15 fevereiro, 2009

Eu odeio carnaval

Mas meu ódio tem fundamento, deixa eu explicar.

O carnaval, pelo menos aqui pela nossa terra, é o "start" para um estado de despiroquice aguda de toda a civilização brasileira, que chamo carinhosamente de patuléia.
A patuléia, lááá pelo começo de janeiro, quando começa a pipocar as vinhetas da Globo sobre o Carnaval 20XX (piadinha nerd, quem entender ganha +1 em carisma), começa a despirocar aos poucos. Sabe que, logo logo, aquele ser cor-de-rosa ou qualquer-outra-cor-ou-combinação-de-cor-esquizofrênica que adormece dentro dele vai poder sair descendo o rodo em todos que passarem pela sua frente.

Carnaval no Brasil seria, basicamente, um Burnout/Flatout humano, só que em vez de batidas, o que vale é espalhar a saliva/sêmen na maior quantidade de pessoas do sexo oposto (ou não, liberdade para as crianças) existente no maldito recinto que esse ser igualmente maldito se encontra no momento da despirocada que é praticamente um d20 causando dano duplo em todos.

Veja bem, sou defensor feroz dos direitos sexuais e cada um aproveita como quiser o orgão que lhe foi concedido. Mas aquela merda de nego andando pelado na rua, gritando, suando, se esfregando, como se fosse completamente normal, me irrita profundamente. Só uma coisa me irrita mais que isso: ligar a TV e ver isso. Por isso eu evito ao máximo ligar a TV nessa data. Porque, sabe como é, vai que eu ligo e ela está ali, estática, em algum canal mostrando aquela magnifica bunda mole rebolando loucamente? Lembra aquele caso das crianças que tiveram ataque epilético no Japão por causa de Pokemon? Então, a mesma coisa, só que menos japonesa.

Agora, você deve estar pensado em como esse ser sobrevive ao carnaval.
Bem, atualmente, anda cada vez mais difícil sobreviver a ele. Cada ano é um desafio, me programado como evitar esses festivais de dispiroquice.
As vezes, tenho que admitir, não existe como fugir da bunda mole gigante, que vem em sua direção tal qual uma locomotiva fora de controle. Nesses casos, eu conto com uma habilidade importantíssima que tive a oportunidade de receber nessa vida: a de ignorar.

Sim meus amigos, sou um fraco. Ignoro todo o caos que me cerca para viver no meu mundo imaginário onde as pessoas, mesmo nessa data, conseguem manter um pouco da racionalidade do convívio social.
Mas, pelo menos, não me misturo com essa gente.

Tenha fé, um dia tudo isso acaba... ou não.

Nenhum comentário: