21 dezembro, 2009

RETICÊNCIAS 4

Não sabe quanto tempo havia passado desde a última piscada. Só se moveu quando dos seus olhos surgiu a ardência provocada por uma fria e solitária gota de suor que pela testa percorreu lentamente suas rugas num grande canyon ressecado.

Abruptamente levanta deixando o celular escorregar pelo seu colo em direção ao carpete. Cruza a sala e entra no pequeno quarto alcançando uma surrada mala de couro bege em cima do armário atirando-a na cama de casal.

Enquanto roupas eram urgentemente arremessadas para a bagagem, pensa como ele realmente tinha acreditado que dessa vez seria diferente. Considerava um golpe de sorte a providência de achar esse apartamento de temporada ao invés de ficar em mais um hotel como nos últimos meses.

Aqui teria tempo para pensar e alcançar seu objetivo com relativa calma. Tinha a convicção que seria diferente, até mesmo porque a ampulheta do tempo se esvaia. Teria sido em vão? Esse pesadelo nunca vai ter fim?

Apressadamente fecha a mala e machuca o dedo na fivela, xinga alto enquanto inutilmente abana a mão no caminho para o banheiro. Abre a torneira e molha de forma desajeitada o corte alagando todo o piso branco. No caminho para a toalha, se encara no espelho como há tempos não se atrevia.

Não tinha percebido o quanto envelhecera nesse meio tempo. Os olhos fundos, as rugas e a barba por fazer formavam o aspecto de um homem décadas mais velho. Sempre foi conhecido por ter um rosto de que era fácil gostar, agradável e enrubescido. Rosto esse perdido em épocas mais simples. Hoje não é mais do que um uma caricatura de si mesmo: se escondendo, fugindo na vã esperança de resolver o cada vez mais irresoluto.

O corte dói enquanto a água fria entra pela carne rasgada. A pia já tingida de vermelho parece pulsar no ritmo de sua enxaqueca. Fecha os olhos com força - como pôde deixar essa porra acabar com sua vida? Dilacerar sua dignidade? Extirpar a vontade de sua alma, renegar seu direito por uma vida normal? Foda-se, não mais!

Enrola de qualquer jeito a toalha na mão machucada e corre para alcançar o diminuto telefone ainda semi-encoberto pelo plástico bolha. Olha nas chamadas recebidas e se espanta em se deparar com um 0800 conhecido. Onde é que viu esse número antes? De soslaio, fita a geladeira branca e a alcança se apressando em passar seus dedos esqueléticos entre os inúmeros imãs derrubando alguns no processo.

De repente para. Dá um passo pra trás lentamente como se fosse planejado, meticuloso. O sangue parece congelar mesmo com o coração como locomotiva no seu peito:

Ele estava certo.

16 dezembro, 2009

RETICÊNCIAS 3

A embriaguez escorreu pela pele amassada. O raciocínio tentou inútil ignorar o pedido de urgência. O corpo era a própria imagem da fragilidade.

Pedi para deixar a encomenda em cima da poeira do capacho. O sevidor, leal a sua função, exigiu que eu assinasse a papelada.

Em segundos, abri a porta, percebi que ainda existia um mundo lá fora, e voltei ao regime solitário - uma combinação tediosa de álcool, comida congelada e TV por assinatura.

Nem me despedi do rapaz. Olhos embaçados tentavam focalizar o pacote. Não era tão pesado. A consciência, essa sim, pressionava oito toneladas e meia sobre as costas.

A navalha abriu uma caixa de Pandora.

Impossível! Fiz de tudo para eliminar quaisquer vestígios! Como pude falhar?

O pânico se acentuou com um toque de telefone celular, algo que eu não tinha. Mesmo envolvido em plástico-bolha, ainda assim escapava um barulho irritante.

- Você acabou com a minha vida! Agora, é a minha vez de acabar com a tua!

Aquela voz foi o pior café-da-manhã que já experimentei. Não conseguia sequer respirar.

- Se eu fosse você, sumia de novo! Se for capaz...

Sempre havia me portado como homem correto. Até o instante que cometi um erro, considerado imperdoável por aqueles que eu me joguei contra o fogo para protegê-los.

Agora, minha vida vai se transformar em um inferno novamente.

15 dezembro, 2009

Pppprrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr.......

CHOWDER



Não tenho o que comentar. Já virei fã. Pur Favoooooooooooooooooooooooooor...

RETICÊNCIAS 2

Afastar-se um passo foi um reflexo, uma tentativa de vã sobrevivência, mesmo sem ameaça. O recém retorno da dimensão de Orfeu ainda o deixava confuso. Ou seria outra dimensão?
Como Adão no Paraíso Perdido de Milton, busca explicação para tais fatos inexplicáveis. Ou seria apenas destempero mental?
A figura do entregador o atormentava, tal qual a serpente, depois chamada Satã. A dúvida acometia cada vaso sangüíneo de seu corpo e cada órgão, como se transportada por hemácias insurgentes.
Fúria e medo se faziam presentes, enquanto seu cérebro produzia energia elétrica suficiente para iluminar uma lâmpada – “Como isso pode estar acontecendo?” – “Será um engano... Tenho certeza! Ninguém sabe onde estou...” – “Mas se alguém souber, estou condenado!”.
Teus pensamentos, agora mais amalgamados que antes, o levaram por caminhos não antes percorridos. Ou seriam lembranças anteriores? Ou pior, posteriores? Levou a mão à fronte, tentando conter uma pontada de enxaqueca que se anunciava, como o tema inesquecível de Tubarão.

Um quarto toque de campainha é ouvido, seguido por um conjunto de toques estridentes da aldraba pendente em sua porta e de uma solicitação recheada de sotaque castelhano:
- Señor, sei que está aí. Sua vizinha de porta avisou. Por ordem da empresa, devo entregar a encomenda em mãos. Aqui diz: Urgente e Frágil!

14 dezembro, 2009

RETICÊNCIAS

O despertador finalmente para depois de intermináveis minutos. Já está acordado há tempos. Aliás, nem dormiu. Como se conseguisse logo na primeira noite. É sempre assim e ele se culpa por ainda não ter se acostumado.

Levanta de forma desajeitada da confortável poltrona carmim. Mil braços parecem puxá-lo de volta. Tropeça no copo de Jack Daniels e derrama o líquido amarronzado vagarosamente absorvido pelo carpete mofado. Faz um xingamento mental e se aproxima cambaleante da cortina. A perna ainda dói.

