

A falta de criatividade hollywoodiana e suas medíocres (re)criações...

Acabei de assistir Hancock... Atrasado, eu sei, mas... Nem todo mundo pode frequentar cinemas regularmente. Pois bem, gostei do filme. Apesar de aproveitar o chavão atual dos super-heróis, é um filme original e com um roteiro interessante e efeitos especiais bem convincentes. Mas o post não se destina a isso... Falando um pouco sobre a falta de desenvolvimento de Hollywood, em se tratando de originalidade. Todo mundo que gosta um pouco de cinema (me encaixo nesse limbo) percebe que os remakes viraram moda. Simplesmente porque regravar um filme antigo é certeza de rendimento. Costumam ser filmes com baixo orçamento, no caso de terror, e de retorno garantido. Pode-se verificar isso pelos filmes de terror... Massacre da Serra Elétrica, Halloween, Sexta-Feira 13, Hellraiser, Horror em Amityville... Isso sem falar dos remakes orientais e de outros gêneros... Será mesmo que os roteiristas não andam tendo boas idéias? Creio que não. Na verdade é o que já disse antes. Dinheiro. Roteiros de remakes são, provavelmente, mais baratos e, com os efeitos especiais atuais, ficam mais impressionantes que os antigos. O triste é que os mais novos não assitem aos filmes antigos, mesmo porque esses são "mal feitos" aos seus olhos. Pode-se ver isso de um lado positivo, pois, mesmo não assistindo os originais, estes podem ter pelo menos contato com algo parecido com o original. Aconselho aos menos vividos que assistam sim os filmes antigos, com o intuito de verificar como a história foi idealizada originalmente, e que vejam com olhos críticos, mas também com olhos de quem está assistindo algo feito décadas atrás. Pois, em "O dia em que a Terra parou" de 1951 o mundo vivia a ascenção da Guerra Fria, por exemplo... Assistam "O massacre da serra elétrica" de 1974 e vejam o que chocava naquela época. O quão próximo da realidade é a situação ocorrida. Ou "Guerra dos Mundos" de 1953 (não vi o novo)...
Pra finalizar, ainda bem que descobriram a mina de ouro dos super-heróis. E apesar de grandes tropeços, como Demolidor e Elektra, surgiram coisas muito boas, como Homem de Ferro, Batman e X-Men (não gosto dos filmes do Homem-Aranha "mocinha"). Esperemos Watchmen e torcemos por Spirit... Lamentemos o Super Homem "dark", pra acabar de fechar o caixão do pobre Homem de Aço...

Ps.1: Escrevi esse post como se fosse um velho de 80 anos... "menos vividos" BWWAAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA (risadinha do Guy Gardner)
Ps.2: O blog tá meio parado...

Photobucket

14 dezembro, 2008

Don Hertzfeldt

Considero esse sujeito um gênio da animação nonsense. Não sei nada sobre ele, mas vou colocar aqui uns exemplos. Muito boa diversão.


Rejected Cartoon - o melhor


Billy´s Balloon - crueldade generalizada

Deliciem-se e vejam outros no iutubiu...

07 dezembro, 2008

Pertinente ao texto mais abaixo...

Pode parecer superficial para alguns... Mas a letra é interessante, pra quem vos escreve. Enjoy it...

Pipiru piru piru pipiru pi

Controle.

Na mente de Zero...

"Estou perdendo o controle, estou perdendo o controle... Algum inocente vai morrer, sei que vai... Eu vou ser o responsável... Vou sim! E o que vou fazer?"
"Ná, pára com essa merda! Tá tudo dando certo! O pessoal pegou o jeito, a alma do negócio já está feita... Larga de ser babaca e continua! Eles merecem, merecem tudo o que acontece!"
"Eles sim, mas e os outros... O sujeito que foi preso... Quase matou aqueles policiais!"
"Mas podem ser policiais corruptos? Nunca se sabe."
"Esse é o porém... Não dá pra saber... Eu sei, mas eles não. E..."
"E, nada... Cala essa boca que tu tem serviço a fazer..."
"Ah... Mas..."
"Porra, se tu não fizer, vai acabar dando merda, vai por mim..."

Noticiário das seis.

- Mais um vídeo foi publicado na internet pelo famoso assassino em série conhecido por Zero. A polícia tentou localizar sua real fonte, conseguindo ver apenas que foi postado de algum lugar da Suécia. O repórter Johan Aguinelo está agora com o Chefe do Departamento de polícia, ao vivo.
- Sim, Rob, estamos aqui ao vivo com o Comandante Mikka Yung, com algumas informações.
- Esse sujeito... Zero... É muito esperto. Aparentemente usou um link de outro país para enviar a mensagem. Pelo que consta, é uma rede de infratores, o que torna mais difícil sua captura. Quem tiver alguma informação temos uma linha dedicada apenas a receber ligações sobre o indivíduo...
- É com você, Rob.
- E agora, em primeira mão, o vídeo, ou melhor, o áudio de Zero.

- Pessoas que se passam por mim... Cuidado... Qualquer erro cometido, qualquer deslize que afete algum inocente farão de vocês alvos. Pensem e analisem antes de tomar alguma atitude. Minha marca não será usada em vão. Continuem, mas com atenção. Os maus serão punidos e os inocentes vingados...

- Essa foi a declaração. A polícia relembra que essas palavras não devem ser consideradas. Zero é um fora da lei e como tal não deve ser seguido. E vamos às próximas notícias...

People don´t change...

Falando um pouco sobre formação de caráter. Assumimos vários aspectos de personalidade impostos pela genética. Isso é fato, apesar de alguns tomarem posição contra. Chegar a personalidade definitiva, aquela que o ser humano almeja, nos torna escravos da falta de opções. Uma porcentagem do caráter vem dos genes, outra é adquirida pelo convívio diário, seja com parentes, amigos, livros e cognatos e outra vem dessa mudança. Certas pessoas conseguem se superar e se auto-formar, atingindo níveis de mudança que derrubam barreiras e tabus e, normalmente, se tornam pessoas melhores, no modo de percepção do mundo. Outros, a grande maioria, não o fazem com tanto afinco, ou nem tentam, simplesmente se adequando ao "modus vivendi" ordinário. Tirar o melhor de tudo o que vivemos é algo que todos podem fazer, mesmo das derrotas. A vida ensina e, apenas deixar passar ou tentar tirar vantagem em cima de todas as situações são as atitudes que transformaram o mundo no caos atual. Caos sim, pois atualmente apenas vivemos, digo isso para o ser humano médio. Não buscamos fazer algo mais, simplesmente porque pode ser feito, até mesmo por satisfação pessoal, apenas fazemos o trivial, vivendo...
Os aspectos de personalidade que não me foram impostos tento desenvolver... Sou humano, falho, rancoroso, mal, teimoso e limitado mentalmente, mas tento. Tentar é a alma de toda mudança. Tenho que agradecer a meus pais, pessoas próximas em geral (não vou falar de todo mundo), livros e, porque não, super-heróis, que, mesmo com atitudes boas ou más, me mostraram que muita coisa na vida pode ser mudada.
O período é de transição. Nem deveria escrever isso aqui, mas dizem que consigo usar bem as palavras e acho que nunca coloquei algo mais particular no PouB. Não quero mudar (não estou desmentindo tudo o que disse, apenas digo que me sinto confortável com o momento atual), mas percebo que é uma situação natural.
Quanto ao título, parafraseei House (aquele do seriado), pois é o personagem mais alheio às situações humanas que conheço (lembrem-se, personagem) e ele está errado. Mudanças são passíveis de mudanças. Acho que estou envelhecendo... Quem for próximo, por favor, não deixe isso acontecer...



Não sei se a música é apropriada, eu acho.... Na pior das hipóteses, é boa, escutem.

27 novembro, 2008

Desastres...

Não sei se todo mundo sabe, mas todos os colaboradores do PouB são de Santa Catarina. Somos um bando de privilegiados, por estarmos em Florianópolis, onde os danos foram mínimos, se comparados a outros municípios daqui. Infelizmente, no meu caso, não posso ir trabalhar, devido a interdição da Br 101. Mas o objetivo do post não é falar sobre meus problemas. O maior motivo é a celebração da existência de pessoas boas no mundo. Pessoas que ainda pensam em ajudar outras pessoas sem pensar em si mesmo. Além da Defesa Civil, extremamente responsável e bem direcionada, o Corpo de Bombeiros e o Exército e todos os outros dispositivos públicos, existem pessoas, voluntários, colaboradores, que estão ajudando, seja com mantimento, seja com colaboração direta, a minimizar o sofrimento da população mais afetada. Vi, agora, pessoas que estão doando comida e outros produtos aos caminhoneiros presos na BR 101. Enfrento essa estrada todos os dias e sei a grande quantidade de veículos de grande porte que trafegam por lá. Como no Brasil, infelizmente, não temos um planejamento de transporte decente, com uso de vias férreas e tudo mais, são essas pessoas que movem o país e, sem alternativa, têm que esperar. Em tempos de maldade desenfreada, apoiada no mecanismo capitalista vigente como desenvolvimento natural da humanidade, ver demonstrações de solidariedade desse tipo ainda me dá esperança. Não sou religioso, não mesmo, mas a prova da presança de alguma força superior se mostra aí. Cada um tem sua consciência e estes usam para o bem. Totais congratulações a estas belas almas. Agora, sobre o ágil praticado por alguns... O maior ultraje e falta de respeito ao que as pessoas ditam anteriormente estão praticando. Vender mantimentos a 10 vezes o preço, dobrar o valor do banho e das refeições nos postos de gasolina... Sei que minhas palavras serão lidas por poucos. Mas se a idéia puder ser multiplicada, seria interessante. Que esses estabelecimentos sejam boicotados e sofram consequencias posteriores. Vamos verificar quais são os postos irresponsáveis que estão fazendo essas barbaridades, assim como os mercados e padarias (ou seja lá o que for) que estão se aproveitando da situação para aumentar seus lucros e DEIXAR DE FREQUENTÁ-LOS. FAZER COM QUE ELES VEJAM O QUE É DEPENDER, SIM DEPENDER, POIS ELES DEPENDEM DE CLIENTES PARA VIVER, E NÃO TER APOIO E AUXÍLIO. Conversem isso com quem vocês puderem. Cataloguem os estabelecimentos e tentemos fazer algo...

