23 dezembro, 2007

Fim de Ano...

Mais um ano vai pro espaço (tô tentando não falar palavrão)... Pilsen ou Bock fecha com 5000 visitas, eu sei que é pouco, mas não considero, afinal, aqui só tem coisa que eu ou que amigos meus criaram (tiranos umas 4 ou 5 postagens) e, pra que outros visitem, quer dizer que alguém gosta do que faço. Agradeço a todos os que o fazem e desejo um bom Natal e um Reveillon cheio de cerva, mulher e metal (pode ser homem pras gurias, mas se quiser mulher, sem problema). No mais, vou tentar inserir mais postagens em 2008. Valeu por tudo e... vamos à merda? (hohoho)

19 dezembro, 2007

Pra posteridade - Último passo

Como o ser humano costuma dramatizar a vida... O que foi acontecendo no decorrer do desenvolvimento da minha pequena “novela mexicana” foi isso. Transformei uma situação simples num épico televisivo. Engraçado como é que eu estou tão ligado, quase não dá pra segurar. Lembra que eu tinha parado de fumar? Esquece, nesse momento um Marlboro voa pra minha boca. Acendo o cigarro com o prazer de um orgasmo e me sento no parapeito do edifício recapitulando alguns momentos da minha vida... Ver, conhecer, interessar, ficar, namorar, enlouquecer, separar, enlouquecer, chorar, pensar, pensar, pensar, esquecer os pensamentos e agir. Boa recapitulação. Ih, o cigarro acabou... Ela acordou e me fita com um olhar apavorado. A mordaça não a deixa falar e nem preciso ouvir nada. Será que vaca voa?

Noticiário das 10: Moça de 20 anos se joga de edifício em pleno centro da cidade.

05 dezembro, 2007

Mea Culpa...

Tô demorando pra postar... Eu sei... Mas o fim de semestre tá me matando e só daqui a algum tempo pra produzir mais... Tá?

11 novembro, 2007

Que super-vilão você é?

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Achei que fosse o Doutor Destino...

21 outubro, 2007

O grito?

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Mais um de esferográfica...

Morto-vivo

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Sou fã de filmes de terror e o gênero morto-vivo é muito bom. Então taí outro da estirpe, sou eu de novo...

Tirinha do Billy Bull

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Metalinguagem manda...

Coringa - com esferográfica.

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Voltando a desenhar... Lembra o Coringa.

02 outubro, 2007

A História dos Kobolds from Hell - parte 2

Após o pagamento da conta de Baltek, os quatro recém conhecidos procuram pela missão de cura dessa cidade. As missões são formadas por sacerdotes que possuem o poder sagrado de curar ferimentos e enfermidades. Yirn e Reggie conheciam bem a cidade e já haviam sido medicados nessa missão. Enquanto caminhavam, Simon e Baltek debatiam sobre as importâncias de seus respectivos deuses na vida cotidiana de cada um, tentando se convencer mutuamente a mudar de religião; Blackstone prestava atenção em cada palavra, mesmo sem entender a maior parte delas e Reggie, com uma impaciência peculiar, tentava mudar o assunto, sem muito sucesso.

Cruzar as ruas de Tetris fazia com que as pessoas cumprimentassem Blackstone e Butcher, pois rúgbi era um esporte muito admirado na cidade.
Yirn deixava-se abraçar pelas mulheres e apertava a mão dos homens, dando maior atenção para as crianças. Apesar de extremamente alto, quase dois metros e meio, para a média humana e forte beirando a truculência, ele possuía feições mestiças, com sobrancelhas grossas e olhos finos e verdes, contrastando com sua pele cor de bronze. Uma tira de tecido prendia seus longos cabelos negros, como um tufo sobre a cabeça pois apesar de ter cabelos compridos a calvície já o atingira, desde infante.

Reggie retribuía a atenção do público com cumprimentos e galanteios. Humano de nascimento e criação, não era dos mais altos, porém sua tremenda robustez e agilidade o transformaram no melhor jogador de rúgbi da temporada. Caucasiano de olhos castanhos, suas feições se destacavam pelos cabelos curtos branco-cinzentos. Seu maior defeito poderia ser dito pela sua impaciência, aliás, a maior reclamação do técnico da equipe.

Baltek, ainda em sua discussão com Simon, aparentava mais longevidade que Yirn. Também era ogro e, por isso, suas proporções corporais eram descomunais. Seus longos cabelos negros, feições caucasianas e pele mais clara o deixavam quase humano, embora seus dois metros e trinta não o deixavam negar sua natureza. Trazia sempre no pescoço o amuleto de Telak, deus allansiano da coragem e do valor na batalha, do qual era devoto. Sua personalidade mau-humorada e violenta fazia com que ficasse mais próximos de seus outros companheiros de raça que de Blackstone.

