17 maio, 2007

Just an elevator...

Diário de um mutante em potencial.

Um dia no inferno e uma noite no absurdo… Quando suas omoplatas crescem a ponto de se tornarem asas, sua mente vaga num extremo solitário onde só o menor dos ratos aparece. Voar? Impossível... São asas mortas, sem penas ou membranas. Mas estão lá e te acompanham, à medida que crescem. As portas abertas se fecham na sua mente... Serei eu? Ou será a música? O vinho, a cerveja? As ASAS?!?!!? O absurdo chega trazendo consigo uma garra afiada que rasga a carne e se delicia com o sangue. Pedras e ossos quebrados... Isso é passado, o presente é diferente. Harmonioso, linear... A certeza ainda é a arma dos idiotas. Quem tem certeza de alguma coisa, não vive, sobrevive. Mas elas continuam lá. Coçando a carne na parte superior de suas costas. Como os outros reagirão? Medo? Eu não pedi por isso e não sei o que aconteceu! A especulação do início é apenas isso, especulação... As certezas são incertas e as omoplatas ainda estão dentro dos meus ombros. Um anjo, voaria... um demônio decairia... Será mesmo? Morre Seco!

11 maio, 2007

Aprendendo Photoshop...

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Pra quem sabe quem eu sou, olha só como tô bonitim... Pra quem não sabe, taí eu.

05 maio, 2007

Zero.

- Minha lâmina clamava por sangue e essa necessidade me fez o que sou hoje. Fruto de uma supertição? Filho dos tempos áureos, quando lendas regiam o mundo e as trevas eram mais presentes que a luz? Um personagem de uma história ainda não terminada? Quem dera minhas ambições se aproximassem de tais preceitos. Fonte de poder ou não, o aço matava e eu o empunhava, sedento por tornar criaturas de sangue quente, cadáveres putrefatos, alimento de abutres insaciáveis. Pessoas poluem o mundo e um câncer só pode ser extraído com violência. Sentar à mesa e me alimentar, algo distante. Consumo litros e litros de fortificante, me exercito ao extremo, anabolizantes me ajudam no processo. Eu sou traumatizado? Minha família foi assassinada num beco escuro? Num parque, por uma gangue de mafiosos? Por favor, isso não é uma história em quadrinhos... Qualquer um, basta ser sensato, pode notar o mau que o ser humano é capaz de fazer; eu apenas extirpo a pior parte. Quando essa não mais existir, tomarei a parte melhor e assim por diante até terminar, com meu próprio fim.... Não sou religioso, muito pelo contrário, sou avesso ao conceito. Se Deus existe, ele está triste com a humanidade... Então eu ganho pontos... Se não existe, continua na mesma...

- Se-senhor, por favor, não continue....

- Qual teu nome?

- Melinda.

- Muito bem, Melinda. Liguei pra você, não em busca de um conselho, mas de um aviso. Eu sou um zero à esquerda e você sabe disso. Não faço a diferença, preciso de propaganda e você sabe o quanto estou certo...

- Não, você está errado. Estou aqui pó ter esperan...

- Ei, não ouse mentir para MIM!!!!! Eu sei quem você é!! Essa é tua última tentativa de acreditar no ser humano. Sei que não está tão esperançosa quanto prega para os amigos. Nós podemos fazer algo, existem vários como eu, esperando apenas um empurrão. E Você pode ser esse empurrão...

- Mas... Esse papo de espada...

- Não quero seguidores, quero companheiros... Cada um ao seu modo. O sangue da Terra não deve ser mais derramado...

CORTA – Noticiário da TV

- Esse foi apenas um trecho gravado pela atendente de tele-ajuda Melinda Baker, hoje pela manhã, ao atender o assassino em série que já foi apelidado de Zero, por não ter nenhum tipo de identificação encontrada depois de 103 mortes. Pelo que podemos ver, trata-se de um sociopata de 5º grau, como pode explicar...

O aço frio quase de torna parte do pescoço de Melinda:

- Por que isso, Melinda? Era a nossa chance, você poderia ter me ajudado...

- Não, por favor... Eu não agüento mais... Sabia que isso aconteceria... Termine logo...

- Acha que sou um reles assassino? Que vou te punir? Você fez tua escolha... Viva nesse mundo putrefato, conviva com teus iguais... Você os merece... Eu voltarei quando você não quiser...

Lágrimas escorriam pelo rosto de Melinda. Tão rápido quanto veio, foi-se. A felicidade que já era distante não viria... A promessa seria cumprida...