Os dedos deslizam pelo grosso tecido aveludado e o puxam para o lado devagar. A luz não tarda a entrar, ferindo olhos cansados acostumados com a escuridão. Como por reflexo, leva a outra mão à vista e sente a sua pele aquecer. Abre mais um pouco. Faz um belo dia de verão e a cidade se apresenta numa orgia de sentidos, muito diferente da letargia da noite anterior. Ele gosta de pensar nelas como organismos vivos nem sempre necessariamente saudáveis. Esta, por exemplo, está em estado terminal.

Percebe o cheiro, olha as ruas e as pessoas. Seus olhos treinados vêem por detrás das máscaras e do visual “comercial de margarina” do parque ao lado. Pensa como as pessoas são voluntariamente estúpidas e ignorantes. É difícil viver com a realidade. Mais fácil é se isolar em seu pequeno mundo esquizofrênico particular. Ele sabe disso por que essa já foi também sua vida, mas há tempos não é mais. E nunca mais o será.

Respira fundo e flexiona os braços para trás espreguiçando-os sem tirar os olhos da metrópole pulsante à sua frente. Suspira. Impressionante: só quando você se encontra perto do seu objetivo é que se percebe o quanto ele está distante.

Flexiona os ombros pra frente encosta a cabeça no vidro aquecido. Fecha os olhos. Uma dormência agradável toma conta do seu corpo. Nada mais parece urgente. Nenhuma grande ambição ou objetivo. Ele precisa descansar.

De repente barulho. A consciência violentamente o traz de volta. Os olhos doem, os pensamentos confusos e a cabeça ainda contra o vidro. Mais uma vez. Agora desperto se coloca ereto, os ombros ainda cismando em se curvar pra frente. Procura a origem do barulho e demora em entender que ele vem da sua campainha. Como poderia saber¿

Desloca-se dolorosamente para a porta, os músculos travados e a perna dura como pedra. A distância é pequena, mas dá tempo de um terceiro toque, agora mais insistente. Olha no olho mágico e vê o uniforme impecável de um mexicano baixinho segurando um pequeno pacote da FEDEX contra o corredor démodé. Mesmo através da imagem turva não há como não reconhecer o seu nome na etiqueta do pacote. O coração dispara: ninguém sabe que ele está aqui.

02 dezembro, 2009

Mamute nostalgia


Melhor que em português. Hahahahaha.

24 outubro, 2009

Vampiro???



Kevin Smith sobre Crepúsculo... Formidável.

20 outubro, 2009

Condenação Brutal - by Pixar


O College Humor só se supera. Formidável.

19 outubro, 2009

A Colônia de Marte 6 - CM6


O segundo evangelho de Zorg. Coisa fina também... Mais um e fechamos a trilogia.

A Colônia de Marte IV - O Herege



Esse filme estava postado lá atrás, na época menos gente ainda visitava o blog (será possível??). Enfim, o primeiro de dois. Grandes amigos, grandes doenças, grande diversão. "Grande" abraço.

Mortal Kombat - O Segredo de Shao Kahn Mountain


Acho que já é antigo, mas é bem legal.

17 outubro, 2009

"Eu vou chamar o Stalin!"


Me impressiona como é fácil conseguir 15 minutos de fama hoje em dia... Até involuntariamente.

04 outubro, 2009

Errata

Não é displasia, é disparate... Ô cerveja do capeta....

03 outubro, 2009

Metal


HEAVY METAL!!!! AAAAAAA!!!! Alguns têm a displasia (acho que é algo assim) de criticar o Black Sabbath.... Bem... Entendam uma coisa.... 1969... Antes do Black Sabbath.... “Flower Power, stairway to heaven”... pós Black Sabbath: tudo o que veio...
Porra... A força do heavy metal veio toda do Black Sabbath... Após isso ela foi limada, lapidada, ou seja lá que termo usem a respeito disso... Mas tenham certeza de uma coisa: Metal existe: antes e pós a música Black Sabbath.

29 setembro, 2009

Metaaaaal


Hehe... Me lembrou Débil Metal e Massacration... Leva a sério, leva, ô sueco...

Wrong hooooooole.

Adaptações... volume 2

O ano: 2000. Heróis: X-Men.
Depois dos já citados conturbados anos 90, o novo milênio (mentira, seria só em 2001, mas....) se iniciava e a Marvel havia se lembrado de seu grupelho de mutantes em colans (é assim que escreve???) coloridos que foi grande sucesso a algum tempo e estava retornando ao estrelato. Sentados numa mesa de bar estavam Bob Harras (saindo), Joe Quesada (entrando e criando raízes. Fícale, fícale!!) e Stan Lee, tomando uma cerva gelada, discutindo o que fazer... Até imagino o bate papo:

Bob Harras:
- Putz, a Marvel quase faliu... E nem foi culpa só minha...
Joe:
- Nosotros tenemos grandes ideas para la empresa. Já sê el nombre: Marvél Knights. Más precisamos de outra idea.
Stan:
- Cadê minha empadinha? Pô, ei, seu garçom.

Eis que vira um sujeito grisalho, barba por fazer, que atendia às mesas e disse:
- Não pude deixar de ouvir sua conversa... Já pensaram em fazer cinema?
Bob:
- Huntz... Olha só, qual é a desse garçom...
Joe:
- Una belíssima idea. Qual es su nombre?
Silvio Luiz:
- Quero minha empadinha, pô.

E o sujeito responde:
- Meu nome é Avi Arad. E acho que posso ajudá-los.