15 novembro, 2008

A história das coisas

Creio que até o presente momento não havia encontrado uma demonstração de pensamento que cruzasse bem com o que imagino ser o nosso modo de vida. Nesse vídeo, mesmo que de forma simplista e resumida, mostra o que acontece e algumas das iniciativas que surgem atualmente para tentar minimizar o consumismo desenfreado e sem sentido. Não sei se é um vídeo antigo, não sou tão rato de internet assim, mas é interessante. Bom para pessoas com um mínimo de consciência, que pensam em ajudar na sustentabilidade, bom para os bons de discurso, que podem mostrar para pessoas próximas que atitudes devem ser mudadas e bom para a grande maioria fútil que acha que seu sapatinho novo, caro e da moda é mais importante que o resto do mundo.
Aqui tá o link: http://www.unichem.com.br/videos.php

09 novembro, 2008

Desenho animado de verdade (só de sacanagem, hehe)



Bom dia, pessoal. Esse é um dos desenhos animados banidos da Warner. Sobre o nazismo. Acho uma abordagem muito interessante sobre o tema, minimizando de forma infantil a situação deixando de modo que as crianças pudessem entender e questionar os pais. Mas como nos EEUU as coisas são sempre escondidas....

05 novembro, 2008

Desenho é coisa de criança...



O nome dessa obra-prima da animação japonesa é Karas. 6 OVAs, com uma animação simplesmente impecavel.

A história, a arte, musicas... enfim, uma das melhores animações que eu já vi (e olha que quando eu digo animações não uso como referencia o que passa/passava na Globo, me refiro a grandes nomes, como Michaël Dudok).

Desculpe, mas em termos de qualidade, tanto técnica quanto artistica, as animações japonesas estão ANOS a frente de QUALQUER OUTRA DO MUNDO.
Para se ter noção, a mais de 10 anos atrás era lançado Ghost in the Shell, que, para os leigos, foi a animação que serviu como base para a trilogia Matrix.

Não se deve comparar algo com informações retiradas da infancia... Sempre vai restar um sentimento nostalgico/romantico, o que acaba valorizando o material.

Desenho animado... vou mudar o título... Desenho animado retrô



Esse é hours concours. Belo exemplo de coisa bem feita... Animação, roteiro, tudo colaborando. Recomendo.

Desenho animado de verdade - parte 2



Jayce e os Guerreiros do Espaço. Muito antes de Planeta do Tesouro e seu navio espacial, Jayce vagava pelo espaço em um deles. Mais um grande exemplo de desenho animado fodaço da década de 80. E não é japonês...

Desenho animado de verdade - Parte 1



Inumanóides. O mal que jaz das profundezas. Meclair, Decompositor e Monstro Vegetal tocavam o terror no mundo da superfície... Animês, puff puff... (Como semear discórdia, hehehe)

02 novembro, 2008

The Simpsons Star Wars

Momento nerd: 



Pasmem, NÃO é o andy postando.

Minha cara

01 novembro, 2008

Dica pro final de semana (2)

Trivium - Down from the Sky



Depois do ultimo album deles (que foi uma merda), Trivium volta a boa forma com Shogun.
Album mais do que recomendado.

23 outubro, 2008

Dica pro final de semana:



Soil & "Pimp" Sessions.
Banda japa de acid jazz, coisa fina.

21 outubro, 2008

Estreiou dia 15 no Japão Michiko to Hatchin, um anime passado no Brasil e que conta a história de Michiko (que foge da prisão, tem algo mais brasileiro que isso?) e Hatchin (que foge dos seus pais que são extremamente severos) e tem vários locais turisticos como cenário.

Intro:


Parece ser interessante.
Vindo do estudio Manglobe (de Ergo Proxy e Samurai Champloo, 2 animes FODAS), só pode ser coisa boa :D

16 outubro, 2008

Já no outro tabuleiro...

... seleção brasileira de futsal fez uma puta partida contra a Russia.
4x2 para o Brasil, pau a pau o jogo todo... Como eu queria que no outro mapa fosse assim tambem.
Pelo menos no futsal não sou ofendido de brahmeiro.

Resumindo o jogo do Brasil:



Tancredo já!

15 outubro, 2008

12 outubro, 2008

Reator do Proletariado - Gênese parte 3


O general Ihor Krushiev possuía um vasto currículo no glorioso Exército Vermelho. Fora muito respeitado e, apesar de idoso, ainda participava ativamente de incursões militares em países vizinhos. Assim aconteceu durante a Guerra do Vietnã, onde ficou até 1979, quando retirou-se para o que ficou mundialmente conhecido como Guerra do Afeganistão. A invasão desse país, liderada por ele, acontecera da maneira como foi planejada, porém manter o domínio tornara-se algo extremamente complicado. Em 1982, as forças armadas soviéticas controlavam apenas 20% do país, com um governante fraco, sem apoio popular e com Ihor como comandante militar. Em 1984 o contingente soviético era de 250.000 homens e o Kremlin começou a se incomodar com essa situação insustentável. Krushiev possuía amigos poderosos, mas esses, como outros menos “amigos”, tentavam convencê-lo a se tornar um burocrata e esconder-se atrás de uma mesa. No alto dos seus 65 anos, ele acreditava ser completamente capaz de comandar tropas de campo, mas não era isso que o alto comando achava e suas últimas ordens de comando demonstravam certo grau de incapacidade. A ocupação do Afeganistão não teria fim imediato e, desde a entrada do atual Premiê, a troca de comando seria inevitável. Fora oferecido um cargo no Ministério da Guerra em Moscou e, como segunda opção, a diretoria de uma prisão federal na Sibéria. Ihor foi tomado por uma fúria que nunca havia sido externada, pois o mesmo era conhecido por sua fleuma inabalável. Moscou não era opção e, de forma extremamente passional, o general solicitou tua transferência para a Sibéria. Ele sabia que seria sua derrocada canção.
Presos políticos nunca foram importantes na sua concepção de política interna. Para ele, a União Soviética era muito maior que isso e essa era a única vertente da política stalinista com a qual não concordava. Como muitas outras crianças, ele conhecera “Papai Stálin” e recebera doces do mesmo. Stálin era a imagem da liderança para muitos soviéticos e, para os que não o viam dessa forma, primeiro viria a prisão, depois a morte. Krushiev acreditava no poder da persuasão limpa e gradual. Levar o opositor a acreditar em seus princípios, como se fossem dele. No Vietnã ele provara que conseguia fazer tal coisa, pelo menos com camponeses e soldados do Vietnã do Sul, insatisfeitos com seus superiores. Ao invés de tortura, usava o poder da psicologia, dissuadindo inimigos a ficarem do seu lado. Esse traço importante de seu comportamento numa foi aproveitado pelo Kremlin e depois da semi-fracassada campanha no Afeganistão, a mudança para o gulag siberiano seria sua sentença de morte.
E assim foi, por vários longos meses. Ihor optou por não perturbar a rotina vigente e a prisão continuou trabalhando como a locomotiva que era anteriormente. O general mantinha contato constante com Novosibirsk, tentando manter-se atualizado. Em 28 de abril de 1986, seu contato em Novosibirsk informou que os sismógrafos da capital siberiana registraram um tremor de terra de mais de 5 graus na escala Richter a menos de 300 km de seu gulag. Seria ótimo se ele pudesse investigar tal acontecimento, afinal, terremotos dessa magnitude na Sibéria era algo raro e, tentando livrar-se do marasmo, o General Ihor Krushiev comunicou a Moscou e partiu na direção indicada.

10 outubro, 2008

08 outubro, 2008

Memórias do último - parte 2


Enquanto caminhava pela cidade deserta... Coisa estranha de se pensar, quando não se vê alguém a muito tempo... mas... Enfim, caminhando por aqui me lembrei de um pensamento antigo... Aquele lance da árvore caindo na floresta... Se ninguém viu, ela fez barulho? Ela realmente caiu? Pois é... Comecei a pensar em relação a mim... Será que eu tô vivo? Não tem mais ninguém aqui comigo pra saber... Só eu... Puta que pariu!!! O que será que isso significa?!?!? Opa, achei a padaria... Vou tomar umas cervas grátis...


14 cervejas depois....


FODA-SE ESSA PORRA!!! EU TÔ VIVO SIM!!! AQUI PRA VOCÊS, SEUS PULHAS!!! OOooooooo- CRÁS - ai, tropecei... ZZZZZzzzzzzZZZZZzzzzzzz

02 outubro, 2008

A salvação...

Black Tide:


Detalhe: o vocalista/guitarrista solo tem 15 anos.
Se isso não é a salvação do rock, eu sinceramente não sei o que é rock'n roll.


Outra banda relativamente nova: Airbourne.


Só olha quem dirige o caminhão... Ahuauhhuahua. In Lemmy we trust!


E Yirn:


Você é uma vergonha para o verdadeiro Deus do Rock'n Roll. Shame on you.

01 outubro, 2008

?????????

ONDE ESTÃO OS MALDITOS SOLOS DE GUITARRA?!?!? E A HARMONIA DA BATERA?!?!! E POR QUE QUANDO CONSEGUEM JUNTAR ALGUNS SUJEITOS BONS ELES NÃO SABEM FAZER MÚSICA?!?! MAS QUE COISA... Foi mal aí... Desabafo...

Memórias do último



- Por que...? É a única coisa que posso pensar hoje em dia. Eu vi muita coisa... Não posso dizer que vi tudo, porque sou da década de 70. 1970... Anos 70... Curti muita música dessa época, apesar de não tê-la vivido. Ainda me recordo de músicas do Black Sabbath, Deep Purple... Emmerson, Lake & Palmer, sobre os quais vários amigos me perguntavam o por que de eu ainda ouvir aquilo, mesmo depois da rebeldia adolescente. Sei lá... Eu achava bom. Ouvi muito Maiden, ACDC, Motorhead, Metallica... Sem esquecer do KISS, a primeira banda de rock que escutei... Hehe, nunca fui muito normal, até tentei, mas não funcionou... Ei, ei!!! Onde você vai?...Ô merda, to eu de novo conversando com as baratas... Odeio essa terra...

27 setembro, 2008

Wel come Andy!


Jesus me ouviu e mandou um ouvinte de grindcore satanista. Hail Andy e seja bem vindo!

6 METROS?!

Bem, pelo o que foi visto eu tenho uma séria distorção temporária... mas bem, amanhã não significa nada daqui 20 anos, certo?

Anyway, gostaria de me exibir com minha mais nova recente compra: um fone. Sim meus caros amigos, comprei um fone.
Foi uma batalha épica. Eu, diante de uma alma ignorante que simplesmente não sabia o que dizer para me convencer que, realmente, o peixe dele era melhor que o dos outros.
Nesse momento, decidi deixar meus orgãos responsáveis pela audição em stand by, assim evitando ouvir toda a merda que o mesmo comentava enquanto ouvia no meu mp3 mental (com 1TB, chupa iPod!) Overkill do Motorhead.
Mas tudo bem, eu já havia lido nessa tal de internetê que a Globo tanto fala os dados do produto. Já sabia que era ele. O vendedor, na verdade, não era mais que um obstaculo até eu por minhas malditas mãos no tão necessário produto.