Como qualquer outro elfo, era impossível determinar a idade de Simon. Com um rosto austero, aparentava, caso fosse humano, ter algo perto dos trinta anos, mas como a longevidade é uma característica élfica, poderia ter até cem anos. Longos cabelos negros caíam-lhe sobre os ombros, mostrando parte de suas orelhas pontudas, outra característica da raça. Para os padrões humanos ele era muito bonito e, se não se mostrasse sempre sério, poderia parecer andrógino. Dos quatro era o mais baixo e carregava sempre consigo seu bastão. Ingram, um poderoso mago de Elfren, lar dos elfos, fora seu professor, sendo Van Helmont um aluno dedicado e paciente.

Após alguns minutos de caminhada e muitos cumprimentos por parte dos moradores, eles conseguiram avistar a missão de cura. Na verdade, a tal missão era um templo, construído em adoração ao deus Selimon, senhor da paz e do amor. Seus sacerdotes, homens valentes de coração puro, são conhecidos por todo o mundo como detentores da cura sagrada, pelos que nela crêem. Assim que se aproximaram, puderam ouvir o som de uma vassoura sendo passada pelo assoalho do templo, que sempre encontrava-se aberto à população:

- Olá! – gritou Reggie, a fim de chamar a atenção do sacerdote que limpava o chão.

Vendo aquele grupo bem diferente em fronte à porta do templo, o sacerdote aproximou-se e com a educação comum aos adeptos de Selimom e disse:

- Boa noite, caros senhores – curvou-se – eu sou Moisés, sacerdote de Selimon, deus da paz e do amor. Em que posso ajudá-los?

Depois das apresentações, Moisés pôde ver o ferimento de Baltek e com alguns gestos sagrados de seu deus, curou-o e lhes ofereceu vinho fabricado por eles próprios. Enquanto conversavam sobre a briga ocorrida no bar, Simon afastou-se um pouco e retirou de sua bolsa uma gema. Fechou os olhos e se concentrou. Essa gema foi-lhe dada por Ingram pouco antes deste partir de Elfren em auto-exílio. De acordo com seu antigo mestre, ela o auxiliaria em sua busca pelo objeto que salvaria o mundo da catástrofe prevista pelos anciões elfos. Simon não sabia ao certo como ela o ajudaria, mas sua confiança em Ingram estava além do questionamento e, como último conselho, o mestre disse que esta gema mostraria seus companheiros de jornada.

Enquanto isso, todos já haviam se voltado para ele e, como não entendiam o que Simon fazia de olhos fechados e com a gema nas mãos, começaram a especular:

- Qui ele tá fazendo? – perguntou Yirn.

- Provavelmente é feitiçaria... Não gosto de feiticeiros... – Baltek, resmungando.

- Se fosse algo maléfico, Selimon já teria me avisado. – o bondoso Moisés.

- Essa gema deve valer muitas moedas. – Reggie.

Neste momento, Simon sai de seu suposto transe:

- Acalmem-se, meus caros. Não é nenhum tipo de feitiçaria do mal ou algo parecido. Esta gema foi-me dada pelo meu mestre, Ingram, Supremor de Elfren. Os anciões de meu antigo refúgio previram que um grande mal assolará o mundo. Somente um grupo seleto de pessoas poderá impedir que isso aconteça e eu fui incumbido de encontrar essas pessoas. Com esta jóia eu posso saber quem são. Não sei qual é o critério para isso, sei apenas que não demoraria muito para encontrar-lhes. E, pelas informações que acabei de receber, falta apenas um...

- Espere um pouco... “Falta apenas um”? Que história é essa? Quem são os outros?

- São vocês. Como havia dito, não sei qual é o critério, apenas sei quem são e... os senhores são os escolhidos.

- Mas eu já tenho time e não quero...

- Fecha a bocarra, Yirn! Ninguém me perguntou se eu queria salvar o mundo?

- Nem pra mim e Baltek não faz nada de graça....

- Por favor, meus caros. Vamos escutar o senhor Simon!

- Muito obrigado, Moisés. Sei que o que lhes digo parece absurdo, mas têm que acreditar. O tempo é escasso e o perigo iminente. Sei que sois valorosos guerreiros, apesar de crerdes em outras divindades. O grande objetivo desta missão é encontrar um artefato muito antigo, mais antigo que o ancião elfo mais velho. Diz a lenda que seu nome é Atr’igarsh e que foi confeccionado por um panteão de deuses para que pudesse reger o mundo. Fazem parte dele O Bem e O Mal em suas diversas formas. Ninguém sabe muito a respeito, apenas que tem o formato cúbico e é mais conhecido pela nomenclatura de Cubo Deviano.

Moisés, neste momento, parece sofrer de um mal repentino e cai sobre uma cadeira. Pálido e com a pele fria ele tenta se recompor com a ajuda de Reggie e Yirn:

- O que aconteceu, Moisés? Bebeu muito?

- Não, Reginald... Apenas uma súbita diminuição de pressão sanguínea. Essas coisas ditas por Simon... Eu estava tendo alguns sonhos estranhos, achei que fossem tentativas de Selimom de me dizer que eu pecava demais, então iniciei um jejum auto-preservativo até que essas visões fossem embora... Porém, elas pioraram e ficavam cada vez mais aparentes... Sofrimento e destruição, pessoas escravizadas, florestas em chamas e uma voz dizendo que eu poderia ter feito algo... Simon, você é um enviado de Selimom...