E assim, Avi Arad retornou a Marvel, com algumas idéias na cabeça e Sil... Stan Lee ficou sem empadinha...
É claro que nada disso aconteceu, mas serve pra ilustrar um dos momentos mais memoráveis das adaptações: X-MEN - O filme.
Um desconhecido David Hayter escreveu o roteiro, um competente Bryan Singer adaptou e dirigiu um belo conjunto de atores, alguns novatos, outros nem tanto, o que se tornou o marco zero das boas adaptações.
Críticas à parte (sim, não é perfeito... e eu, como fã, bem que gostaria de ver aquele pessoal nos uniformes... bendito seja Alex Ross), o filme foi um grande sucesso, dando um novo gás ao desenvolvimento de filmes baseados em quadrinhos.
O "amigão da vizinhança" não poderia ficar atrás, sendo assim chamaram Sam Raimi (saudades do Evil Dead) e peliculicaram o Aranha (Homem Aranha vs Gatta Metálico)(pra quem não sabe quem é Gatta, procura algo sobre os Changeman). O filme foi um sucesso absurdo, sendo inovador em efeitos especiais e blá, blá, blá...
Muitos sucessos, muitos dinheiros, muitas empolgações, muitas cagadas... Hmmmmm, ai minha língua.... Demolidor e Hulk não me deixam mentir.
Nem vou comentar muito... O primeiro, levou um desinteressado Ben Affleck a se tornar o advogado cego, Jennifer Garner (quem?) a atuar como Elektra e Colin "cara de doido varrido chorão" Farrell como Mercenário (esse chegou a influenciar os quadrinhos, pra fazer maluco chamaram o cara certo).O filme lembra muito a luta entre Wayne Campbell e Jeff Wong, pai de Cassandra, em Quanto Mais Idiota Melhor 2 (que título terrível), com personagens cheios de trejeitos, ginga e malemolência. Ah, sim... Michael Clarke Duncan como Wilson Fisk bronzeadis (eu não sou racista... mas nos quadrinhos o cara é branco...).
Hulk... Precisa comentar? Ang Lee, grande diretor do superestimado Tigre e o Dragão... "Vai ser um filme de arte." foi o comentário... PQP, CA$%LHO, B%#$TA, É O HULK, PORRA!!!! Queríamos ver porrada comendo solta, destruição em massa e um gigante de dois metros e meio urrando e gritando "HULK ESMAGA". Ao invés disso, fomos agraciados com um filme preocupado em explicar nos mínimos detalhes o que é impossível de explicar (ao invés de contrair câncer o cara fica verde, burro e fortão... explicar isso??). Enfim, mudaram história demais, levando ao fracasso, como adaptação e filme (mas Sam Eliott "É" o general Thadeus Ross, sem sombra de dúvida).
Nesse mesmo ano, 2003 (é, amigo... os filmes foram feitos a toque de caixa nessa década) saiu X2. O que eu não ía falar do Hulk, deixei para não falar aqui (confuso? eu tb...). Bom filme, quase o mesmo elenco... Deus ama, o homem mata... Tempestade com personalidade distorcida devido a exigências da oscarizada Hale Berry e Noturno afetado. Fim de papo. Bom filme, mais sucesso que o anterior.
O post está bem longo, então vou parar por aqui... Continuamos depois. Abraço.


Stan Lee, depois da reunião... Chateado por causa da empadinha.

09 setembro, 2009

24 agosto, 2009

Stop Motion

Nerds + lego + falta do que fazer =



Animal.

09 agosto, 2009

The Lonely Island

SUCK MY OWN DICK!
LIKE A BOSS!


EVERYBODY LOOK AT ME CUZ I'M SAILING ON A BOAT!

29 julho, 2009

Bem Vindo.

Dentre mortos e feridos ganhamos um novo componente do PouB. Seja Bem vindo, caro amigo Nesher. Taí o primeiro post do camarada (mais que outro componente que nunca postou...). Abraços.

CURSO DE DESENHO PARA GALERA

Esse curso eu achei muito bom, pois dá uma noção boa de movimento e de cenas de ação. Ideal para desenhar quadrinhos. (pena que é de mangá)

Espero que gostem!!


Nesher

16 julho, 2009

Adaptações... volume 1

Hollywood finalmente (re)descobriu o filão dos filmes de super-heróis e afins, as chamadas adaptações. Certos de sua rentabilidade, produtores e diretores estão navegando pelos mares das histórias em quadrinhos, brinquedos, desenhos animados ou tudo isso junto.
Antes, conhecida pela impecabilidade inocente de suas adaptações, a DC corria quilômetros a frente da Marvel e de qualquer outra empresa com seu herói maior, o Super-Sam... quer dizer, Super-Homem (mas ver Ramon Valdez vestido do amálgama Tio Sam/Super-Homem e falando "Time is Money" é impagável). Não saindo muito do contexto, os filmes do Donner eram: a) fidelíssimos aos personagens (apesar do Lex trapalhão, mas muito bem interpretado do Gene Hackman). b) extremamente bem montados (em todos os quesitos, indo do vestuário aos efeitos especiais). c) frutos do trabalho de pessoas que conheciam o que estavam fazendo. Os filmes do Super eram inocentes e divertidos, como as histórias do Homem de Aço na época. Depois vieram as películas do Homem Morcego, onde Tim Burton, apesar da escolha equivocada do protagonista, trabalhou da mesma forma que o Richard Donner, dando a profundidade necessária para a caracterização do personagem. Percalços à parte, como o tele-filme da Liga da Justiça ou o que fizeram com o pobre coitado Monstro do Pântano, a DC mandava bala (na minha humilde opinião, mesmo com o seriado do Flash, o qual gostava bastante).
Enquanto isso, na outra página desse mesmo gibi, a Marvel destruía seus personagens em telefilmes pífios. Capitão América e Homem-Aranha foram os mais abalados. Pode-se dizer que o Hulk também, mas ouvi muito fã de quadrinhos reclamar que o filme foi feito com o Gigante Esmeralda em CGI, lembrando que o bom e velho Lou Ferrigno era um ótimo Hulk. Enfim, provavelmente o problema da Marvel era ser a maior, sempre batia com a cabeça em algum lugar, e essa batida era sempre no ramo cinematográfico. Infelicidades como as já citadas tiveram fim com o Justiceiro (Ivan Drago zanzando de moto pelos esgotos) e Nick Fury (muito divertido e até bem caracterizado na pele do fanfarrão de carteirinha David "Super Máquina" Hasselhoff). Isso sem citar o famigerado Quarteto Fantástico de Roger Corman, pérola do cinema B. Os anos 90 esmagavam a cultura como um rolo compressor, massificando tudo o que podia. Grunge, Itamar Franco, cervejas BR e os mamilos do Batman. Nem preciso falar mais nada. Grande Michael Schumacher (esqueci o nome real do diretor) e suas cores berrantes... JOEL, (lembrei) seu imbecil! A única franquia ainda interessante descia ralo abaixo, entre Governator´s, pediatras e Delícia Silverstone´s. A Marvel já tinha pendurado as chuteiras, comprando tudo o que é micro-empresa de quadrinhos, animação, cinema (o Agent of Shield é dessa década) e eletrodoméstico, tentando entrar em concordata. As fezes já tinham sido arremessadas no ventilador, mas a situação iria mudar...

obs.: Me perdi completamente na cronologia desse post. O que narrei acima aconteceu entre os anos 80 e 90 (descobri que estou ficando velho, confundi as duas décadas).

ob2.: Não citei tudo o que saiu (isso é um blog, não um site de notícias), citei o que vi.

obs3.: Vou escrever mais sobre o assunto... Abraço

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Macho pra cara$%o.

13 julho, 2009

Falta postar...

Final de semestre... E uma bela bronquite... Tive que parar de fumar... Volto daqui a algum tempo, continuem bebendo.

06 junho, 2009

Simplesmente hilário


Sylvester Stallone e Robert de Niro...