Depois de dois ou três minutos, finalmente venci a besta que me roubava tempo e consegui seguir vitorioso ao caixa. As únicas palavras que eu gostaria de ouvir no momento eram "débito ou crédito?", mas demorou um pouco para eu ouvir elas... Tudo bem, a versão de Overkill era ao vivo, 4 minutos, mal estava na metade.
Efetuada toda a transação, estava eu, saindo satisfeito da loja. Satisfeito não pelo atendimento mediocre, mas sim por ter conseguido imaginar com sucesso toda a musica.

Assim que chego em casa, abro a caixa e me surpreendo com uma coisa... 6 metros de fio. Amigo, seis metros de fio, COMO ASSIM PORRA?! Com 6 metros de fio eu posso ouvir musica enquanto eu lavo o carro, enquanto eu vou ao banheiro, enquanto eu vou a feira... PRA QUE RAIOS TUDO ISSO PORRA?!

E assim acabou meu dia (de ontem).

25 setembro, 2008

Hã? Como?!

- Alô?
- ...
- Alô?!
- ...
- Alô porra?! Queria falar com o tal do blog, me chamaram pra fazer um "post" nele.
- ...
- Sabia que esse negócio vindo do Yirn não ia prestar...
- Tu tu tu tu...

E assim começou minha saga nesse negócio chamado blog. Talvez esqueceram de me avisar com qual periférico eu iria interagir com esse negócio. Mas até agora não sei o que é esse tal de "post".

Mas bem, meu objetivo nesse negócio vai ser de postar muita informação nerd, inutil e de gosto duvidoso. Tipo ir a um culto evangélico com principio de diarréia com o objetivo de trocar pokemons que você capturou no joguinho do Game Boy. Só coisa fina, belezã?

Para começar já dando uma bica na boca da b***ta:




...


Nã, melhor deixar para amanhã.

Caindo....


Oi... Como vocês perceberam, o PouB caiu de produção de novo... Então, estou aqui convocando algum leitor, ou amigo, ou os dois, que estiver afim de contribuir, para nos ajudar a atualizar o blog. Sei lá... Se alguém se candidatar, deixa comentário.

Ah, não... Eleição de novo...

Pois é, pessoal... Eleições se aproximando às 1200 horas. Vindo de encontro ao nosso focinho, como em todos os anos de eleição. Aqueles velhos políticos, e novos também, inacessíveis, quando do decorrer do mandato, saem de suas cavernas, abraçam idosos, beijam criancinhas e discursam lindamente em palanques ornamentados ou trio-elétricos ensurdecedores (depois rola um showzim de pagodim). E assim caminha a humanidade...
Estava eu, humildemente na minha ignomínia ignorância, analisando o atual governo do "dedeta" e me questionei sobre um facto: Será que o sujeito está fazendo redistribuição de renda? Me surpreendi quando, novamente na minha santa ignorância, a resposta foi "sim"... Esses planos humanitários, ou seja lá como chamam, são uma espécie de redistribuição de renda. Os impostos que são pagos por nós, povo inserido na lei fiscal, são redirecionados a aqueles que não tem nada, ou têm muito pouco. É uma forma de redistribuição de renda (pouco eficiente, na minha opinião, sou a favor do ensinar a pescar) que, aparentemente, tem dado resultado. A quantidade de miseráveis diminuiu... Sinceramente, não sei mais o que pensar a respeito desse governo... (Esse foi um insite momentâneo)
Continuando a falar sobre as eleições, ouvi uma propaganda, um jingle (parece que brasileiro só entende alguma coisa em ritmo de musiquinha) do governo federal que diz tudo. Fala sobre pensar antes de votar; que serão quatro anos de sofrimento, caso o voto seja mal feito e mais algumas coisas. Uma ótima iniciativa, em tempos de corrupção (novidade...) e CPI´s. Então, pessoas que leêm isso aqui, conversem com amigos, com a mãe, com a empregada, o porteiro, o jardineiro, o leiteiro, ou com qualquer um que seja apto a votar e troque uma idéia. Exponha para ele ou ela, que de repente só de ouvir a musiquinha não entendeu corretamente, quanto tempo um sujeito mal escolhido tem pra cagar nas cabeças deles, enquanto do exercício do mandato e, principalmente, para eles refletirem sobre o seguinte: Será que o candidato que precisa me comprar com cesta básica, gas de cozinha, tijolos, cimento, cargo, etc, etc, etc, realmente merece uma chance de estar me representando no governo municipal e será que esse mesmo sujeito fará algo de bom enquanto estiver lá, sendo que comprar votos é algo ruím?
Pra finalizar: Cultura e informação não fazem ninguém sábio. Sábio é aquele que compartilha sua cultura e sua informação. (eu que fiz)

10 setembro, 2008

Why so "secondarious"?

Será que Batman será novamente ofuscado pelos vilões? (post direto, sem falatório) Não critico o Christian Bale. Em termos “super-heroísticos”, foi um dos melhores atores que encarnaram um herói de quadrinhos, ficando atrás de alguns que conseguiram cortar a linha que separa o personagem do papel para o “papel” (script), por exemplo, Hugh “Wolverine” Jackman. Porém, creio que o Batman é um personagem fadado a semi-obscuridade, em se tratando de seus antagonistas. Desde a fadada série dos anos 60/70, onde o Homem-Morcego era majestosamente interpretado por Adam “barriguinha de chopp” West, os vilões vêm passando a perna no maior detetive do mundo. Quem tem idade pra conhecer o seriado sabe disso. César Romero e seu Coringa caricato, infantil (como pedia a série), cheio de planos mirabolantes e até “marretas biônicas” ou Burgess Meredith, como o Pingüim, praticamente “desenhado” na tela da TV, com seus “qüeim, qüeim” e piteira (sim, cigarros ainda não eram coisas abolidas de seriados infantis), sempre atropelavam Batman e Burt Robin Ward , com suas interpretações maravilhosas. Fazendo os espectadores torcerem por eles na primeira parte e pelo Batman na segunda (a gente sempre queria ver qual seria o plano “Tom e Jerry” da vez).
Desde essa época - que descrevi resumidamente apenas para acender a curiosidade dos mais novos - que o Batman vem sendo pisoteado em seus próprios filmes. Vimos isso nos filmes do Tim e agora estamos passando por uma fase parecida. (não vou citar os outros filmes, apesar de o Jim Carrey ter interpretado o Charada de forma interessante) No primeiro do Nolan isso não aconteceu... Afinal, tudo era novidade; “novo Batman”, “uau”, “caraca, quem é esse tal de Ra´s Al Ghul”... Pois é... Assim que me comportei. Sou fã do Batman. Gosto do personagem pela sua estrutura psicológica e pela loucura iminente que vagueia pela sua vida. Lia a saudosa “Contos de Batman” sempre que possível, mas nunca fui um aficcionado pelos gibis... Não gostava das histórias, sempre achei que Batman merecia mais do que aquilo que era escrito em seu nome.
Bem, o filme veio... Maravilhoso, algumas pontas soltas, coisa normal... Ra´s Al Ghul morreu... E era o Obi Wan (comentário nerd)... O vilão era meio obscuro, para os mais leigos. Até o conhecia de um gibi que comprei a um tempo de nome “Gerações”, mas nada como o coadjuvante Espantalho que conhecia de “Longo Dia das Bruxas” e outras histórias mais. E passou... Ótimo filme, magistralmente filmado e muito bem escrito. E veio a promessa do segundo.
“Que? Heath Ledger como Coringa?” – essas perguntas foram proferidas por muitas pessoas... Garanto... Eu mesmo, falei algo assim... Considerava-o um bom ator. Eu o vira em “Coração de Cavaleiro” (filminho mais ou menos divertido) e em “O Patriota” (ótima atuação), mas achava que sua idade, ou aparente idade, atrapalharia. Ledo engano (gosto de me enganar com essas coisas). Perfeito, simplesmente perfeito. Não acreditava que alguém poderia superar o Sr. Jack na interpretação do “Palhaço do Crime”, mas ele conseguiu. Transformou o Coringa em algo palpável, crível e cruel. Alguém de quem devemos ter medo e que pode estar bem próximo de você. A maior façanha desse novo Coringa era fazer todos acreditarem que ele era louco. E quando digo todos, digo os personagens e nós, espectadores... E ele consegue... Nós somos quem mais acreditam que ele é um louco, insano (piada interna) que faz aquilo por sua loucura.... Mas basta uma simples análise para ver que esse é o plano dele para nós e para o Batman. O Homem-Morcego vira um simples joguete nas mãos do ardiloso (não é o vilão chinfrim da Marvel) Coringa, fazendo tudo o que ele queria que o mesmo fizesse, manipulando acontecimentos a seu bel-prazer, transformando o protagonista sombrio em coadjuvante desesperado.
Finalizando, três vivas para Chris Nolan pelo roteiro e três vivas para Ledger que deu vida a um dos mais malévolos malfeitores do cinema (“malévolo malfeitor” é foda). A única coisa que nós, de fora da tela, esperamos, é que o Batman não se torne mais “aparecível” em seu próprio filme apenas por mudança de figurino ou de ator, o que é bem pior. E tenho dito.

Ps. 1: era pra ser mais curto... desculpem-me
Ps. 2: Burgess Meredith foi imortalizado no cinema interpretando o treinador do Rocky, Mickey Goldmill
Ps. 3: Heath Ledger morreu...

Seth MacFarlane... não precisa dizer mais nada....



Sempre tive curiosidade de saber o que o Mário fazia com a guria...

09 setembro, 2008

Será verdade?



Me lembrou o "The Daily Show"... E foda-se a Austrália, hehehe...

O melhor participante...



Não pude deixar de postar... Como as pessoas se enrolam... Roubado do Banda Podre.

Perguntammmmmnnn!!!

Alguém sabe um jeito de atualizar blog diariamente com material próprio e interessante?

08 setembro, 2008

Choveu... Presta atenção na estrada!

Um dia, dirigindo, pensei numa gota de chuva. Ou melhor, pensei no quanto somos parecidos com gotas de chuva. "Somos" no sentido de nós, seres humanos... O que é uma gota de chuva? É um passo do grande evento natural, chamado ciclo da água... E o que tem a ver com o ser humano? Bem, fazendo uma analogia que já deve ter sido feita por algum outro motorista, a gota cai e quando chega ao chão, ou seja lá onde essa gota vá cair, acabou... Só que (agora, algo que ninguém pensou) as gotas que caem no párabrisa tomam diferentes rumos. Algumas simplesmente saem voando, outras se juntam a outras e formam algo maior, outras limpam o vidro, tirando excesso de óleo, por exemplo, outras sujam o vidro, trazendo impurezas do ar, enfim, assim como o ser humano, elas podem seguir por caminhos diversos, para o bem ou para o mal... Sendo que depois de todo esse trajeto, seu futuro é se condensar e tornar-se chuva novamente, desmentindo minha afirmação anterior. Uma pena que nós não temos essa chance. De acertar nossos erros em pretensos futuros indefinidos pela natureza (não estou falando de religião... acredite no que quiser). Então, por que cargas d´água (foi sem querer) nós não nos tornamos pessoas melhores no decorrer da vida? Sendo essa nossa única oportunidade de fazermos algo de bom? Tirem suas próprias conclusões...

22 agosto, 2008

Imperior Drakoni - parte 2

A cidade-estado capital de Imperior ficava localizada a pouca distância do espaço-porto terráqueo. Suas belíssimas torres de rocha calcárea e vidro se avolumavam majestosamente por entre as nuvens e o palácio real era facilmente identificável, no centro da cidade. Bolthagar achou estranho não ter uma recepção mais calorosa por parte do pai, pois este, mesmo com seus atritos, o consagrara herdeiro legítimo do trono. Apenas os cidadãos comuns, quando o reconheciam, davam boas vindas.
À medida que se aproximava do palácio, observava que cada vez menos drakonianos comuns eram vistos nas ruas e mais soldados circulavam. Uma tropa aproximou-se voando e o abordou de forma abrupta:
- Não deve se aproximar do Palácio de Drakon!
- Mas... Sou eu, Bolthagar. Acabei de chegar.
- O herdeiro! Perdão, senhor, mas temos ordens expressas do próprio imperador de manter a população afastada.
- Algum motivo?
- Nada nos foi informado, senhor. Faremos tua escolta até o palácio, se nos permitir?
Bolthagar não discordou e continuou seu vôo, agora acompanhado. No deck de pouco, pôde avistar o conselheiro Prior, grande amigo de seu pai e detentor das leis de Drakonis. Era conhecido pelo senso de justiça apurado e pela memória eidética, sendo que nada lhe escapava. Escamas brancas reluzentes formavam um estranho conjunto losangular que partia de sua fronte até a metade de suas costas, tornando-se azuis a medida que se afastavam da origens, revelando idade um pouco avançada. Seus olhos diminutos era dourados, dando-lhe um ar quase oriental, comparando com padrões humanos.
Seus braços abertos, em sinal de alta estima, denotavam a boa recepção que Bolthagar esperava ao chegar. Este pousou, recolheu as asas, curvou-se perante seu amigo, esse o maior sinal de respeito na cultura drakoniana, apenas para ouvir:
- Levante-se, Bolt. Dê-me um abraço.
Ergueu-se e abraçou seu amigo. Bolthagar a muito transformara Prior em seu confidente e este ajudara o herdeiro a preparar sua viagem, convencendo Drakon que o conhecimento adquirido pela filho seria usado em prol do império. Prior retribuiu o abraço, com um sorriso discreto, e Bolthagar notou que algo estava errado...

19 agosto, 2008

Slyshire 4 - Um ano no futuro, parte 1

Sim, tive que dividir em partes, estava realmente ficando muito grande. Ainda não tenho previsões da quantidade total de partes dessa série no futuro. Dêem um feedback, please, pra eu saber se vale a pena seguir essa linha :)

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Ela adentrou o hall vazio e obscuro com passos rápidos, olhando fixamente para a porta ao fim do corredor. A expressão era fria, calculista, mas com uma pequena faísca de raiva - ou seria ódio? Sua determinação era tanta que o segurança ao lado deixou-a passar sem questionamentos: era mais do que óbvio, aquela só podia ser ela.

Abriu a porta sem bater e continuou o ritmo de seus passos até estar frente à mesa onde o grande líder aguardava. O antes imponente e invencível agora parecia acabado, como se a idade o atingisse inteira de uma vez só. As olheiras e a expressão de rendição o faziam parecer apenas um idoso sentado em uma cadeira de luxo.

- Jill, é bom ver você novamente. - ele praticamente sussurrava, com uma voz rouca.
Ela deu um breve sorriso, discretamente.
- Bom ver o senhor também, especialmente ainda vivo.
- Conte-me as novidades.

O confinamento, na verdade, não fazia bem para ninguém por ali; mas as preocupações que ele tinha o faziam ser o mais afetado. A antiga Slyshire já não existia, com um saldo de dois prefeitos mortos além de todos os civis, e já não havia mais motivo para cargos e importâncias. Era o escolhido apenas para liderar o caos que não podia ser liderado, e tentar manter seguros os que ainda estavam vivos.

Jill era uma das poucas que se oferecera para ser uma defensora. Os defensores, na verdade, nada tinham deste nome - já que toda a população restante já estava isolada, e o que realmente faziam era atacar. Jill gostava da idéia de chamar os defensores de guerreiros dos mortos. Anthony, o líder, preferia chamá-los de loucos. Loucos necessários, porém - o que conseguissem matar daquelas criaturas era sempre bem-vindo. Jill era a única mulher dos três defensores que a área norte tinha; os tiros de Rex, o mais velho, eram audíveis de tempos em tempos, e Max, o mais novo, estava agora na área oeste. Não era nada simples, mas os dois irmãos pareciam se divertir com a matança. Rex costumava dizer que não se imaginava mais sem a adrenalina da nova profissão, depois de anos parado apenas sendo um funcionário comum na frente de computadores.

Os tiros de Rex soaram mais uma vez, agora próximos ao prédio: sinal de que ele provavelmente estava esperando por Jill. Ela se inclinou sobre a mesa, tentando ficar mais próxima de Anthony e mais distante dos ouvidos do segurança novato e extremamente nervoso que se encontrava ao lado da porta.

- Acredito que, pela proximidade do ruído dos meus tiros e de Rex, o senhor já tenha notado de que algumas criaturas andam se aproximando daqui novamente. Max percebeu há dois dias, nos limiares da rodovia, que grande parte deles está chegando do oeste. Estamos temendo que as defesas da área oeste estejam abaladas.

- Certamente, há algo de errado - respondeu Anthony - há dois dias não recebo comunicação por parte de Felson.

Ao dizer isso, apontou para o aparelho comunicador que os quatro líderes usavam para comunicar a situação de suas áreas aos outros.

- Max viajou para lá ontem para tentar contatar aquele defensor da oeste que costuma ficar próximo aos antigos jardins. Senhor, devemos temer o pior. E é com base nas piores suposições que venho até você agora. Se a ala Oeste precisar realmente de ajuda, a lógica nos diz que nós três seremos necessários por lá. Isso deixaria nossa área desprotegida.

A expressão de Jill era fria, mas a preocupação era aparente.

- Sei do que precisas, minha querida. Mas observe o meu redor - os civis que protejo estão tomados pelo terror. E até mesmo meus seguranças tremulam ao pensar em enfrentar um daqueles monstros. Ninguém é voluntário, e não posso forçar pessoas na condição que estou. Que todos estamos. A área norte está sem defensores além de vocês e não posso fazer nada agora para mudar isso.

Jill olhou Anthony nos olhos longamente. Levou alguns segundos para decidir que falaria o que estava pensando.

- Senhor, Brenan me parou no corredor para cá mais uma vez. Ele realmente deseja estar conosco. Nossa necessidade é grande.

A expressão de Anthony se endureceu.

- Ele é jovem demais! Inexperiente demais!

- Entendo, senhor. Mas não temos posição para escolhas. Ele pode ser treinado comigo, pessoalmente, e cuido dele até que seu treinamento esteja completo. Em minha suposição, ele nos acompanharia enquanto Rex defende o que temos aqui. Ainda estamos numa certa calmaria que nos permite pouca defesa. Caso o problema no oeste seja tão grave quanto imagino, em breve teremos sérios problemas por aqui também.

Anthony se manteve silencioso. Não tinha argumentos contra, já que Brenan passara dos dezessete anos e Jill tinha toda a capacidade necessária para treiná-lo. Com um suspiro, se rendeu, abaixando os ombros.

- Ok. Ele é todo seu. Vá para o oeste e deixe Rex por aqui como planeja. Mas antes, aguarde o retorno de Max. Precisamos ter certeza do que estamos arriscando.

Jill agradeceu com um sorriso leve e se levantou, já caminhando apressadamente para a porta. Quando já estava quase no corredor, Anthony pediu, com a voz fraca:

- Por favor, Jill. Cuide bem dele. Não sei se meu coração suporta perder outro filho.

11 agosto, 2008

Justiça Popular

"O... O que aconteceu? Onde estou? Ai minha cabeça..." - quando se retorna do limbo da inconsciência, geralmente esses pensamentos clichês são os primeiros que passeiam pela cabeça das pessoas, principalmente quando essa pessoa desperta numa escuridão total e, aparentemente, atado a uma espécie de cadeira após ser atacado por um instrumento de contusão na cabeça:
- Eeeei!!! Onde eu tô? Tem alguém aí??? Me solta, SOCORROOOO!!!
Notou que sua respiração era difícil e puxou o ar com força; um pouco de sangue coagulado de seu nariz quebrado entrou faringe adentro, fazendo-o tossir:
- Meu Deus... O que aconteceu comigo? Quem está aí, SOCORROOOOO!!!

- Pode-se ver que acordou... - uma voz na escuridão.
- Quem... Quem é você? O que quer comigo?
- Você já deve ter notado que não está em posição de exigir nada... Sua vida está nas mãos de outras pessoas...
- QUE? COMO...
- Silêncio... Quando for tua vez de falar você será avisado. Conheço tua história. Sei o que eventualmente representa pra tua família e pra sociedade. Puritanismo e regrado fazem parte de sua vida...
- Tu sabe com quem tu tá...
Um tapa é desferido violentamente contra o rosto do indivíduo preso, fazendo-o expelir mais sangue e sentir muita dor. Seu nariz estava quebrado e o ferimento fôra novamente aberto:
- Eu te avisei... Continuando, sua família sempre o mimou e o tratou como sucessor de um dos maiores defensores dos valores humanos de nossa sociedade. Investiguei teu pai... Apesar de alguns absurdos, somos um pouco parecidos. Ele tem soluções interessantes para determinados assuntos. Eu cumpro determinadas soluções. Ele me taxa de bandido, ou "meliante", como ele prefere e diz que um poder paralelo e não autorizado pela sociedade deve ser extirpado. Infelizmente, não é o que acho. Não precisei ir muito longe para saber de você o que já era bem comentado por muitas pessoas. Apesar do berço de ouro e de todas as oportunidades, você contribui para um poder paralelo, que é muito pior que eu...
- Minha nossa Senhora... Você é o Zero...
- Pessoas como você me fazem perder a paciência...
Um som de fita adesiva sendo desenrolada é ouvido e o sujeito é amordaçado, segundos depois:
- Achei que fosse ao menos educado... Esse poder paralelo que você financia mata pessoas cruelmente. Com a ajuda do seu dinheiro. Do dinheiro que teu pai te dá, pra tua diversão. Vê a ironia? O dinheiro que ele ganha por fazer comentários jornalísticos contra a violência urbana, financia essa violência...
Um choro abafado começa a ser ouvido:
- Vê a hipocrisia? Sei como se comporta quando está com os seus... Sei que anda pensando em carreira política... Acha mesmo que tem condições de representar o povo? Ou ai usar o nome de tua família pra se auto-promover e depois esquecer das pessoas que te ajudaram...? Enfim, não vou entrar em detalhes...

As luzes repentinamente se acendem e ofuscam o filho de Paul Crates, John. Sua visão, um pouco turva pelas lágrimas e pela luz vão aos poucos se adequando à condição. Olhando em volta ele percebe corpos no chão, corpos de alguns dos traficantes de drogas que eram seus fornecedores, aparentemente mortos, pois sangue também era uma constância. O terror toma conta de seu semblante, quando de trás dele surge um sujeito corpulento, com uma camisa preta, calças jeans, luvas e coturnos. Sua face se esconde numa máscara de tecido, com óculos escuros de mergulho cobrindo seus olhos. A fita adesiva é violentamente retirada de sua boca e este respira ofegante, quase hiper-ventilando:
- Por favor, não me mate...
- Não vou te matar... Você alimenta o poder paralelo e não faz parte direta da situação... É assim que gosta de pensar, não é mesmo? Não... Bem que gostaria... Mas, não hoje. Vou te apresentar uma pessoa. Entre Jeremias...
Nesse momento, entra por uma porta, antes não notada por John, um rapaz negro, vestido como rapper, com o rosto coberto de lágrimas, aparentando ter seus 17 anos de idade:
- John, este é Jeremias... Ele mora na vizinhança onde tu adquire teus produtos. Acho que você é um sujeito bem informado e sabe que uma pequena guerra civil acontece naquelas redondezas, por disputa de pontos e locais de vendas de drogas. Num tiroteio acontecido a algumas semanas, a mãe e último parente vivo de Jeremias foi morta por uma bala perdida, enquanto voltava do trabalho... Jeremias deu sorte, pois as aulas haviam terminado mais cedo naquele dia e ele voltara antes, não junto com sua mãe... Enquanto estudava para o vestibular ouviu o tiroteio, se escondeu e após o fim do conflito saiu para procurar a mãe, encontrando-a, já morta, a uma quadra de casa. Jeremias não tem outros parentes. Seu irmão mais velho morrera meses antes, enquanto trabalhava pras mesmas pessoas que provavelmente mataram sua mãe agora... Pois bem, eu não vou fazer nada contigo. Vou deixar a cargo de um cidadão de bem... Alguém que teu pai grita na TV como “baixa de guerra”...
Zero saca uma arma, uma pistola 380 e entrega a Jeremias:
- Toma... Faça o que quiser...
E se afasta dois passos para trás:
- P-por favor, Jeremias... Olha, eu não tive culpa... Sou um viciado, preciso de tratamento... Na-não me mata, cara... Eu posso te ajudar, te dar dinheiro...
Enxugando as lágrimas, Jeremias diz:
- Cara... Por que tu faz isso? Tu tem dinheiro! Tu tem família, mora num lugar bacana, com gente bacana em volta... Era pra eu estar na tua situação. Nasci fudido, sem pai... A mãe trampava direto pra trazer grana pra casa... O mínimo que eu fiz foi estudar... Por que tu fez isso...?
E apontou a arma pra cabeça de John:
- Não!!!! Cara, por favor... O-olha, eu sou viciado, não faço porque quero...
- E alguém te obriga, filho da puta?!?! HEIN?? Alguém te ameaçou e mandou tu usar drogas?!?!? É por causa de gente como você que o mundo tá uma bosta. É gente como você que arma um monte de guerra e engana um monte de soldado dizendo que é patriótico morrer longe de casa por causa de petróleo... Cara, tu vai morrer!!!
- AAAAAHHHH!!! – choro desesperado – Não faz isso, Jeremias... Tu quer ficar igual a ele??? Matar todo mundo que acha que tá errado...?
- Prefiro gente como ele viva do que você... – e força mais um pouco a arma na têmpora de John.
Segundos depois, um soluçar é iniciado e Jeremias chora novamente... E lentamente abaixa a arma...:
- Eu.... Eu não consigo...
Zero diz:
- Tudo bem, Jeremias. Isso apenas prova que você é uma pessoa de bem. – e pega a arma da mão do rapaz – Bem, John... Viu o que é bondade? Viu o que é consciência? Pensamento humano? Pense bem sobre isso...
E caminha em direção à porta, levando Jeremias consigo. John desesperado, chora baixo, rezando por não ter morrido. Barulho de outras portas, mais distantes, são ouvidas e depois, o som de um carro partindo. John sabe que tem que pensar num jeito de sair dali, mas continua a chorar, pensando no que poderia fazer para não acontecer isso novamente, enquanto a necessidade por outra dose também chegava. Ouviu passos se aproximarem. Zero entra pela porta:
- Refletiu sobre sua vida? Infelizmente, pra você, eu não sou boa pessoa como Jeremias...
- POR FAV...

BLAM...

Noticiário Justiça Popular:
Corpo de John Crates, filho de Paul Crates, famoso jornalista de outra emissora é encontrado morto com um tiro na cabeça em beco no centro baixo da cidade. Ele foi encontrado coberto de cocaína, em meio a uma poça de sangue e um bilhete com um endereço nas docas. Chegando no endereço escrito a polícia encontrou os corpos de 5 traficantes de drogas procurados e que, de acordo com as investigações, participavam da guerra por locais de tráfico no bairro de Mundo Novo. Nossas condolências a Paul Crates e família.

Ps1.: "hiperventilar" é uma coisa que só americano faz... Por que não?
Ps2.: Me desculpem pelo tamanho, mas se eu dividisse, perderia o sentido.

05 agosto, 2008

Arte? Onde?

O que é arte? Por que caminhos galgam o conceito de arte? De minha parte o entendimento e desenvolvimento da arte foi completamente deturpado. Acredito que estamos numa época onde a arte não é mais para o ser humano e sim para alguma criatura que ainda não sei qual é. O Modernismo e a chamada arte contemporânea afastou a arte do povo. Em tempos antigos isso era feito pela força... Vou me explicar. Somente a nobreza e, posteriormente, a burguesia tinham acesso a ela, sendo que após o surgimento dos mecenas, ela se tornou objeto de comércio. Não questiono o comércio da arte, afinal, é um produto de manufatura, com um valor de "beleza" (para "beleza" entende-se "coisa bonita")agregado ao trabalho do artista. Num mundo onde passes de jogadores valem grandes fortunas, a arte deve sim fazer parte do comércio. Questiono o valor da arte moderna e contemporânea.
É dito que a arte deve explorar o sentimento humano, trazendo à tona todo e qualquer tipo de sentimento, desde o alívio, até o asco. Será esse mesmo o papel da arte? Vou contar uma pequena histórinha (com acento mesmo)... Fui a Bienal do Mercosul, em Porto Alegre a alguns anos atrás. Me embebedei antes e durante a viagem, sendo que a diversão imperava em minha mente. Chegando ao lugar me deparei com um conjunto de obras que não entendia e pior, fomos acompanhados por uma guia que explicava todas essas obras, dizendo que experiência o pretenso artista queria "passar" com tal obra. Fui ficando sóbrio e as coisas simplesmente foram perdendo a graça; quando entrei tudo era meio engraçado e depois se tornou um bando de porcarias mal formuladas e ocupando espaço útil nos lugares em questão. Pra finalizar, fui embora beber mais...
O que quero dizer com isso... Obra que arte que precisa de explicação? Bonecos mal feitos de chocolate? Um monte de areia sendo movida por uma máquina? Sejamos francos, isso porque falei dos menos piores... Onde está a arte, num mundo onde um guri de 4 anos pinta quadros que valem 15 mil dólares? Ou um elefante pinta quadros? Ou um imbecil amarra um cachorro e deixa esse morrer de fome e DIZ QUE É ARTE??!?!
Creio que a arte, nos tempos áureos da bela arte, tinham o papel de trazer um pouco de beleza ao mundo, fazendo as pessoas simplesmente gostarem dela... Quer ficar revoltado, não vá numa galeria de arte, ligue a TV... Veja quantas pessoas morrem por irracionalidade religiosa ou violência urbana (para ficar mais próximo de nós, brasileiros). Veja, enquanto países discutem subsídios e quem polue mais que quem, crianças morrem de fome em algum buraco longínquo da África. Isso tinha que revoltar e não uma obra de arte!
Enquanto isso o povo tem que se contentar com a mídia de massa, atochando goela abaixo as novelinhas inofensivas e pagodinhos amigáveis... Benditas sejam as orquestras sinfônicas e filarmônicas que ainda resistem e, vez ou outra, tocam em alguma praça ou local público (somente grandes centros, cidades menores que se danem).
Pra finalizar, não sou santo... Ouço música ruím e bebo demais, mas sou um privilegiado, pois conheço o que poucos conhecem e tenho opção. Direito de escolha. Posso dizer o que presta e não pra mim, vendo a arte do meu modo e analisando como quero e acredito que a arte deve se aproximar do povo... Abaixo a arte contemporânea...

