13 fevereiro, 2009

Não leia...

Valor. Antigamente, entre os silvícolas, que chamamos de índios ou indígenas, mediam o valor pelo caráter e pelas ações do homem. Cada um tinha seu papel na comunidade. Os guerreiros eram valorosos por executar bem suas atribuições, assim como os pescadores, as rendeiras, cozinheiras e afins. Os idosos eram valorosos, tanto pelo antigo modo de vida quanto pela experiência. Eis que chegam os “civilizados”, com seus “valores” deturpados. Onde um pequeno objeto brilhante e dourado valia a vida de homens e mulheres inocentes. Pois bem, é assim que vivemos até hoje. Valores íntimos, qualidades inerentes ao ser humano, são considerados muitas vezes defeitos, sendo ridicularizados e rebaixados ao grau de inocência, ou muitas vezes, incompetência. E o “valor”, que não mudou, apenas se transferiu para outros pequenos objetos de metal e papel graduam o ser humano. Tenha, não seja. Ostente, não divida. “Eu”, não “nós”. Chegamos a esse nível de mediocridade. Seu caráter é medido pelo que tu possuis e não pelas tuas ações. Almeje ter como Donald Trump, ou qualquer outro quaquilhionário, não almeje ser como Nelson Mandela, ou outro qualquer imbecil que lutou pelos direitos da humanidade. Enfim... Tenha dinheiro ou agarre-se a tua infinita insignificância. Ou ainda, pratique crimes... Alguns dizem ser um meio eficiente de ter.

Ps.: palavras vagas de um insignificante e medíocre ser humano, destruidor da atmosfera e consumidor ávido de bens desnecessários.

Ps2.: eu tenho um, ganhei de aniversário (desnecessário?)

Ps3.: esse está muito caro...

Ps4.: eu disse que era pra não ler...

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