- Sou um enviado de Palier!

- Sim, sois um enviado dos deuses do bem. Eu creio no que dizes e te acompanharei em sua jornada.

- Yirn acha que deve ir também... Mas não sabe porque...

- Hmmm... Não tenho nada melhor pra fazer e Telak fala com Baltek em sonhos. Baltek ajuda, pela honra de Telak?

Um silêncio estranho toma o templo de Selimom. Como se algo faltasse. Uma sombrancelha élfica é levantada e seis olhos se dirigem para Reggie:

- Que foi? Por que vocês estão me olhando assim?

- Falta tu, infante... – responde Simon.

- Eu o que? Me juntar a um bando de desconhecidos (menos você Yirn, antes que diga algo estúpido) pra procurar um dado qualquer feito por uns Deuses metidos à besta que queriam dominar o mundo? Quando partiremos?

- Partiremos ao amanhecer! – disse Baltek, mal sabendo que essa frase seria proferida por vários anos.

Pra Posteridade – 2º passo

Muitas vezes o encosto de uma cadeira pode ser pior que uma parede de espinhos. Pois, sendo a caneta, muitas vezes, um algoz mais doloroso que a espada afiada, a angústia aumenta a cada segundo pensado. O que escrever? Deixar alguma mensagem pra um ser amado (acho que não, por isso estou nessa situação)? Pedir desculpas por erros cometidos? Mandar um beijo pro meu pai, pra minha mãe e pra você (coisa estúpida)? Tantas coisas passam pela cabeça... Coloco um Black Sabbath pra tocar, Into the Void, me ajuda a pensar. As pessoas ficam mais idiotas com o tempo. Poucos pensam em liberdade, levando sua vida como gado divino, pastando no mar de lama até o dia do abate. Ah, sim, finalmente comecei a pensar. O uivo do vento chegou aos meus ouvidos, aumentando ainda mais minha gana por escrever e escrever. Sempre fui razoável no quesito escrita; polido e criativo com as palavras. Deixo quatro páginas inteiras... Será que alguém vai encontrar? Puxo minha carteira de cigarros... Ironicamente, tem apenas um, semi-fumado; resolvo parar de fumar. Foi dado o segundo passo. Continuo com sorte, acho.

22 agosto, 2007

Zero - prisão e glória

Tan tan tan tan tan tantantantan (musiquinha de plantão de notícias na TV), corta para o âncora do principal jornal:

- Notícia urgente! Acabamos de ser informados que o assassino serial conhecido como Zero acaba de ser preso após ser perseguido pela polícia nos arredores da Praça Central após fazer mais uma vítima, o pastor e líder da congregação Grande Senhor Divino. Temos imagens exclusivas do momento da prisão...

Corta ao vivo para a repórter do programa de fofocas, que cobria o evento onde se encontrava o pastor:

- É com exclusividade que mostramos a imagem da captura do assassino Zero, que mesmo encurralado, derrubou 3 policiais e só foi contido com a ajuda de taseres. Vejam só, ele ainda está mascarado! Pelo que parece, ele tem por volta de 2 metros de altura, é alterofilista e luta muito bem! Ele vem se aproximando... Creio que a polícia quer desmascará-lo em frente às câmeras!!! Isso é maravilhoso!!!

Ao se aproximar das câmeras, o chefe de polícia (que também participava do evento) chega ao microfone:

- É com muito orgulho que a chefatura de polícia mostra a cara deste meliante!

E retira sua máscara... Por baixo dela um rapaz aparentando 20 anos, negro e com feições bem comuns. No canto da boca um esboço de sorriso sarcástico, num deboche absurdo para alguém normal:

- Vejam, telespectadores! Mesmo tendo sido capturado ele ainda sorri. Alguma coisa a declarar, sr. Zero?

- Acham mesmo que acabou? Você é uma das próximas, Penélope... – e com enorme rapidez, desfere uma cabeçada no nariz da repórter, quebrando-o e criando uma cachoeira de sangue. Os policiais que o seguravam, saltam sobre ele, desferindo socos e mais socos

Corta para o âncora, com a mão na boca, apavorado:

- E-e essa foi a exclusiva da prisão de Zero, um assassino serial que vinha apavorando nosso país. Voltamos a nossa programação normal.