02 junho, 2009

Mais cerveja: "Baden Baden"

Sendo o tema do blog, creio que é muito pouco explorado por aqui, por isso, resolvi falar um pouco sobre ela. Na verdade, sobre uma marca em especial. Baden Baden é o nome. Cervejaria de Campos do Jordão, aberta por amantes de boa cerveja. Está entre as melhores que pude beber (só bebi cerveja no Brasil, ser pobre é foda). Vale a pena, cerveja com sabor marcante e aparência muito agradabilíssima (valeu, pai). Pude experimentar a Stout e a Red Ale, ambas maravilhosas. A marca possui diversos outros tipos, chamados de Regulares e alguns chamados Sazonais. Comparo a Stout da Baden Baden a igualmente maravilhosa Guinness (novamente, só bebi a que se vende no Brasil, de acordo com um grande amigo que morou na Alemanha, a de lá é muito melhor). Resumindo, comprem, é meio caro, mas vale a pena.


Olha o prêmio que a moça ganhou.

Obs.: A Cervejaria Schincariol comprou a Baden Baden, mas não se aflijam. Nova Schin é ruim para atender ao público alvo ao qual se destina. Eles não vão praticar nenhum sacrilégio.

Obs2.: Baden Baden é uma região da Alemanha.

Eu, Zumbi - que agora vai se chamar: Vida de Zumbi. (7ª parte)

Daniel estava completamente bêbado. Na verdade para descrever seu grau alcoólico, “completamente” era uma palavra branda. Marcos bebera bastante, mas algumas cervejas para um “morti viventi” apenas o deixavam ligeiramente embriagado. James se aproximou da mesa e ofereceu o bar para que os dois dormissem, sendo prontamente não aceito por Daniel:
- Não, meu camarada... Brigado, maish eu vô pra otro lugá... Meu amigão aqui me achuda, né não, Marcos?
- Pode crer, Daniel... Deixa quieto, James, eu levo ele pra casa.
Daniel levantou-se e acompanhou James até meio caminho do balcão:
- Tu sabe onde ele mora? – sussurrou Daniel.
- Não... Nunca me disse. Ele quem sempre apareceu aqui. – respondeu James com um sotaque irlandês proeminente.
- Espero que ele me diga... Vamos nessa, Daniel?! Quanto eu te devo?
- Nada... Bons amigos do Daniel são meus bons amigos. Venha quando quiser, Irish Bison é a nossa casa. – e com um forte tapa nas costas, despediu-se de Marcos.
Se aproximando da mesa, notou que Daniel bebia do último copo, vazio:
- Vamos lá, seu bebaça...
- Neim a saidera?
- Mais uma? Vambora, Daniel....
E saíram os dois... O bêbado semi-escorado no quase sóbrio, foram caminhando pela rua quase vazia. As poucas pessoas que ainda estavam fora se encaminhavam para suas casas, muitos bêbados. Era madrugada e uma fina garoa marcava a calçada. À medida que caminhavam, pequenas gotículas de água se formavam sobre seus casacos e Marcos se viu perdido em seus pensamentos, ainda tentando imaginar algo mais estranho do que seu dia. Ouviu um soluço baixo vindo de Daniel e pensou – “que ótimo, soluçando agora”

Obs.: Retomando de onde parei... Peço perdão a Isaac Asimov por copiar o nome anteriormente.

16 abril, 2009

Tempo

Boa noite. Tempo e' algo maldito (Mac's tamb'em, como pontuo corretamente nessa bosta?) e esta' meio escasso. Mas isso vai mudar. Finalmente consegui me transferir e vou deixar de passar 3 horas na estrada. Daqui a algum "tempo" prometo resenhas dos shows do KISS e Motorhead. Ate' a pro'xima (maldito MAC)...

De volta \o/

15 março, 2009

Deep Purple - Florianópolis

5 de março de 2009, um dia que ficará marcado na história dessa pobre alma mortal. Pela terceira vez, fui a um show de rock. Deixe-me explicar, anteriormente, apenas festivais faziam parte do meu currículo, além de shows do Credence Clearwater Revisited e Nazareth. Monsters os rock e Rock in Rio (que Odin os tenha) foram marcantes. Bem, sendo a primeira vez, não sabia exatamente o que aconteceria com relação a horários. Recebi a informação que o show começaria as 22:30hs. Como aconteceria o show da banda Immigrant antes, boa banda de covers, não fiz questão de correr, procurando com calma um lugar pra estacionar e um posto pra comprar cerva. Compramos a primeira e fomos em direção ao Floripa Music Hall, lugar bem promissor para produção de shows de médio porte. Uma vez em frente ao lugar, a cerva acabou, voltei ao posto para comprar mais duas (precaução). Eram 22:20 quando chegamos novamente em frente ao local, onde, calmamente, bebia minha segunda cerva. O som que rolava parou e peruntei pra um dos funcionários quando o show começaria e ele confirmou o horário de 22:30hs para o Deep Purple. Mas, peraí? E a Immigrant? Já tinha tocado... Putz! Bebi os 600ml reastantes das cervas em um espaço bem reduzido de tempo (aproximadamente 30 segundos) e partimos para entrar (nesse ponto consegui irritar minha mulher, como acontece muitas vezes) e, enquanto adentrávamos o recinto, ouvimos os primeiros acordes de Highway Star...
Não sou muito velho, nasci no ano do lançamento do primeiro long play do Iron Maiden, mas Deep Purple foi uma banda que fez parte de minha história. Além de Bill Ward, Ian Paice foi um dos grandes motivos pra que eu escolhesse a bateria como instrumento musical. Continuando, fomos abrindo caminho em meio à platéia para conseguir uma boa localização, enquanto aquela maestria musical rolava. Alguns segundos depois, não consegui parar de "bater cabeça" (como todo bom headbanger). A emoção foi absurda. Não achei que aconteceria dessa forma. Minha mente trabalhou contra mim, pois costumo ser mau humorado, fleumático e, muitas vezes, visceralmente rude... Mas naquela noite, não conseguia parar de sorrir...
Highway Star foi só o início do massacre. Strange Kind of Woman, Rapture, Perfect Strangers, Hush, Smoke on the Water, Space Truckin e Black Night completaram o setlist (será que esqueci alguma?). O instrumental estava impecável, tanto por parte dos músicos, quanto do local, ficando o pecado consumado apenas no vocal, muito baixo com relação aos outros e com um Ian Gillan visivelmente cansado (falou-se de uma gripe). Todos os músicos estavam extremamente carismáticos, sendo os "frontmen" Steve Morse e Roger Glover os mais enfáticos nesse quesito. Todos tiveram seus momentos e o modo como o palco foi concebido, valorizou ainda mais os solos majestosos de Ian Paice e Don Ayrie, este último um grande músico (não o conhecia), variando seu solo entre progressivo exacerbado, à lá ELP, e clássicos do piano. Ian Paice nem vou comentar... A interação entre Glover e Morse com o público foi maravilhosa, tendo momentos de resposta e grandes sorrisos por parte dos dois. Gillan brincou, cumprimentou e ainda, em alguns momentos, fez uso de um óculos verde (algum aparato de carnaval, acredito eu, maldita terra de ziriguidum).
No resumo geral, o show foi curto, porém maravilhosamente sonoro e carismático. Na minha humilde opinião, um dos melhores que já pude ver e ouvir. Agora vou continuar torcendo para que os shows não passem voando por sobre Florianópolis, como é de praxe. E viva o rock´n roll!

