09 agosto, 2007

Pra posteridade - 1º passo

O vento passeava pelo meu rosto e seu uivo entre os prédios era como música. O beiral do edifício estava sob meus pés, sólido como o próprio chão da calçada em frente. Chegar até ali foi um exercício de força de vontade, mas o primeiro passo deveria ser dado. Nunca na minha vida algo se tornara tão palpável quanto essa necessidade que surgira. Chegar a esse ponto, para muitos, é loucura, para outros tantos, covardia... Alguns chamam de coragem... Eu chamo de alívio. De liberdade. O primeiro vôo de um pássaro, a primeira caçada de um guepardo, a primeira transa de um adolescente. Só que a sensação seria única... A lua me olhava severa... Severa ou sorridente? Depende do ponto de vista. Eu sempre a vi como uma matriarca mandona, daquelas que regulam seus dependentes de formas bem severas. Coitadas das estrelas. Com o fim do cigarro eu dou um passo para trás. Como foi dito antes, o primeiro passo foi dado e mais dois estavam por vir. Boa sorte pra mim.

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