19 fevereiro, 2007

A Busca - 2ª parte

Ao adentrarem o recinto uma sensação de dejá vu tomou conta dos quatro. Muitos foram os momentos passados entre as paredes de uma taverna, bebendo, comendo e procurando trabalho. Os tempos eram outros e suas mentes mais limpas e dispostas a aventuras:

- O que me dizes deste cômodo, Simon? Parece-te familiar?

- Como todos os outros, Moisés.

O cheiro de cerveja e vinho invadiram seus sensores fazendo-os viajar ainda mais no tempo. O garçom do lugar apressou-se para conseguir uma boa mesa e em menos de meio ciclo os heróis estavam sentados:

- Sua melhor cerveja, para mim e meu amigo humano. E vinho para nossos feiticeiros!!! – bradou Baltek.

- Baltek, por favor, já te disse que não sou feiticeiro, sou sacerdote. – reclamou Moisés.

- Claro, Moisés. Mas essa é ainda a melhor forma de te irritar. Garçom, por favor, estais aqui ante a presença de Moisés, o maior sacerdote de Selimon, Reggie Butcher, o açougueiro, matador de Balthus Bone, do imperador Baltek, senhor de toda Telakia e Simon Van Helmont, o... hã... elfo mais élfico do planeta e precisamos de informação. Quem seria mais adequado para tal? – apresentou-se Reggie, com eloqüência.

- C-creio que Lemar, o guia, poderia ajudá-los... – respondeu o garçom.

- E onde se encontra esse ser de sobrenome tão criativo?

- É aquele no balcão, senhor.

- Então traga-o, junto com as bebidas!!!

O garçom apressou-se para cumprir sua busca e logo as bebidas e o guia chegavam à mesa. Lemar era um humano jovem, esguio e bem trajado. O couro de suas vestes era algo incomum em muitas paragens podendo ser classificado como quase nobre. Uma afiada adaga fazia parte de sua indumentária, demonstrando que este não era tão frágil quanto parecia. Simon iniciou a conversa:

- Sente-se conosco, caro infante. Já deves nos conhecer, talvez não pelas aparências mas pelas apresentações feitas por meu quase ex-amigo...

- Ex-amigo? És um ingrato... Aposto que nunca fostes chamado antes de elfo élfico? – defendeu-se Reggie.

- Bem, sem mais delongas, precisamos de informações sobre Brigurn. Sabemos que a floresta foi alvo de algumas histórias estranhas a algum tempo e essas histórias tornaram-se lendas em muitos lugares... – continuou Simon.

- Sim, e estas histórias fantasiosas só fizeram... – interrompeu Lemar.

Um soco na mesa interrompe o rapaz:

- Não deves nunca interromper quando um homem fala! – ordenou Baltek.

- Calma Baltek, o rapaz não o fez por mal. Apenas complementou a conversa do nosso “elfo élfico”... Além do mais, tu bem sabes que este quando começa a divagar... – novamente Reggie, em tom avacalhado.

- Tens sorte, moleque. Telak mostrou clemência desta vez, ante ao pedido de meu camarada.

- D-desculpe senhor, não foi minha intenção.

- Podes continuar, rapaz. – pediu Simon, entre dois goles de vinho.

- Como dizia anteriormente, essas lendas transformaram nossa próspera região no que os senhores podem ver atualmente. Terras antes usadas para descanso se tornaram esse lugar ermo e esquecido pelos deuses. A Dragão Brigurn foi a única que estalagem que sobreviveu. As pessoas se mudaram e o comércio entrou em colapso. Meu pai, que também foi guia, contou-me as histórias. A respeito da besta-fera que atacava as caravanas e devorava os incautos e, muitas vezes, nem os cavalos escapavam. Os viajantes começaram a diminuir e a economia da cidade também.
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Esboço do Imperador Baltek.

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