09 agosto, 2007

A História dos Kobolds from Hell - parte 1

Tendo vencido as planícies de Gamrika e chegando ao sopé da montanha Morgul, Simon Van Helmont parara com sua montaria para um descanso. A viagem havia sido longa, as provisões estavam no fim e ele se sentia feliz por estar próximo a Tetris, seu objetivo. Um mago não é feito para este tipo de viagem, mas sua missão era muito importante para pensar nisso. Tetris era uma das grandes cidades existentes e seria simples conseguir um grupo de pessoas honradas e valorosas para cumprir tal objetivo. Sassafrás bebia água de um córrego enquanto seu dono observava a estrada. Poucas caravanas seguiam para aqueles lados, pois, apesar de mais curto, o caminho era perigoso pelo fato de Morgul ser íngreme. Apenas grupos pequenos ou andarilhos solitários se aventuravam por ali. Visto que Sassafrás já saciara sua sede, era hora de continuar.
Após uma hora de cavalgada lenta, Simon avistava as muralhas de Tetris. A fortificação era enorme devido aos constantes ataques Orcs em anos passados. Sentinelas mantinham sempre vigília em guaritas altas e armadas com pequenas balistas. Tendo se aproximado o bastante para chamar a atenção de uma sentinela, Simon desmontou e aguardou o aviso:
- Quem se aproxima?
- Simon Van Helmont, devoto de Palier. Vindo de Elfren, lar élfico ao norte.
A rotina dos sentinelas diziam que todos tinham que se apresentar ao chegar aos portões, enquanto a área ao redor era checada por outros guardas. Após alguns instantes, as maciças portas de madeira e ferro se moviam, permitindo sua passagem. A cidade era fascinante, a mistura de povos e raças era sem igual. Todos viviam relativamente em paz, afinal, como toda cidade grande, existem ricos e pobres, o que ocasiona pontos de revolta em parte da população. Simon já havia estado lá antes, travando comércio com artesãos humanos. Sentia-se cansado e tinha de arrumar um estábulo para Sassafrás. Buscando pela informação, foi levado a um próximo do estádio municipal. O esporte mais praticado da região era o Rúgbi e o dono do estábulo o informou que as finais seriam nesta noite.
Sem ter o que fazer naquela noite, era uma boa opção. Não sabia muito do esporte, mas como este agrada boa parte da população, resolveu assistir o jogo, após se hospedar numa estalagem próxima.
A noite chegou e as pessoas se aglomeravam em frente ao estádio, esperando encontrar um bom lugar. Simon esperou até que a entrada ficasse mais desocupada e adentrou o lugar. Era espantoso como os humanos usavam o cérebro para tal fim – pensou. Milhares de criaturas se amontoavam para assistir a um bando de outras criaturas correr atrás de uma bola. Assim eram os seres humanos, a pureza de coração e o ódio mortal eram suas principais características. Fascinantes e dignos de medo, sua contradição os fazia sobreviver neste mundo cruel. Diferente dos anões, insuportáveis habitantes das cavernas, grandes armeiros, mas odiosas personalidades. Deixando de divagar, Simon sentou-se onde poderia avistar todo o campo e esperou pelo início. Os Kraken Megalonianos tentavam uma vitória sobre a quase imbatível equipe dos Manticores Tetrienses. Rixa antiga que os atuais jogadores mantinham com tanta avidez quanto antes. Duas cidades que disputam tanto econômica quanto politicamente o controle do Estado, sendo que isso se transferia para os jogos de rúgbi.
Os Kraken vinham com um bom time, estável e vencedor. Seus jogadores eram brutamontes com uma média de dois metros de altura e força descomunal. Porém, os Manticores tinham um trunfo, como havia dito o estalajadeiro, um poderoso Ogro, uma criatura forte como um elefante anquiliano e com peso proporcional. Como os tetrienses conseguiram convencer um ogro a participar de tal atividade em grupo, ninguém sabia, pois comumente os ogros viviam em tribos e os que viviam nas cidades eram mercenários e pouco amigáveis.
Neste instante os times invadem o campo, cada qual com seu estandarte. Quando o jogador ogro de Tetris invadiu o gramado, Simon sabia que este seria um dos escolhidos. Realmente era uma criatura enorme, facilmente avistável no jogo. Monstruoso, corpulento e sorrindo? Isso sim era uma novidade. Era um dos mais sorridentes ao entrar em campo e a multidão correspondia a essa simpatia. Aclamado pela torcida, todos gritavam o que deveria ser seu nome: Blackstone.
Após o anúncio das equipes o jogo teve início. A violência imperava e os megalonianos sentiam a diferença do jogador de outra raça. Cinco ou seis jogadores eram necessários para segurar o monstro que nunca desistia. Suas comemorações eram dirigidas sempre ao mesmo jogador, com qual parecia ter certa afinidade. Jogadas ensaiadas, arremessos precisos e recepções perfeitas eram comuns entre os dois. Simon observava com atenção, pois deveria contactá-los logo após o jogo. A torcida berrava quando os Manticores venciam o campo e invadiam, se aproximando cada vez mais do gol adversário.
O fim estava próximo e os tetrienses venciam por 10 pontos de diferença. Os Kraken estavam nervosos e cometiam faltas seqüenciais. Quando, com extrema violência, um megaloniano acerta um chute, não permitido nesse jogo, num manticore, pouco abaixo do peito, na direção do estômago. O público veio abaixo e as vaias começaram. O jogador se contorcia de dor quando, como que em defesa de seu companheiro de equipe, um jogador se lançou sobre o faltoso, derrubando-o e distribuindo socos no seu rosto. Era o início da confusão. Os reservas invadiram o gramado e, para surpresa de Simon, o ogro estava apartando a luta. Enquanto todos tentavam se acertar, Blackstone empurrava companheiros e adversários, tentando separá-los. Quinze minutos e muitas expulsões depois a partida pôde ser reiniciada e correu bem até o final com a vitória de Tetris.