29 julho, 2008

Estrada e música doida

Estava no carro, dirigindo para o trabalho, curtindo uma febre de 38 graus e ouvindo um som, como sempre (tirando a febre, é como sempre sim). Coloquei um cd com todos os Sabbath´s com Ozzy, o Born Again, com Ian Gillan (que considero um dos melhores) e o Machine Head do Purple. Comecei ouvindo o Purple, sempre maravilhoso. Gosto muito do som deles; confesso não ser um fã ávido, pois não conheço toda a discografia, mas conheço muita coisa boa.
As músicas beiram a perfeição, Ritchie Blackmore é uma lenda viva (clichê 1) do metal, ou do rock, ou da música e sua precisão na guitarra é impressionante (não sou das cordas, por isso não sou mais preciso). John Lord nunca foi só um “músico de apoio” (como gostamos de sacanear, falando com nosso baixista) e ele demonstra isso cada vez que o teclado aparece na música, praticamente o tempo todo. Indispensável, diferente de certas bandas atuais...
Vou falar do que me compete, Ian Paice... Sou baterista de primeira viagem, toco batera a um ano e me atrevo a dizer que sofro grande influência do Bill Ward. Talvez por ter começado tocando músicas do Sabbath ou por ser grande fã, sei lá, sei que meu estilo ficou meio agressivo, voltado pros anos setenta, enfim, época boa do Sabbath. Continuando com o Paice, bem, hoje ouvi as músicas dando mais ênfase à bateria e percebi uma coisa; que grande filho da puta é esse cara... O cara toca qualquer coisa, do blues ao rock mais pesado da época e com variações que devem deixar a maioria dos bateristas doidos hoje em dia. Além da rapidez e da técnica, a musicalidade e ritmo das músicas são excelentes. Então, tomei uma decisão (talvez num lampejo de alucinação), vou tentar tirar o máximo de músicas do Deep Purple, a partir de hoje...
Mas o post não é sobre isso... Bem, depois de ouvir Purple, começou o som da tempestade. E as três notas mais clássicas do mundo do metal (clichê 2) ressoaram auto-falante afora. E fui ouvindo as músicas, a partir do primeiro clássico. Percebi uma coisa... Eu gosto de músicas que classifico como “música doida”. Coisas tipo Fantômas, Mr. Bungle, Gwar, últimos discos do Faith No More (Mike Patton é rei em fazer música doida) e, que considero os reis das músicas doidas, Emmerson, Lake & Palmer (primeiros discos). Se algum dia alguém parar pra escutar algumas dessas coisas, acho que vai entender, talvez criando uma nova nomenclatura, mais interessante, para os acima assinalados. Pra finalizar (a motivação do post na verdade é algo pequeno) percebi que o Black Sabbath é o criador das músicas mais doidas que já ouvi... Ou alguém acha Black Sabbath, Iron Man e War Pigs músicas normais? Ritmos loucos, bateria num blues desenfreado, baixo pesado, riffs fora de prumo e tudo junto uma música maravilhosa... É só ouvir.

28 julho, 2008

And... the end!

Olhem, até a imagem de topo voltou! rs

Então, vamos à contagem:
- Todos os posts listados em categorias
- Arquivo funcional dividido por meses
- Link para postagens mais antigas no rodapé
- Contador de pessoas on-line de volta
- Banners de parceiros de volta
- Código pro nosso banner de volta
- "Powered by" de volta
- Novo bloco de apresentação das criaturas
- Nova cor (ainda não definitiva, preciso aprovar com o Yirn, rs)
- Velha imagem de topo, mas de volta.

A idéia é que agora, sob o novo modelo do blogger e o código reajustado, comecemos uma versão 2.0. O header seria a primeira mudança, mas o Sabbath furou (shame on you, guitar ghost!). Enfim, agora que tá tudo em seu lugar de novo, começaremos mudanças mesmo. As duas primeiras foram a cor e as imagens de apresentação da gente ali do lado - que, a princípio, são temporárias, teremos avatares nossos em breve.
Para as futuras atualizações estão também planejados um novo header e um novo banner.

Mas não se preocupem! Chega de posts Blablabla, rs. Essas novas alterações ainda vão demorar um tempinho, então alguns textos devem aparecer por aqui antes. Torçam por nossas inspirações :)

25 julho, 2008

Alterações II

(De nada, Yirn!)

Bom, além das mudanças que eu já comentei no outro post, agora tem o bloquinho de apresentação ali do lado e também a nova cor-de-cerveja. Opiniões nos comentários são bem-vindas, ainda estou fazendo testes com as cores.

Tô pensando num fundo rosa... O que vcs acham?
haAHHAHAhA

Entre as coisas agendadas está o header e também a re-colocação dos banners que tínhamos na lateral antigamente. Durante esse fim de semana deve estar tudo pronto (se o sabbath manter a promessa de fazer o header, né... rs)

Assim que tudo normalizar no layout voltamos com nossa programação normal.

Agradecimento mais do que especial ao Yirn e ao Sabbath pelo baita apoio que estão dando na reconstrução e os elogios que ganhei. Vcs são demais, criaturas. ;)

24 julho, 2008

Atualizações

Bem... A Hylenne já disse tudo. Só vou elogiar o que está sendo feito Aqui no PouB. Novo layout e novos esquemas tudo pra vcs. Valeu Hylenne e valeu galera

23 julho, 2008

reformas

galera, vou tentar fazer algumas mudanças agora no blog. se durante o dia de hoje algumas coisas aparecerem meio estranhas ou estiverem faltando, não reparem.

estamos melhorando pra facilitar a nossa vida na parte de edição e manutenção do blog, especialmente na parte do layout. quem sabe venha até um header novo! :)
algumas dessas melhorias vão ser legais pra vocês também.

peço paciência e desculpas pelos talvez-muito-possíveis transtornos. em breve o pilsen ou bock volta para seu lugar, em versão Reloaded!

agradecimentos ao Yirn pela permissão e confiança em me deixar fuçar todas as entranhas do pilsen ;)

[ UPDATE ]
Duas mudanças bem legais pra vocês já de cara: agora tem um link lá embaixo, depois do ultimo post, que permite que vocês vejam os posts mais antigos na ordem em que foram postados sem ter que ver data e revirar o arquivo. O arquivo aí do lado também tá arrumadinho e já vem com os últimos posts em destaque. Também na barra lateral, adicionei marcadores: vou passar por todos os posts antigos e adicionar palavras-chave a eles que vão aparecer ali do lado. Ou seja, todos os posts dos Kobolds por exemplo poderão ser vistos de uma vez só, apenas clicando no link.
Desculpas extras pela ausência da imagem no topo, essa volta só depois, rsrs

Zumbis Marvel



Não é novidade pra ninguém que gosto de quadrinhos e gosto do tema "zumbis"... Juntar os dois foi uma tirada de mestre da Marvel Comics e ainda vêm esses caras e fazem um fan film... Vejam e se deliciem.

Ps.: Saindo um pouco da linha do P&B, mas vale a pena.

22 julho, 2008

One hundred and going forward!

Deixamos passar em branco, mas atingimos no penúltimo post a marca de 100 postagens. E, mais interessante, o post número 100 foi uma das partes da saga que, analisando os arquivos, descobri ter sido a primeira a começar no blog (tirando os posts de política).

A história de Yirn Blackstone, primeira menção ao Kobolds from Hell, foi o primeiro conto que foi postado por aqui. :)

Detalhes inúteis à parte, eu não podia deixar passar em branco, até porque é uma oportunidade para uma postagem a mais no número (hehehe), e uma forma de não deixar esse blog passar tanto tempo sem postagens.

Eu e Yirn estamos tentando nos comprometer a começar a manter melhor o Pilsen ou Bock e já estou planejando melhorias na parte estrutural (torçam pra dar certo!). O Sabbath, como companheiro silencioso, só serve pra dizer "nosso blog"... haHAhAHa

Longa vida ao Pilsen ou Bock e deixem de dar uma de fantasmas e comentem!!

17 julho, 2008

Kobolds From Hell

Tão aí os links da saga dos Kobolds From Hell, caçados incansavelmente nos arquivos desse blog:

A História dos Kobolds From Hell - Parte 1
A História dos Kobolds From Hell - Parte 2