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Imagem com copyright...

C'est la vie

Garanto que ninguém nem notou que eu saí dessa josta. Isso é bom, vou voltar a postar, senão não anda mais. Nada como um ritual necromante e uma alma semi-possuída pra levantar o ânimo. Vou voltar a escrever e beber ainda mais. Kill em all...

04 março, 2009

Yirn Blackstone is dead...

Sempre ouvi que o que escrevia era longo demais pra internet. Então serei sucinto.

Yirn Blackstone era um ogro burro e gente boa. Caiu num buraco e morreu... Fim.

Vou dar um tempo. Levar um blog com coisas pessoais e que interessem às pessoas é difícil. E agora essa coisa anda sozinha. Tem pessoas competentes postando elementos atuais. Férias provisoriamente permanentes pra mim. Yirn dá tchau.

25 fevereiro, 2009

Bivattchee - R.I.P.

Uma das melhores bandas de J-Rock que eu conheço vai chegar ao seu fim no próximo domingo, dia 1 de março.
No site deles já existe uma imagem comunicando os fãs sobre o show.

Vale a pena ouvir essa musica, foi onde descobri eles.
Faz parte da OST de Eureka Seven, e, se não me engano, é a 3a abertura:



http://www.bivattchee.com

16 fevereiro, 2009

Sexta-Feira 13, o recomeço...

Sem criar muito alarde sobre o faturamento do recomeço da franquia Sexta-Feira 13, peço que se atenham a um fato: Jason Voorhees é o assassino serial do cinema mais conhecido e carismático. Os entendidos de cinema de horror execram a franquia, pois dizem tratar-se apenas de um festival de mortes sem sentido com um único personagem que morre e ressucita apenas para continuar a matança em outro episódio... Mas... Peraí!! É exatamente isso!!! Diversão garantida para fãs de gore e splatter, sem muita historinha, muitos peitos de fora e criatividade (no quesito morte) para dar e vender. A franquia antiga já perdeu o "glamour" depois do terceiro filme... Todo mundo já sabia quem era o assassino e forçar a barra com aquele clima de susto típico já era besteira. Enfiaram ainda o Tommy Jarvis, num roteiro pífio, onde outra pessoa se fazia passar por Jason... Resumindo, terrível... Aí veio a parte VI, Jason Vive... Só o início do filme, com aquela cena dos filmes de 007, onde ele é acompanhado por uma mira e atira (no caso do Jason, este arremessa um machete), é impagável... A história da ressurreição, maravilhosa, completamente sem nexo. A partir daí pegou-se o espírito da coisa: filmes com Jason são filmes cheios de gente morrendo e gritando... E só.
Sou fã de filmes de terror. Sei apreciar um bom filme italiano ou alguma pérola da Hammer ou da Universal. Mas, existem filmes e filmes... Comparar Suspiria com Sexta-Feira 13 é o mesmo que comparar A Vida de Brian com Debi & Lóide. Ambos são comédias engraçadas, mas têm públicos distintos. Assim é a vida e cinema é entretenimento e dinheiro acima de tudo. O cinema nacional está descobrindo isso só agora, infelizmente...
Enfim, o post é pra falar do Jason, o assassino serial mais carismático e conhecido (sei que já falei isso) do cinema. Ele sozinho sustenta muito bem um filme. Podem falar de Michael Myers, Leatherface (gosto dos "Massacre), Pinhead (também gosto), Freddy Krueger ou de qualquer outro... Jason Voorhees é o maioral e não se fala mais nisso.

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Colé, vai encarar... Quer dizer: GRRRRRR...

Ó o carnaval...

Aí vem o carnaval... Mais um pra limpeza genética. Quando os seres humanos tornam-se "selvagens" e saem às ruas em prol de diversão barata e violenta. O saldo de mortos é impressionante, sejam em homicídios, nas estradas ou em qualquer outra ocasião. A lei do "mais forte" impera, levando muitos a óbito. Bom? Ruím? Sinceramente, não sei... Sei que muita gente inocente vem a falecer devido a imprudência e impunidade imperantes nessa época do ano. É triste, afinal, deveria ser época de alegria... HAHAHAHAHAHA... Não pra mim... Só por causa do feriado mesmo, porque de resto... Um festival de música clássica seria muito mais eficiente, divertido e cultural. Ou um show de metal, mas aí é coisa do PouB... No mais, cuidem-se. Aqui nós vamos nos embebedar, fazer um som e jogar alguma coisa, sem ziriguidum, telecoteco e balacobaco...

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15 fevereiro, 2009

Eu odeio carnaval

Mas meu ódio tem fundamento, deixa eu explicar.

O carnaval, pelo menos aqui pela nossa terra, é o "start" para um estado de despiroquice aguda de toda a civilização brasileira, que chamo carinhosamente de patuléia.
A patuléia, lááá pelo começo de janeiro, quando começa a pipocar as vinhetas da Globo sobre o Carnaval 20XX (piadinha nerd, quem entender ganha +1 em carisma), começa a despirocar aos poucos. Sabe que, logo logo, aquele ser cor-de-rosa ou qualquer-outra-cor-ou-combinação-de-cor-esquizofrênica que adormece dentro dele vai poder sair descendo o rodo em todos que passarem pela sua frente.

Carnaval no Brasil seria, basicamente, um Burnout/Flatout humano, só que em vez de batidas, o que vale é espalhar a saliva/sêmen na maior quantidade de pessoas do sexo oposto (ou não, liberdade para as crianças) existente no maldito recinto que esse ser igualmente maldito se encontra no momento da despirocada que é praticamente um d20 causando dano duplo em todos.

Veja bem, sou defensor feroz dos direitos sexuais e cada um aproveita como quiser o orgão que lhe foi concedido. Mas aquela merda de nego andando pelado na rua, gritando, suando, se esfregando, como se fosse completamente normal, me irrita profundamente. Só uma coisa me irrita mais que isso: ligar a TV e ver isso. Por isso eu evito ao máximo ligar a TV nessa data. Porque, sabe como é, vai que eu ligo e ela está ali, estática, em algum canal mostrando aquela magnifica bunda mole rebolando loucamente? Lembra aquele caso das crianças que tiveram ataque epilético no Japão por causa de Pokemon? Então, a mesma coisa, só que menos japonesa.

Agora, você deve estar pensado em como esse ser sobrevive ao carnaval.
Bem, atualmente, anda cada vez mais difícil sobreviver a ele. Cada ano é um desafio, me programado como evitar esses festivais de dispiroquice.
As vezes, tenho que admitir, não existe como fugir da bunda mole gigante, que vem em sua direção tal qual uma locomotiva fora de controle. Nesses casos, eu conto com uma habilidade importantíssima que tive a oportunidade de receber nessa vida: a de ignorar.

Sim meus amigos, sou um fraco. Ignoro todo o caos que me cerca para viver no meu mundo imaginário onde as pessoas, mesmo nessa data, conseguem manter um pouco da racionalidade do convívio social.
Mas, pelo menos, não me misturo com essa gente.

Tenha fé, um dia tudo isso acaba... ou não.

13 fevereiro, 2009

Não leia...

Valor. Antigamente, entre os silvícolas, que chamamos de índios ou indígenas, mediam o valor pelo caráter e pelas ações do homem. Cada um tinha seu papel na comunidade. Os guerreiros eram valorosos por executar bem suas atribuições, assim como os pescadores, as rendeiras, cozinheiras e afins. Os idosos eram valorosos, tanto pelo antigo modo de vida quanto pela experiência. Eis que chegam os “civilizados”, com seus “valores” deturpados. Onde um pequeno objeto brilhante e dourado valia a vida de homens e mulheres inocentes. Pois bem, é assim que vivemos até hoje. Valores íntimos, qualidades inerentes ao ser humano, são considerados muitas vezes defeitos, sendo ridicularizados e rebaixados ao grau de inocência, ou muitas vezes, incompetência. E o “valor”, que não mudou, apenas se transferiu para outros pequenos objetos de metal e papel graduam o ser humano. Tenha, não seja. Ostente, não divida. “Eu”, não “nós”. Chegamos a esse nível de mediocridade. Seu caráter é medido pelo que tu possuis e não pelas tuas ações. Almeje ter como Donald Trump, ou qualquer outro quaquilhionário, não almeje ser como Nelson Mandela, ou outro qualquer imbecil que lutou pelos direitos da humanidade. Enfim... Tenha dinheiro ou agarre-se a tua infinita insignificância. Ou ainda, pratique crimes... Alguns dizem ser um meio eficiente de ter.

Ps.: palavras vagas de um insignificante e medíocre ser humano, destruidor da atmosfera e consumidor ávido de bens desnecessários.

Ps2.: eu tenho um, ganhei de aniversário (desnecessário?)

Ps3.: esse está muito caro...

Ps4.: eu disse que era pra não ler...

08 fevereiro, 2009

03 fevereiro, 2009

Apenas uma conversa...

O que faz de mim humano é minha capacidade de abstrair meu instinto em um momento social como este. Meu ímpeto assassino de estraçalhar o filho da puta, chutá-lo, esmagá-lo e atirá-lo deste décimo terceiro andar, necessita de um doloroso auto-controle para ser refreado. Mas não cometerei o mesmo erro novamente, não senhor. Isto já foi além dos limites.

O meu ponto é, o que faz de mim um ser tão brutalmente preenchido pelo ódio? Mantenho minhas faculdades mentais o suficiente para saber que estou ficando louco. Não é a sede de sangue ou outro destes motivos clichês - é a vontade de destruir fisicamente algo que representa a destruição que me foi feita. Alma em pedaços também já é clichê demais... Eu diria apenas que perdi minha consideração pela vida destes homens e mulheres à minha volta. Perdi o meu espírito católico de viver e deixar viver. Católico? Hm, deixe para lá. Enfim...


Minhas mãos tremem. O que me faz voltar ao meu questionamento - que força sobre-humana enche o coração e as vontades de um homem com o mais puro ódio? O reflexo desta decadência triste a que meu mundo chegou? Seu mundo pode ser diferente, mas isso provavelmente indica que você não vive onde eu vivo. Não teve o que eu tive. Não passou o que passei. Ainda assim, me pergunto - você também estaria assim? Controlando o tremor de suas mãos, segurando um copo de champanhe, observando avidamente a um homem sujo, como uma águia que observa ao longe a presa sem qualquer piedade? É realmente inevitável ficar assim após o que passei? Ou esta é, na verdade, uma escolha minha, e mascaro para mim mesmo como inevitável e incontrolável pelo medo de assumir que sempre fui um assassino?

Psicologias demais, não é mesmo? Hora da ação. Talvez eu veja você por aí, outra hora. Você certamente me verá.

02 fevereiro, 2009

Sobre as histórias...

Quanto às histórias dos KFH, talvez alguém já tenha visto alguns dos termos usados em outros lugares. Não é questão de plágio, ou falta de imaginação. Foram anos de RPG, com essa formação e, por saudosismo, uso os mesmos termos. Deuses do antigo RPG nacional Tagmar, nomes presentes dos livros jogos do Steve Jackson e Ian Livingstone e cidades com nomes de jogos famosos mundialmente. É isso aí, qualquer coisa, me processem.