Simon se procurou se informar onde os atletas comemoravam a vitória e tomou a direção de tal lugar a fim de aguardá-los. Os jogadores eram carregados e ovacionados pelo povo sendo impossível falar com eles nesse momento.
O mago procurou uma mesa desocupada e saboreava um vinho da cidade quando a equipe chegou, próximo do anoitecer. Enquanto entravam eram brindados pelos clientes e litros de cerveja foram oferecidos. Começaram a se fartar das iguarias, contando os feitos e brindando a cada 15 minutos. Após um certo tempo e com a estalagem mais vazia um fato inesperado aconteceu, componentes do time megaloniano, revoltados com a derrota, invadiram o lugar e iniciaram uma discussão com o pequeno grupo de tetrienses que ainda se encontrava ali. A discussão tomou uma proporção tamanha que um caneco de cerveja foi arremessado acertando um sujeito corpulento, mal encarado e com longos cabelos negros que estava quieto e isolado num canto da taverna. Encharcado de bebida e com um filete de sangue escorrendo pela testa ele levantou-se e, sem dizer uma palavra, segurou a cabeça de seu algoz, um megaloniano, e violentamente, afundou seu crânio no balcão. Os ânimos que não estavam bons, pioraram, iniciando uma briga sem precedentes. Cadeiras voavam, pessoas eram jogadas pelo balcão, enquanto de relance Simon notou que os outros jogadores megalonianos entravam pela porta. Sem titubear, concentrou-se por uns segundos e uma barreira de chamas se ergueu em frente ao portal evitando a entrada de mais inimigos. Sacando de seu bastão, concentrou-se novamente e no outro segundo este se encantava, ficando mais eficaz num combate direto. Entrou na luta, usando de suas técnicas de combate milenares. Blackstone e seu amigo derrubavam oponentes com poderosos e eficazes golpes e o monstro de cabelos compridos parecia se deliciar com a batalha, a cada inimigo derrubado um urro de felicidade era pronunciado, nem o ferimento em sua cabeça o fazia parar. Tetrienses e megalonianos caíam enquanto os quatro se mantinham de pé. Minutos depois a milícia invadia o bar encontrando apenas os quatro e o taverneiro ainda conscientes:
- Blackstone! Butcher! O que aconteceu aqui??? – perguntou o guarda.
- Estávamos apenas bebendo e estes imbecis krakens procuraram briga. – respondeu Reggie Butcher.
- E quem são estes dois?
- Eu me chamo Simon Van Helmont, de Elfren e permiti-me a defesa própria, sendo que seria massacrado se tal não fosse feito.
- Eu sou Baltek... Tava bebendo e esses idiotas quebraram um copo na minha cabeça!
- Ele diz a verdade, guarda. – disse Yirn – Só se defendeu...
- Muito bem, vou levar esses megalonianos arruaceiros presos e providenciarei para que os outros sejam levados para a missão de cura.
Com tais palavras, vários guardas entraram e levaram os prisioneiros sob custódia, enquanto o estalajadeiro oferecia mais bebidas aos “sobreviventes”.
- Vamos beber até o dia raiar! – comemorou Reggie.
- Posso tomar a palavra com os senhores? Tenho uma proposta que, devido a sua importância para o futuro do mundo, interessará bastante.
- Ele disse que quer tomar a palavra, Reggie? Mas aqui só tem cerveja e vinho.
- Calaboca, Yirn... Não preste muita atenção nessas coisas, ele não é muito inteligente. Diga-me, o que pode nos interessar tanto?
Enquanto isso, Blackstone aproximou-se do homem de cabelos negros, tentando iniciar uma conversa:
- Oi, queria te agradecer por nos ajudar.
- O que você quer?
- Tô tentado ser gentil...
- E quem te pediu isso?
- Tudo bem amigo... Você é grande como eu e acho que...
- É, eu sou um ogro também, mas não quero jogar rúgbi.
- Eu sabia. EI REGGIE, ele também é ogro.
- Legal, Yirn, vê se vocês se entendem! – respondeu Reggie.
- O que cê faz?
- Amigo, não conseguiu entender que não quero conversa?!
Com tal demonstração de inimizade, Blackstone recuou enquanto Simon se aproximou dos três:
- Vejo que tens um ferimento que continua a sangrar...
- Não tem problema, amanhã tá bom.
- Posso resolver agora, sou estudioso das artes místicas e tais conhecimentos me ensinaram a curar com certa destreza.
- Hmmm... Não gosto de feitiçarias... Nem de feiticeiros...
- Caro companheiro de peleja, não sou nenhum feiticeiro. Sou um mago, discípulo de Ingram e devoto de Palier, protetor das florestas e todo o ecossistema lá presente. Acha mesmo que vou te fazer mal?
Yirn, coçando a cabeça:
- Não entendi nada, só o final...
- Não é pra entender mesmo, Yirn... Se o “senhor sensível” não deseja se juntar na nossa empreitada em busca de riquezas e poder, que fique aqui nesse bar, bebendo até a morte.
- Olhe como fala, homenzinho!!!
- Calma, cavalheiros. Isso pode ser resolvido de uma maneira melhor. Tu te mostraste um valoroso guerreiro. Não gostaria de se juntar a nossa busca?
Bebendo o último gole da cerveja que ainda estava em sua caneca, Baltek pergunta:
- E o que eu ganho com isso?
- Além de salvar o mundo, serás recompensado após a missão.
- Tá... Estou sem emprego mesmo... Agora, desafasta com essa feitiçaria... Tem uma missão de cura na cidade, é lá que vão consertar esse ferimento. Telak não gosta de feitiço.
- E quem seria esse Senhor Telak?
- Telak é deus da guerra, senhor de Prumor, pra onde vão todos os guerreiros que morrem em batalha.
- Ei, ei! Será que podemos procurar o curandeiro logo, o braço do sujeito ainda está pingando sangue...
E assim teve início uma grande amizade.