A busca - 1ª parte
A busca - 2ª parte

A história de Yirn Blackstone - 1ª parte

Só pra poder dizer que contribuí com a história, rsrs

16 julho, 2008

A História dos Kobolds from Hell - parte 4

De manhã, logo cedo, os cinco escolhidos se encontraram na praça central da cidade, como fôra combinado, cada um portando o que achava necessário. A praça de Tetris era famosa por suas feiras livres, onde podia-se encontrar praticamente de tudo. Comerciantes montavam suas barracas e iniciavam seus afazeres. Após os cumprimentos iniciaram a caminhada em direção aos portões quando Reggie interpela:
- Só um minuto... Simon, tu não disse que faltava um?
- Sim, caro Reginald. Não entendo porque ainda não o encontrei. Creio que a jornada deva ser iniciada e encontraremos o sexto escolhido no caminho.
- Mas se falta um, será que nós não vai perder a missão? – pergunta Yirn.
- Blackstone, não sei como respoder a tal questionamento... – Simon
- Mas Yirn só fez pergunta...
Num gesto demonstrando impaciência, Simon leva a mão ao rosto e diz:
- Tudo bem, Yirn. Falemos disso depois...
Enquanto caminhavam pela feira recém aberta, as pessoas continuavam a cumprimentar os dois jogadores de rugbi:
- Yirn também gosta de vocês, mas Yirn precisa ir salvar o dado de deus.
- Calaboca Yirn... Wyrms me mordam, o povo não precisa saber que nós estamos indo embora.
- Mas Reggie...
Nesse momento, enquanto semi-cercados por uma pequena multidão, Moisés nota um movimento estranho atrás de Blackstone:
- Yirn, cuidado!!! Estão tentando roubá-lo.
Virando-se para onde estava sua bolsa de moedas, Blackstone consegue ver quando um pequeno ser encapuzado tentando se desvencilhar das pessoas fugindo com seu numerário:
- LADRÃO!!! Ladrão rouba Yirn!!!
Correndo desajeitadamente e em desespero o diminuto ser não nota quando uma figura gigantesca se põe em seu caminho, fazendo com que ele caia como se batesse numa parede de pedras, deixando cair a bolsa de Blackstone. Baltek abaixa-se e pega o ladino pelo pescoço, levantando-o até a altura de seus olhos:
- Tentando roubar um companheiro meu? A muito espero pegar um de sua laia...
Enquanto falava, Baltek sacava sua espada montante. Yirn segurou-o pelo braço tentando controlá-lo:
- Baltek, aqui não... Ter criancinhas...
- Deixe-me, idiota. Chegou a vez desse sujeitinho.
Alucinadamente, tentando se desvencilhar ao mesmo tempo que perdia suas forças, o capuz saiu de sua cabeça, revelando a face de um goblin adolescente:
- Não Baltek, Yirn não vai deixar... Olha, é só um minino. Vocâ já tá quase matando ele enforcado. Larga!
Quase perdendo a consciência, o pequeno goblin concorda com Yirn, enquanto esse fala. Aproximando-se da confusão, Simon sente uma pequena vibração dentro de sua bolsa. A gema que foi-lhe dada por Ingram brilhava mais intensamente:
- Solte-o Baltek. – ordenou Simon
- Quem tu pensa que é pra me dar ordens?
- Aparentemente o rapaz também vai tomar parte de nossa jornada.
- Grrr... – e Baltek o solta.
O rapaz despenca, caindo quase desfalecido entre os já reunidos heróis. Começa a tossir, tentando recuperar o fôlego. Simon pergunta:
- Pois bem, infante. Viu-se que sua tentativa vã de assaltar Yirn Blackstone foi leviana. Como te nomeiam por estas paragens?
- Coff coff... Meu nome é Shark. Shark Malone. O-o que vão fazer comigo?
- Caso dependesses apenas de Baltek já serias um punhado de carne sem vida. Porém forças me dizem que tu deves fazer parte de nossa jornada. O que me dizes?
- Eu? Andar com vocês?
- Bem, não temos muito tempo e meu amigo Baltek parece precisar de diversão. Eu poderia deixá-lo contigo por alguns minutos e...
- QUE?!?! Yirn não deixa...
- CALABOCA Blackstone! – grita Reggie – Deixa o elfo terminar, gostei do estilo.
Yirn se cala:
- T-tá bom, eu vou... Mas prometa que manterá esse grandão longe de mim. – Shark concorda.
- Muito bem, podemos prosseguir, creio que já está com todos os teus pertences.
- Sim senhor, tudo aqui.
E, novamente, partem para a saída sul. Enquanto caminham, Simon decide deixar sua montaria na cidade, onde será bem tratada e recuperada quando de sua volta. Próximo aos portões, Yirn pára de repente fazendo todos pararem. Ele se volta para Reggie e em tom de impaciência diz:
- Antes de continuar Yirn quer falar uma coisa. Se mandar Yirn calar a boca mais uma vez Yirn te bate como bateu em orc na taverna depois do jogo com o Quimera! Lembra disso, Yirn quase perdeu paciência hoje! – e se vira, como criança aborrecida, novamente caminhando para a saída da cidade.
Os outros olham para Reggie como em tom de desaprovação:
- Que foi? Estão olhando o que? A gente é amigo e eu respeito isso...
E tornam a caminhar. Butcher relembra o acontecido entre Yirn e o orc. Orcs são criaturas detestáveis, geralmente componentes de tribos nômades, que vagam pelas terra, trazendo guerra e desolação. Blackstone o contou sobre o acontecido em sua vila, pouco antes dele iniciar sua jornada para longe dela, e como odiava esses seres por serem os responsáveis. Uma vez, após um jogo contra os Quimera de Raventhaar, o time bebia, como sempre, numa taverna da cidade quando três figuras estranhas adentraram o recinto, encapuzados. Chegaram ao balcão e diziam ser comerciantes em busca de comida e bebida. Yirn, ele e os outros bebiam, brincavam e dançavam com algumas dançarinas do local. Numa das danças, um pouco mais afoito, Yirn esbarrou em um dos sujeitos, fazendo cair seu capuz, revelando sua face orc. Já embriagado o ogro virou-se para se desculpar, ficando face a face com a criatura. Reggie nunca havia visto o ódio tomar conta de alguém de forma tão rápida. O orc, assustado, nem teve tempo de reagir, com suas mãos Blackstone agarrou-lhe pelo pescoço e começou a estrangulá-lo. Os outros dois bateram em retirada aterrorizados, enquanto o restante do time tentava fazer com que Yirn soltasse o pobre ser. O ódio era evidente nas feições de Blackstone e foram necessários 8 jogadores de rugbi para fazê-lo soltar o orc, não antes de se ouvir um forte estalo, vindo da coluna vertebral do infeliz. Quando solto, a criatura caiu desmaiada e a última coisa que Reggie ouviu falar dele foi que não se mexia mais...
Reggie sabia que irritara bastante seu amigo.
Acelerando um pouco o passo, se aproximou de Yirn, enquanto esse acendia um cigarro de fumo:
- Ei, Blackstone... Peço desculpas, às vezes me perco. Sabes que sou teu amigo...
Após uma baforada:
- Yirn sabe e sente muito. Nunca fazer com Reggie o que fazer naquele dia com orc. Yirn sentir vergonha...
- Não se envergonhe, caro amigo. Sei o que perdeu por causa daquelas criaturas e se depender de mim nunca mais vai acontecer.
- Yirn sente saudade de vila... E de mamãe de Yirn...
E com um tapa no ombro, continuaram a caminhar em direção a seus destinos...

Ps.: Caros leitores, o início dessa história é datada de mutio tempo atrás. Caso queiram posso colocar os links aqui. Não sou tão perspicaz quanto Hylenne nesse quesito...

A História dos Kobolds from Hell - parte 3 (finalmente)

Os preparativos para a jornada foram feitos às pressas. Provisões, armas, básicos de sobrevivência, enfim, tudo necessário para o cumprimento da missão. Enquanto se preparavam, muitos pensamentos permeavam a mente dos pretensos heróis.
“Será esse realmente o grupo de seres que preciso para cumprir meu dever, Palier? Mais desconjuntado impossível. Além do sacerdote Moisés, apesar de adorar outra divindade, não vejo honra em nenhum deles. Saber o que o futuro nos reserva é incerto. Mas sinto que faço o que é correto. Devo tomar cuidado com Reginald e os dois brutamontes, apesar de Yirn ter me parecido um bom sujeito. Estúpido, mas bom...Rogo a ti para me fortalecer e auxiliar.” – Simon Van Helmont, enquanto do preparo de suas gemas e provisões.
“Selimom, deus de tudo o que é bom, estarei fazendo o que é correto? Jurei em teu nome nunca praticar violência desnecessária e proteger todos os seres inocentes. Seriam estas pessoas seres inocentes? Não sei o que pensar... Oro para que sejas meu vigilante nessa missão e que possamos ser felizes no cumprimento do dever. Que tua bondade assole a humanidade e proteja o templo enquanto eu estiver fora. Saio do jejum para que possa ter forças e ser digno de teu zelo.” – Moisés fazendo uma avantajada refeição, após dias.
“É uma grande oportunidade de sair de perto desses pusilânimes... Hahaha, pusilânime é uma boa palavra, vou usar mais vezes... Aqueles burocratas idiotas sabem falar, isso é verdade. Preciso sair dessa cidade e essa missão é uma ótima oportunidade. Posso fazer fortuna como aventureiro e vai que dá certo.” – Reggie Butcher, afiando seu machado de guerra, herança de seu pai.
“Telak, me ajuda nessa guerra. Agora entendi porque tava sonhando feito menina. Vamo achar esse cubo e matar todo mundo que ficar no caminho. Só quero ver se os imbecis vão ficar no meu caminho. Faço picadinho deles também, se for necessário. Amém” – Baltek, em sua oração por seu deus.
“Yirn não saber o que fazer... As coisa tá ficando diferente. Yirn finalmente achar lugar e ser aceito, sente saudade da vila. Mamãe deve estar preocupada. Um dia Yirn volta pra mamãe e dar abraço forte... Que dizer, meio forte, pra não machucar mamãe. Enquanto isso Reggie ajuda Yirn a ficar direitinho e ajudar pessoas inteligente a cumprir missão de achar dado mágico. Yirn acha mais fácil pegar dado com que amigos de Yirn joga jogo que Yirn perde dinheiro, mas não deve servir. Mago de orelha pontuda dizer que dado ser feitos por deuses e os dados dos amigos de Yirn não ser feito por deuses... Pelo menos Yirn achar isso...” – Yirn Blackstone tentando se lembrar onde havia guardado o par de picaretas de mineiro que usava como armas.
E a noite foi-se tornando dia aos poucos, como sempre acontecia...

12 julho, 2008

Slyshire Domination (?) - parte 3

Taí o espírito: se é pra postar, é tudo de uma vez! Dois posts em um dia, estamos evoluindo... hehehe
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Créditos para o Yirn por ter criado o nome da cidade e dado a inspiração para o possível título dos contos dessa série. Valeu figura! :)
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Pra quem não se achar, parte 1 aqui e parte 2 aqui.
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Vinte e cinco de Agosto definitivamente foi um dia bastante atribulado em Slyshire.

Ela andava pelas ruas calmamente, observando as vitrines, enquanto o dia anoitecia. Observadora como era, logo percebeu um homem, no topo de um dos altos prédios da avenida, em pé, olhando para o pôr-do-sol. A luz e a distância permitiram apenas que ela visse a silhueta, estática, contemplando o horizonte. Realmente, pensou, deve ser uma vista linda. Perfeita para alguém que precisa relaxar.

Uma mulher falando próxima retirou seu olhar do homem e a fez voltar a prestar atenção nas vitrines à sua volta. Parou logo à frente do prédio onde vira o homem no topo, admirando um sapato particularmente extravagante que era exaltado com o preço em promoção. Se distraiu por alguns segundos pensando sobre futilidade, e não percebeu o estranho silêncio de alguns momentos que tomou a rua.

A partir daí, várias coisas aconteceram em um segundo. A mulher que antes papeava em frente à loja gritou. Uma freada, uma buzina, dois ou três "ohh" dos transeuntes próximos. Por fim, o som de algo pesado caindo no chão. Tudo foi tão rápido que, ao se virar, ela se deparou com a cena pronta, como se naquele momento tudo estivesse congelado em estarrecimento.

O homem vestia um jaleco branco e o vidro de seus óculos tinha se espalhado - chegara ao chão antes de seu dono. O pescoço quebrado e uma perna virada com o osso do joelho exposto eram incompatíveis com a expressão de tranquilidade do rosto morto. Os motoristas dos dois carros parados ao lado da cena agora saíam do carro, correndo, assim como todas as outras pessoas que estavam na rua - a obscura fascinação por sangue e morte do ser humano. Ela era diferente, mas mesmo assim avançou alguns passos para o corpo antes que estivesse completamente rodeado pelos curiosos. Que erro de julgamento, pensou - um homem relaxando e vendo a vista? Como se isso ainda fosse possível nos dias de hoje. Devia ter previsto.

Com um olhar rápido, constatou que ele não tinha sido clássico em morrer com um bilhete de despedida na mão ou com um gravador nos bolsos. Parecia na verdade ter saído de um dia de trabalho bastante cansativo, com o jaleco ainda meio sujo, olheiras enormes e os cabelos mal-cuidados. Decisão repentina, talvez?

Saiu da cena e retomou seu caminho para casa antes que a polícia chegasse para aumentar a bagunça. Entrou em seu apartamento, tomou um banho e ligou a TV. Em meio a uma xícara de chá amargo, o noticiário começou.

Foi ali que ela percebeu que aquele era o primeiro dos dias problemáticos que viriam.

"Slyshire teve um dia sangrento hoje. Nesta madrugada, foi encontrado o corpo de um homem ainda não identificado em um beco do bairro norte. Completamente desfigurado sobre uma poça de sangue, ainda não há pistas do acontecido. O corpo da modelo internacional Ananda Amstein foi encontrada em seu apartamento às três da tarde, apresentando deformações semelhantes às do homem não-identificado. Recebemos há poucos minutos a informação sobre o suicídio do Dr. Kelvin Hammer, ocorrido há pouco mais de meia hora na avenida central. O bioquímico e premiado especialista em genética se jogou da cobertura do prédio onde o centro de estudos do estado funciona. Ainda não foram divulgados possíveis motivos para o acontecido."

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Eu, Zumbi ou Conversa de boteco (6ª parte)

As últimas horas tinham sido muito estranhas para Marcos... Descobriu ser um desmorto, matou alguns caras, encontrou um sujeito mais encrencado que ele nos assuntos sobrenaturais e agora bebiam cerveja juntos num pub... Nesse momento ele pensou no que de pior poderia acontecer e que beber aqueles tragos seria a melhor coisa a fazer.

Daniel, o “invocador infernal” parecia bem calmo, para um indivíduo que acabara de matar um pretenso servo de Deus. Enquanto bebiam, falavam sobre trivialidades, gostos em comum, rock´n roll, mulheres e afins. Depois de alguns tragos, Marcos resolveu retomar o assunto:

- Fala pra mim, cara... O que aconteceu dentro daquele bar? Tu, meio que, tem amigos no inferno?

- Eu não falo muito sobre isso, mas acho que as coisas estão começando a se encaixar... Tu falou em amigos no inferno, né? Bem, não tenho amigos, eu meio que os controlo... Eles fazem o que eu quero. Não sei muito bem como funciona, mas é bem eficiente... Descobri a algum tempo que sou filho de um demônio. Mas não um demônio qualquer e sim um dos que mandam no inferno... Eu to sendo bem simplista...

- Puta que o pariu... Cara, como tu vive com essa merda toda?

Parecia que falavam de frivolidades, como quem fala de um churrasco no último fim de semana.

- No início foi muito difícil... Tentei me matar algumas vezes, mas tu sabe... Suicídio, inferno, então... Nunca deu certo. Me adeqüei à situação... – e mais uma golada.

- E... Tipo... Pra que que tu tá na Terra? Pra ser tipo um anticristo ou coisa assim?

- Eu pesquisei algumas coisas... Sobre os planos de meu pai... Há muito mais sobre o inferno escrito por aí do que nós sabemos. É muita coisa pra falar agora, mas tu tem que saber que não são céu e inferno... Estão mais para dimensões paralelas... Nós estamos no meio da bagaça e os caras acham que conquistando aqui a vida deles vai ficar mais fácil.

- Então Deus... – Marcos é interrompido por Daniel.

- Esse Deus que todos chamam... Eu não o conheço. Na verdade conheço poucas pessoas dessas dimensões. Conheço pouco até mesmo do inferno. Mas sei que quando chegarem aqui não vai ser muito bom. E tenho pouco tempo para fazer algo...

- Algo como assim?

A cerveja já fazia efeito. James era um cara bem atencioso com Daniel e quando uma acabava, outra era reposta. A conversa surreal se desenrolava cada vez mais natural e Marcos se agradara muito da cerveja irlandesa. Daniel continuava com seus conhaques de acompanhamento e após outra golada:

- Já ouviu falar que 33 é um número não preterido pelas religiões...

- Sei que Jesus morreu com essa idade...

- Pois é, ficou meio cabalístico aqui... Mas pro pessoal de lá é muito importante. Por isso Jesus morreu nessa idade. Ele não poderia ficar aqui mais tempo.

- Mas... Ele veio mesmo para nos salvar?

- Cara, não sei... Acho que ele também não sabia... Só sei, pelo que li, que ele também ficou muito decepcionado com a situação...

- Bicho, que coisa maluca... E eu que só devia ter morrido...

- Hahahahaha, bem vindo ao meu mundo, cara pálida!

E mais um brinde foi feito...

03 julho, 2008

Mais um pedido...

Leitores desse periódico(?)... Deixem comentários... Tem mais comentário nas portas dos banheiros da faculdade que aqui e já estamos ficando encabulados de deixar nós mesmos os comentários aqui... Sei que não é "supimpa, mas que blog maravilhoso", mas se tem visita é porque alguém vem aqui, não pode ter 15 erros todo santo dia (hahaha agora sabem quantas pessoas visitam isso...). Tenho dito.

Filmes da Marvel - elogios

Aparentemente a Marvel engrenou, no que diz respeito a filmes. Após várias burradas fenomenais, onde incluo os episódios de Homem-Aranha, confesso que filmes como Homem de Ferro e o novo Hulk fazem jus a seus correspondentes nos quadrinhos. É claro que determinadas explorações, como o problema com o álcool do Tony Stark, poderiam fazer parte do contexto do personagem, mas, no final das contas, nós, amantes dos quadrinhos, temos que entender que um filme tem apenas duas horas e personagens dessa estirpe têm mais de 30 anos de história e acrescentar tudo deria impossível. Enfim, comentários sobre os filmes.

Homem de Ferro é o supra-sumo (até agora) dos filmes de personagens mecânicos. A forma como foi montado o personagem e apresentado ao público beirou a perfeição. Um Tony Stark carismático e apático com relação ao uso dos armamentos produzidos pela sua empresa tornando-se um sujeito consciente após o seqüestro veio bem a calhar com a atualização do caracter. A forma como foi produzida a primeira armadura e seu uso de forma precária demonstrou um certo nível de conhecimento por parte do diretor (talvez um bom conselheiro, roteirista de quadrinhos?). Obadiah Stane teve sua introdução no universo das empresas Stark da forma mais precisa possível (nos quadrinhos era meio estranho o ódio que ele sentia por Tony; pai suicida, ex-funcionário da empresa). Pepper Potts e Happy também foram bem representados, considerando que o universo do Homem de Ferro não é composto de personagens muito interessantes. O Monge de Ferro foi uma ótima aposta, afinal seria um vilão compatível e de importância limitada, fazendo bem seu papel de primeiro antagonista do "latinha".
Só elogios... Sim. Desde Transformers não assistia a um filme tão bom de quadrinhos. Daqueles feitos para agradar aos mais fanáticos e aos pretensos novos fãs do personagem. Homem de Ferro figura no rol das melhores adaptações de super-herói já feitas.

Hulk é um caso à parte. Fazer um filme decente do gigante esmeralda era quase uma obrigação da Marvel. O primeiro (que Deus o tenha) foi competente como o Duende Verde "monstro do Jaspion" do primeiro filme do Aranha. Muita complicação, pouca ação. O novo deixou de lado a baboseira "como criei meu próprio Mr. Hyde" e mostrou para que o Hulk veio ao mundo. ESMAGAR!!! Mostrado como um animal selvagem, que pouco entedia o que se passava ao seu redor, o Hulk era um ser digno de pena, como fôra originalmente concebido nos quadrinhos. Sua falta de discernimento, quase infantil, remeteu muito bem à época do "Hulk só quer ficar sozinho, homenzinhos só incomodam Hulk". Betty tentando esquecê-lo e viver sua vida, achando que Bruce encontrava-se morto, também relembra uma época boa dos quadrinhos. "Thunderbolt" Ross, Samuel Sterns e o próprio Emil Blonsky ficaram ótimos, fazendo uma exaltação a Tim Roth pela belíssima interpretação do oficial prestes a se tornar obsoleto e sedento por ação. A única pequena ressalva fica por conta do psicólogo Doc Samson... Da forma como foi retratada no filme, deverá haver uma explicação muito boa para que este se torne o gigante de cabelos verdes dos quadrinhos, caso isso aconteça. No mais, a fala do "verdão" foi de gelar a espinha... "HULK SMASH!!!" soou como uma música inédita do Sabbath, período setentista, para meus ouvidos. Bendito seja Edward Norton por ser fã e modificar o script.

Será que algum dia veremos isso no cinema? Que venham os filmes do Capitão América, Homem Formiga e Thor...

01 julho, 2008

indiretas...

indireta

cuidado, garotos... os ads agora enviam indiretas pra vocês! rsrsrs

27 junho, 2008

ainda sem nome, parte 2

O banho já durava mais de quarenta minutos e ela permanecia abaixo do chuveiro, acaraciciando os cabelos molhados, com uma expressão fria no rosto. Grande filho da puta, pensava. Grande galinha mongolóide. Seus olhos se acendiam como se fossem chamas de raiva, enquanto pensava no marido que novamente desaparecera.

Se não fosse tão freqüente, soaria até mesmo teatral. Mas não era mais novidade, não para ela - os sumiços de uma noite, dois dias, até quatro, eram comuns.

Bastardo. Escória.
Um leve sorriso brincou em seus lábios quando ela pensou que também não era um perfeito anjo. O que mais a levaria a aturar o marido se não fosse... puramente dinheiro? Não podia reclamar do apartamento de luxo que estava e nem da casa de campo, a de praia e o motorista particular. Mas era revoltante - ela não era nada menos do que modelo internacional, reconhecida nos quatro cantos do mundo por sua beleza intrigante, e era ignorada dessa forma por um homem mais do que ativo em termos sexuais.

Grande filho da puta.

Quando ouviu o barulho da porta, não se surpreendeu. Sequer falou alguma coisa. Aguardou, ouvindo os barulhos de louças quebrando - estar bêbado também não era novidade para ela. Continuava abaixo do chuveiro, observando com interesse as pontas de seu cabelo, e analisando os dedos que já começavam a ficar enrugados. Só sentiu que algo estava errado quando os ruídos de destruição da decoração da casa atravessaram o corredor e chegaram à porta do banheiro. Ele nunca vinha à suite dela. Não logo depois de chegar.

Por detrás do vidro fosco do boxe, viu a silhueta de seu marido entrar devagar no banheiro, ainda cambaleante. Parecia hesitar em seus passos.

- Três dias. Espero que pelo menos dessa vez você tenha se dado ao trabalho de não sujar todo o apartamento! - exclamou com sarcasmo.
A resposta foi um grunhido rouco e ofegante, muito diferente da usual voz grave e firme. Deve ter engolido a garrafa junto, ela pensou, sentindo nojo. A silhueta agora se aproximava da porta do box, muito lentamente. Desligou o chuveiro, puxando a toalha para se enrolar, e ouviu que ele tinha a respiração ofegante e chiada, quase como a de alguém que não consegue respirar. O ritmo das inspirações soavam como se ele estivesse farejando algo.

- O que diabos você quer aqui? Pode me dar licença? Não quero você aqui agora.

Sem sinal de ter entendido, ele continuou avançando. Colocou a mão sobre o trinco que abriria a porta e hesitou por alguns momentos, ainda ofegante. Ela se aproximou mais do vidro, tentando ver a expressão em seu rosto, mas não foi preciso. Com violência, ele abriu a porta de uma vez, e avançou em um pulo. A última visão que ela teve, aos gritos, foi a de um rosto completamente desfigurado e coberto de sangue seco, e os olhos branco-leitosos do que um dia fora seu marido.

Grande filho da puta.