01 fevereiro, 2009

A Busca - 4ª parte

Rever teus amigos após tantos anos, mesmo Reginald, que prefere ser chamado de Reggie, era uma experiência quase temporal. Mesmo Reggie, porque, apesar de residirem ambos em Tetris, pouco se encontravam - tinham vidas muito diferentes. Após as Guerras Triônicas, onde Moisés auxiliou a guarda em diversas batalhas, eles não haviam se visto, nem para uma conversa informal.
Reggie, em termos de vida cotidiana, era a antítese de Moisés. Formalmente pouco regrado e dado a espalhafatos desnecessários, Moisés entendia que Reggie havia chegado em sua atual posição apenas por um grande motivo, sua enorme força de vontade. Sua história começara em uma vila sem nome, a leste da floresta conhecida por Blackwood. Por alguma desventura do destino, este se perdera e fora levado para uma escola de infantaria, onde, mais tarde, deveria tornar-se componente da Guarda de Tetris. Reggie não se adequava aos preceitos militares. Sua fanfarronice exacerbada se desenvolvera bastante naquele ambiente, e mudara um menino tímido para um guerreiro competente, porém indisciplinado. Dias na prisão e como sentinela o deixaram apenas mais furioso e inconseqüente e, na primeira oportunidade, fugiu do aquartelamento. Tetris era seu objetivo e dinheiro tua futura recompensa. Chegando a cidade, depois de escapar de pretensos algozes militares, vagou por um tempo, até chegar ao estádio dos Manticores, time de rúgbi da cidade. Entrou, gostou do que viu, solicitou um teste e foi aprovado. Mesmo no quartel, ficara conhecido pela perda de calma e encontrões desnecessários. Isso se adequava perfeitamente a aquele jogo selvagem e violento e assim Reggie se tornara o melhor jogador da equipe em pouco tempo. Lá conheceu Yirn Blackstone e ambos se tornaram grandes amigos. Aliás, Moisés nunca entendeu direito tal relação. Eram muito diferentes. Yirn era gentil e ouvinte, enquanto Reggie era verbalmente espalhafatoso e pouco cordial. Mas, como opostos, as personalidades deviam se completar de alguma forma. A amizade era tamanha que, após as Guerras Triônicas, Reggie, após reorganizar a milícia tetriense, partiu numa busca solitária por seu amigo, sumido a algum tempo, sem sucesso aparente. Retornando logo após, como chefe da guarda que abandonara anos antes, grande ironia.
O tempo fora generoso com Reggie. Provavelmente pelo motivo previamente mencionado, este se mantinha em forma. Há algum tempo deixara de ser capitão da guarda, para se dedicar ao treinamento da equipe de rúgbi, agora conhecida por Kobolds From Hell, nome pouco promissor, pelo qual Reggie chamava nosso antigo grupo. Mesmo no auge de seus 54 anos de idade, treinava com a equipe, ainda com belas jogadas e violência exagerada. Seus cabelos ainda curtos não mudaram, pois desde jovem estes possuíam uma estranha coloração acinzentada. A barba era o diferencial, afinal, anteriormente sempre se mantivera barbeado. Talvez uma cicatriz conseguida na guerra, quando enfrentou Balthus Bone num confronto homem a homem, tenha feito com que mudasse seu visual. Usava uma armadura de placas semi completa, pois dizia que atrapalhava seus movimentos. Uma loriga de couro completava sua vestimenta de batalha. Nada o identificava como Capitão de Honra da Guarda de Tetris e, como símbolo, usava apenas uma faixa presa ao braço com as iniciais KFH. Uma capa escondia o que para muitos poderia ser algo repulsivo ou, no mínimo, estranho. Uma pequena corcunda negra, que não sabíamos exatamente do que se tratava, mas que Reggie dizia ser uma criatura viva que se comunicava com ele e que possuía um enorme par de asas quirópteras, com quase 4 metros de envergadura que se atrofiavam e quase se escamoteavam em seu pequeno corpo. Ele o chamava de pterodraco e, aparentemente, ambos se adequaram ao convívio. Isso o tornava o único humano, pelo menos único conhecido de Moisés, que podia voar sem ajuda de magia. Quando as asas se abriam, Reggie parecia um híbrido, homem-dragão. Manejava armas brancas como ninguém, sendo superado, talvez, apenas por Baltek Skylander. Seu velho machado de batalha e escudo médio completavam a indumentária.
Apesar de pequenas desavenças, Reggie era o guerreiro que Moisés gostaria que estivesse ao seu lado numa peleja. Nunca fugia de uma boa briga e quando era necessário, defendia amigos com unhas e dentes, mas sempre sem perder a chance de uma piada, geralmente de mal gosto.

26 janeiro, 2009

A Busca - 3ª parte

Enquanto ouvia o pretenso guia de sua jornada, Moisés perdeu-se em seus pensamentos, lembrando do que todos passaram para chegar até aquele momento e de como um grupo tão seleto, composto de seres com personalidades tão diferenciadas, pode caminhar unido e coeso, até sua dissolução natural, não por cansaço, mas por conseqüência de seus atos. Suas pretensões nunca ultrapassaram os limites de seu pequeno templo, em sua terra natal. Participar de incursões fantásticas, como acontecera, era algo tão distante quanto o afastamento do sacerdócio e alcançar o patamar ao qual está também. Ele imaginava um futuro mundano, até perceber a oportunidade de levar a palavra de Selimon mundo afora. Apesar das diferentes crenças presentes entre seus amigos, o respeito mútuo sempre fez parte da união. Esse respeito ensinou-lhe que, independente da religião, os seres continuam sendo seres e Selimon protege a todos. Talvez essa tenha sido sua maior escola, transformando-o no sacerdote-mor de sua ordem e fazendo com que Selimon o presenteasse com suas maiores dádivas, o dom da cura e seu símbolo sagrado, Veriante. Não uma arma, mas um objeto que seria usado tanto para defender seu templo, quanto para construir moradias ou libertar inocentes.
Pensou em sua idade e em si mesmo, refletindo. Moisés, no início da jornada do grupo, era o mais experiente, já tendo 28 anos de idade e 15 de celibato. Agora, com 62 anos, ainda mantinha-se em forma e aparentava ser mais jovem, apesar da longa barba branca. Os cabelos, ainda curtos, como de costume, permaneciam completamente castanhos. Seus olhos, quase negros, carregavam o peso dos anos, não pelas rugas, mas pelo olhar. Seu semblante era sempre sereno, transmitindo tranqüilidade a quem tivesse contato com ele. Dizia-se que Selimon protegia os seus com vida longeva e Moisés parecia ser a prova de tal afirmação.
Sua armadura metálica, adornada por símbolos sagrados de sua religião, o deixava mais imponente frente a outros humanos. O elmo em especial possuía o principal símbolo de Selimon em sua fronte, a forquilha. Três extremos unidos no centro. Os três cantos do mundo unidos num só pensamento de bondade. Um manto sacerdotal branco cobria-lhe praticamente todo o corpo tendo a forquilha bordada cuidadosamente em toda sua extensão. A religião selimônica era universal e por onde passava, adeptos o reconheciam e reverenciavam. Veriante o acompanhava onde quer que fosse e, como dito anteriormente, nos últimos anos era usada apenas como objeto sagrado, mas naquela jornada deveria ser usada em sua defesa.
Em diversas ocasiões, Moisés acreditou ter passado dos limites, com relação à violência. Seus preceitos religiosos e íntimos o levavam a evitar confrontos de qualquer espécie, porém Moisés sempre fora honrado e valoroso como amigo e em defesa dos fracos. A religião selimônica prega a paz e o amor entre os seres, mas também prega que aqueles que não os querem não podem praticar o mal. Caso o façam, a ordem tem entre seus sacerdotes, mestres nas artes da guerra, ainda que essa palavra seja abnegada pelos seus sacerdotes. Sendo Moisés líder dessa ordem de Guerreiros da Luz, como se auto proclamam, em diversas ocasiões ele defendeu os mais necessitados, seus amigos e sua terra.
Algumas características inerentes de seres pensantes ainda o acompanhavam. Não pensava muito no progresso. Tecnologia, uma palavra recém inventada, o deixava desconcertado, principalmente porque os avanços, na maioria das vezes, se davam no decorrer de algum conflito, sendo essa a desculpa, na sua opinião, para o desenvolvimento da civilização. Procurava manter-se sempre afastado. Um exemplo era o uso do fogo. Por diversas vezes presenciara seu amigo Simon criar labaredas do nada, que saíam de suas mãos e acendiam fogueiras ou afastavam inimigos, mas, misturar pós encontrados na natureza e fazer fogo? A natureza era a coisa mais espetacular criada por Selimon. Usá-la para tal fim era amedrontador...
Sua rusga a respeito do mal uso de magia não sacerdotal também se mantinha. Ele acreditava que tal dádiva deveria ser usada com responsabilidade e parcimônia. A total ira contra mortos vivos e outras criaturas relacionadas ao reino dos não viventes era sua maior fraqueza. Ódio era um sentimento que ele suprimia, porém esse aspecto de sua personalidade o acompanhou desde a mais tenra infância. Talvez pelo fato de sua terra natal ter sido vítima de uma praga zumbi, aproximando-o de sua atual religião, ou pela constatação posterior que o que estava morto deveria ficar morto, pois, caso houvesse reanimação, este ser se tornaria mal e, como tal, avesso a seu deus. Ele não sabia ao certo, apenas odiava tais seres e todas as coisas relacionadas a eles. Apenas um foi tolerado e outrora esta pessoa foi conhecida pelo nome de Yirn Blackstone. Um antigo amigo. Fiel, generoso e honrado aos olhos de Moisés. Uma criatura inocente, levada aos campos da violência por preconceitos referentes a sua raça. O único que escutava seus sermões com atenção, mesmo parecendo entender pouco o que Moisés dizia. Ele sempre se recorda do acontecido... Numa incursão na dimensão chamada Plano Mental, Yirn fora tragado por garras malignas provenientes de um fosso negro. Ao voltarem ao plano terreno, seu corpo havia sumido e o grupo não mediu esforços até encontrar o amigo nas mãos de um necromante chamado Vrillian Groz. Este fazia um feitiço que suprimia a mente e a alma de Blackstone, inserindo uma alma demoníaca em seu lugar. Ele e seus companheiros conseguiram conter o mago, mas não a ponto de salvar seu amigo. Seqüelas da tentativa de possessão o acompanharam, transformando-o numa espécie de ghoul, um morto vivo consciente. Esse fato os afastou... Ao ponto do amigo abandonar o grupo. Nesse ínterim, Moisés refletiu muito sobre o assunto, orando para que Selimon o ajudasse a ser mais compreensivo. Tempos depois, Yirn Blackstone se reencontrou com o grupo, portando-se de forma mais adequada a seu estigma e fora bem recebido. Mais um aprendizado para Moisés. Sentia saudades de seu amigo. Reencontrá-lo e tentar salvá-lo era sua prioridade.