Obs.: essa história se passa antes da história "A Busca"... Acontece que achei isso no meu micro e resolvi continuar. Qualquer dúvida me liga...

Breve apanhado da história dos quadrinhos na Europa e nos EUA (até anos 80). - 4ª parte

O PERÍODO DE RENOVAÇÃO DAS HQ

Após os problemas encontrados na década de 40, a HQ ame­ricana irá esbarrar com um novo obstáculo ao seu desenvolvimento: o ataque feito contra as HQ’s por algumas pessoas de prestígio - psiquiatras, educadores, psicólogos e outros. Esses ataques se acentuaram nos anos 50.
A HQ foi acusada de representar para os jovens uma perda de tempo e de atenção, de desenvolver a preguiça mental, de não ter nenhuma sutileza, de tornar as coisas demasiadamente fáceis, de falta de estilo e de moral, de humorismo imbecil ou de reduzir as maravilhas da linguagem a grosseiros monossílabos. Com o aumento da delinqüência juvenil após a Segunda Grande Guerra, esses ataques se tornaram mais violentos e as acusações de psicólogos e pedagogos culminaram com a publicação da obra do psiquiatra Wertham (1954), The Seduction of the Innocent (A Sedução dos Inocentes).
Nesse estudo, com exemplos de algumas HQ’s (apenas as más), Wertham aponta a HQ, numa generalização abusiva, como "a fonte de todos os problemas americanos". 17 Vários estudiosos', todavia, analisaram o problema de forma mais racional e refu­taram argumentos como o de Wertham, mostrando que, na rea­lidade, "as HQ’s não exerciam sobre as crianças uma influência mais nociva do que aquela dos contos de fadas ou das histórias de mocinho e bandido".
Apesar das sucessivas defesas das HQ’s, os sindicatos norte­-americanos submeteram os desenhistas a uma rigorosa censura. Isto acentuou a crise pela qual passavam as HQ’s, que já vinham sofrendo com a concorrência da TV americana. A essa época, atacantes da HQ prenunciavam sua queda e até o seu desapa­recimento, prognóstico totalmente errado, pois não levou em conta a enorme vitalidade e o dinamismo conquistado pelos comics. Assim é que as HQ americanas continuaram no seu de­senvolvimento e difusão pelo mundo.

- 1949 - Walt Kelly apresenta em tiras diárias seu Pogo, surgido ante­riormente (1943) numa revista de quadrinhos. São fábulas que se servem de animais para instruir os homens. Vários são os persona­gens apresentados: um urso irreverente, Barnstable; uma raposa pérfida, Seminole Sam; um mocho cientista, pseudo-intelectual e charlatão, o Dr. Howland; um cão de caça que perdeu o faro, Beauregard; um porco-espinho, Porky; uma vamp gambá, Miss Mam'zelle Hepzibah, e os dois personagens principais: Albert, um jacaré de personalidade marcante, e Pogo, pequeno sarigüê racio­nalista e humanista que contrapõe seu pensamento rigoroso ao ro­mantismo e lirismo de Albert. Todos esses personagens habitam o pantanal de Okefenokee, na Geórgia. Couperie (1970) assim se refere a Walt Kelly: "mais um filósofo do que um artista, com suas HQ aborda as grandes questões morais, sociais e políticas de sua época. Isso lhe valeu numerosos inimigos, inclusive o Senador MacCarthy, que foi por ele violentamente atacado na figura de um chacal, mas também granjeou-lhe o respeito e a admiração dos intelectuais, con­tribuindo assim para a reabilitação das HQ" A linha intelectualista criada por Kelly não tardou a ser seguida por vários outros desenhis­tas e argumentistas. Estava lançada a HQ com uma série de inten­ções, desígnios, preconcepções, alusões políticas, filosóficas e meta­-físicas.
- Aparece “Big Ben Bolt”, história de um boxeador, escrita por Elliott Caplin (irmão de Al Capp) e desenhada por John Cullen Murphy.
- 1950 - Surge Charles Schulz, Que se tornará imortal com os “Peanuts” (Minduim, no Brasil). 900 jornais nos EUA e 100 no estrangeiro pu­blicam suas aventuras, segundo os estudiosos das HQ. Schulz inicia uma linha de caráter psicológico e metafísico para os seus persona­gens. Mostra crianças Que raciocinam e agem como adultos, em situações "em que a comédia é apenas um véu sobre a tristeza latente, a crueldade Que se esconde sob o riso, dando aos Peanuts um caráter doce-amargo e uma sutil ambigüidade às vezes descon­certante" (Couperie, 1970). Seus principais personagens são Charlie Brown, lider descrente da natureza humana; Lucy van Pelt, menina cínica, cujo irmão Linus, intelectual precoce e frágil, vive preocupado com um cobertor Que sempre leva consigo; Schroeder, cujo maior prazer é tocar Beethoven em seu piano de brinquedo; Pig-Pen, o sujinho, e vários outros personagens. Merece citação especial o caso de Snoopy (Xereta, no Brasil), um cão filósofo Que, em sua casa, tortura-se com considerações metafísicas. Os Peanuts, como os ho­mens, têm fracassos, fazem perguntas Que não sabem responder, mas a vida continua.

