03 julho, 2008

Filmes da Marvel - elogios

Aparentemente a Marvel engrenou, no que diz respeito a filmes. Após várias burradas fenomenais, onde incluo os episódios de Homem-Aranha, confesso que filmes como Homem de Ferro e o novo Hulk fazem jus a seus correspondentes nos quadrinhos. É claro que determinadas explorações, como o problema com o álcool do Tony Stark, poderiam fazer parte do contexto do personagem, mas, no final das contas, nós, amantes dos quadrinhos, temos que entender que um filme tem apenas duas horas e personagens dessa estirpe têm mais de 30 anos de história e acrescentar tudo deria impossível. Enfim, comentários sobre os filmes.

Homem de Ferro é o supra-sumo (até agora) dos filmes de personagens mecânicos. A forma como foi montado o personagem e apresentado ao público beirou a perfeição. Um Tony Stark carismático e apático com relação ao uso dos armamentos produzidos pela sua empresa tornando-se um sujeito consciente após o seqüestro veio bem a calhar com a atualização do caracter. A forma como foi produzida a primeira armadura e seu uso de forma precária demonstrou um certo nível de conhecimento por parte do diretor (talvez um bom conselheiro, roteirista de quadrinhos?). Obadiah Stane teve sua introdução no universo das empresas Stark da forma mais precisa possível (nos quadrinhos era meio estranho o ódio que ele sentia por Tony; pai suicida, ex-funcionário da empresa). Pepper Potts e Happy também foram bem representados, considerando que o universo do Homem de Ferro não é composto de personagens muito interessantes. O Monge de Ferro foi uma ótima aposta, afinal seria um vilão compatível e de importância limitada, fazendo bem seu papel de primeiro antagonista do "latinha".
Só elogios... Sim. Desde Transformers não assistia a um filme tão bom de quadrinhos. Daqueles feitos para agradar aos mais fanáticos e aos pretensos novos fãs do personagem. Homem de Ferro figura no rol das melhores adaptações de super-herói já feitas.

Hulk é um caso à parte. Fazer um filme decente do gigante esmeralda era quase uma obrigação da Marvel. O primeiro (que Deus o tenha) foi competente como o Duende Verde "monstro do Jaspion" do primeiro filme do Aranha. Muita complicação, pouca ação. O novo deixou de lado a baboseira "como criei meu próprio Mr. Hyde" e mostrou para que o Hulk veio ao mundo. ESMAGAR!!! Mostrado como um animal selvagem, que pouco entedia o que se passava ao seu redor, o Hulk era um ser digno de pena, como fôra originalmente concebido nos quadrinhos. Sua falta de discernimento, quase infantil, remeteu muito bem à época do "Hulk só quer ficar sozinho, homenzinhos só incomodam Hulk". Betty tentando esquecê-lo e viver sua vida, achando que Bruce encontrava-se morto, também relembra uma época boa dos quadrinhos. "Thunderbolt" Ross, Samuel Sterns e o próprio Emil Blonsky ficaram ótimos, fazendo uma exaltação a Tim Roth pela belíssima interpretação do oficial prestes a se tornar obsoleto e sedento por ação. A única pequena ressalva fica por conta do psicólogo Doc Samson... Da forma como foi retratada no filme, deverá haver uma explicação muito boa para que este se torne o gigante de cabelos verdes dos quadrinhos, caso isso aconteça. No mais, a fala do "verdão" foi de gelar a espinha... "HULK SMASH!!!" soou como uma música inédita do Sabbath, período setentista, para meus ouvidos. Bendito seja Edward Norton por ser fã e modificar o script.

Será que algum dia veremos isso no cinema? Que venham os filmes do Capitão América, Homem Formiga e Thor...

Um comentário:

hylenne disse...

caraca, tu tá começando a me deixar agoniada pra ir no cinema ver o hulk... arghh!