Cerva e ecologia, tudo a ver.



Não coma baleia, TOME CERVEJA!!!

Porque ser branco, é uma bosta.



HAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHA
Ps.: Não sou racista, aliás, sou branco... Atualmente meio malhado, sol só nos braços e na cara... HAHAHAHAHAHAHAHA

25 janeiro, 2009

Monty Python no Youtube!

"What's more, we're taking our most viewed clips and uploading brand new HQ versions. And what's even more, we're letting you see absolutely everything for free. So there!

But we want something in return.None of your driveling, mindless comments. Instead, we want you to click on the links, buy our movies & TV shows and soften our pain and disgust at being ripped off all these years."

Sim, a galera do Monty Phyton abriu um canal no Youtube e liberou muuuita coisa massa. Fiz uma visita rápida e vale a pena. Ler a descrição que eles colocaram no lado esquerdo também é bem interessante (acima é só um trecho).

Fonte da notícia: Jovem Nerd

... E sim, o mais incrível é que sou eu postando! Mas é puramente por solidariedade ao pobre Andy, que encontrou a notícia mas estava impossibilitado de postar... a epidemia de preguicite está se alastrando... ahahaha

19 janeiro, 2009

Bring it on, motherfucker!

80%

Created by OnePlusYou - Free Dating Sites



Isso sem zuar e sem nada.
Quando acontecer, não procurem abrigo em minha casa.

18 janeiro, 2009

Futuro banner? Quem sabe...

Photobucket

Esse pode ser o novo banner do blog. Cabe uma votação. Vocês, 13 leitores do blog, votem nos comentários. Vamos ver no que dá.

17 janeiro, 2009

14 janeiro, 2009

Coadjuvantes que superam as espectativas.

Já falei sobre o fato do Coringa ser o fator chave em Cavaleiro das Trevas. Isso é fato, e não se deve à morte do infeliz. Ele realmente passou por cima de todos e, parafraseando meu camarada Andy, "comeu o cu de todo mundo com uma cadeira". Mas esse post não tem nada a ver com filmes e sim com quadrinhos.
A algum tempo atrás a Marvel teve uma das idéias mais interessantes até então vista na obscura década de 1990, obscura sim, para os quadrinhos. Essa década mostrou tudo o que não devia ser feito em termos de roteiros e desenhos. Todos estavam no ápice do tônus muscular e todos eram extremamente coloridos... Os roteiros eram cheios de ação, com cúmulos como Wildcats sendo vendidos a rodo. Enfim, a idéia interessante a qual me referia se chama Universo 2099.
Transpor alguns de seus personagens mais famosos para outra época. Uma época controlada pelo corporativismo selvagem; onde a lei servia apenas a quem tinha condições financeiras (estamos longe disso?) foi uma jogada majestosa. E da forma como foi feita então...
Miguel O´Hara, o Homem Aranha 2099, carro chefe do universo, tem uma bela origem. Bem formada e sem ligação direta (parentesco) com sua contraparte atual, conseguiu, mesmo com uma personalidade completamente diferente, manter o nível do nome que carregava... Perdendo a mão tempos depois...
Na verdade, quero falar um pouco dos personagens considerados secundários nesse universo... Dois deles são formidáveis, na minha humilde opinião: Zero Cochrane, o Motoqueiro Fantasma e Jake Gallows, o Justiceiro. O primeiro, uma visão distorcida e tecnológica do Espírito da Vingança e o segundo, uma versão extrema de sua contraparte do universo normal.
Bom... Depois termino... Por hoje é só.

12 janeiro, 2009