Charles Schulz é um dos criadores de HQ mais comentados nos EUA por psicólogos que analisam as neuroses e fracassos de seus personagens. Schulz é citado até por teólogos, em obras como a de Robert Short, O Evangelho Segundo os Peanuts, que estabelece correspondências entre essas aventuras e os textos da Escritura (Marny, 1970). Os traços de Schulz são simples, usando pouco para expressar qualquer alteração psicológica de seus personagens, mas fazendo-o com tal propriedade que tem sido chamado nos EUA "O Freud dos Comics".
Com Kelly e, logo a seguir com Schulz, renasce com grande vigor a HQ americana com características intelectuais. As histó­rias humorísticas e de aventuras, no entanto, continuam a ser produzidas, paralelamente às de caráter intelectual.

- 1950 - Mort Walker lança “Beetle Bailey” (Recruta Zero), um soldado desajeitado, e seu companheiro Killer, o feroz sargento Sarge e os oficiais superiores, todos satirizados com a vivacidade e competência de seu criador.
- É lançada nos EUA a E. C. Horror Comic, com histórias de vampiros e monstros diversos.
- 1951 - Hank Ketcham mostra com “Dennis, the Menace” (Pimentinha) a vitalidade da história de garotos com as aventuras de um menino despenteado e muito vivo, que, com sua falsa inocência, conquista o conformismo de suas vítimas adultas inábeis e impotentes.
- Na Argentina, José Luís Salinas cria “Cisco Kid”, um cowboy.
- 1952 - Harvey Kurtzmann lança nos EUA a revista MAD, que satiriza personagens das HQ, modificando o estilo de humor nos EUA e no mundo todo.
- 1953 .- Stan Drake cria “The Heart of Juliet Jones” (O Coração de Julieta), com as aventuras romanescas de Julieta e de sua Irmã Eva.
- 1954 - Na Inglaterra, Sidney Jordan cria “Jeff Hawke”, série de ficção científica.
- 1956 - Jules Feiffer inicia a primeira série de anti-heróis da HQ, com a história intitulada Feiffer. O universo de Feiffer é pessimista e depressivo. Nele encontramos Bernard Mergendeiler, um fracassado, devorado por tiques e complexos, além de um grande número de jovens sem destino e mulheres neuróticas. Em Feiffer não encontra­mos sequer cenários. Os personagens, verdadeiros robôs em grandes solilóquios, contam seus infortúnios. É realmente uma "anti-história em quadrinhos".
- Após a polêmica gerada pelo livro “A Sedução do Inocente”, vários heróis tiveram de ser modificados. Dentre eles o Flash ganhou nova identidade, nova vestimenta e nova origem.
- Morre Alex Raymond, e John Prentice passa a desenhar Rip Kirby, "o detetive com óculos".
- 1957 - Mel Lazarus usa o mesmo ponto de partida de Schulz: crianças inteligentes como personagens centrais. Mas em sua história, Miss Peach, os adultos também encontram seus papéis. Na verdade os adultos (Miss Peach, a professora, e o Sr. Grimmis, o diretor da Escola Kelly) são ignorantes, estúpidos e de visão curta, em con­traste com o conhecimento superior e a vivacidade das crianças: Márcia, a garota agressiva, Francine, a coquete, Arthur, o desengon­çado, e Ira, o tímido.
- Leonard Starr cria “Mary Perkins on stage” (Glória), história de uma atriz, com roteiros originais e diálogos preciosos que lhe asseguram o lugar de uma das melhores HQ da época.
- 1958 - Johnny Hart lança B. C. (A. C., Antes de Cristo) com persona­gens pré-históricos que passam a maior parte de seu tempo em especulações sobre o progresso do mundo e o futuro das civilizações, servindo-se de seu binóculo pré-histórico e satirizando a sociedade contemporânea.
- 1959 - Albert Uderzo e René Goscinny criam “Vercingétorix”, que depois se torna “Astérix”. Trata-se de uma história gaulesa que pretende per­petuar a tradição francesa da história em quadrinhos históricos e defender seu folclore, com personagens característicos e uma boa coleção de piadas que inclui até os balões em hieróglifos. Um inqué­rito realizado na França demonstrou que dois franceses em cada três leram Astérix, o que diz de seu sucesso nesse país.
- Modificação efetuada no Lanterna Verde, que ganhou nova roupagem e perdeu quaisquer características místicas que possuíra anteriormente (ficção científica era mais bem visto que magia). Hal Jordan era um piloto de testes que encontra uma aeronave alienígena destruída e, recebe das mãos de um alien moribundo o anel da tropa dos Lanternas Verdes.
- 1960 - Super-Homem, Batman, Mulher Maravilha, Aquaman, Lanterna Verde e Ájax, O Caçador de Marte, formam a mais famosa equipe dos quadrinhos de super-heróis, a Liga da Justiça.
- Stan Lee, Jack Kirby e Steve Ditko iniciam um conjunto que faria história no mundo das HQ’s. Isso porque foram responsáveis, a partir de 1961, pela criação dos mais famosos heróis da Marvel Comics. A principal característica desses personagens era que a vida cotidiana fazia parte de suas páginas. Sendo assim, eles tinham problemas familiares, se apaixonavam, tinham que trabalhar, enfim, tudo pelo que passa uma pessoa normal. Dessa forma nasceram Quarteto Fantástico – Senhor Fantástico, Mulher Invisível, Coisa e Tocha Humana (Fantastic Four) – grupo de cientistas aventureiros que se precipitam numa viagem espacial e são surpreendidos por uma chuva de raios cósmicos, sendo bombardeados pelos mesmos, adquirindo poderes especiais; Hulk – (The Incredible Hulk) Dr. Robert Bruce Banner - um Dr. Jekill e Mr. Hyde da era atômica, criado após a explosão de um protótipo de bomba gama (sucessora quadrinística da bomba atômica); Homem-Aranha (Amazing Spider Man) Peter Parker - jovem estudante picado por uma aranha radiativa quando participava de excursão escolar em laboratório de pesquisas; Thor (Mighty Thor) Dr. Donald Blake – baseado na mitologia nórdica, onde Thor é o deus do trovão, filho de Odin, imperador dos deuses. Quando se viu ameaçado por jupterianos que planejavam invadir a Terra, o Dr. Don Blake se esconde em uma caverna onde encontra um antigo cajado que quando pressionado contra o chão o transforma no poderoso Thor.
- 1962 - Kurtzmann e Elder criam “Little Fanny” e lançam-na na revista Playboy. Esta história é uma mistura da personagem em quadrinhos, Aninha a pequena órfã, com o primeiro nome de Fanny HilI, antigo romance pornográfico. Little Annie Fanny é um misto de Marilyn Monroe e Brigitte Bardot. Com esta história inicia-se uma tendência erótica nas HQ que não falta nas histórias de aventuras, aparecendo de forma velada e implícita (os eternos noivos, com suas vestes justas, umas vezes rasgadas, presos seminus e submetidos a torturas). O erotismo se inicia agora, no entanto, de forma explícita e aberta.
- Jean Claude Forest cria “Barbarella”, na França. O êxito da série é explicado por ter sido a primeira HQ desenhada para adultos na França, além da beleza de traços dos desenhos. Com Barbarella, a mulher se torna objeto erótico porque ela é o erotismo encarnado em mulher.
- Quino (Joaquim Lavados) lança na Argentina “Mafalda”, perso­nagem que protesta continuamente contra a guerra, as injustiças sociais, meios de comunicação, a vida rotineira de sua mãe e até contra a “sopa”, que, apesar de detestar, é obrigada a tomar. Nota-se nitidamente em Quino a influência de Schultz e dos Peanuts. Mafalda vive com amigos, todos crianças, os problemas psicológicos de “adultos”. Contrariamente ao Peanuts, Mafalda possui, no entanto, uma consciência política bastante desenvolvida. (Masotta, 1970).
- 1963 – Sai da mente de Stan Lee e Jack Kirby, os primeiros X-Men. Primeiros heróis atingidos pelo preconceito racial. Mutantes de nascença, esse grupo promissor era formado por Ciclope, detentor de poderosa rajada ocular, Garota Marvel, telepata e telecinética, Homem de Gelo, capaz de criar e se transformar em gelo, Fera, homem corpulento e de capacidades acrobáticas superiores e Anjo, ser dotado de enormes asas emplumadas.
- 1964 - Na mesma linha dos B. C., surge nova história criada por Brant Parker (desenhista) e Johnny Hart, que se incumbe do texto: “The Wizard of I.D” (O mago de Id). Desta vez a Idade Média foi escolhida para contes­tar nossa sociedade. Trata-se da história de um rei baixote, pessi­mista e mau, que habita um castelo com súditos não menos maus, arrogantes e trapaceiros. Prestam-lhe serviços um mágico de capa­cidade duvidosa e um cavaleiro ardiloso e covarde, que, no entanto, apesar de suas mazelas e defeitos, são as únicas pessoas capazes de demonstrar humanidade. Em “The Wizard of I.D” nada vale a pena e nada se modifica.
- 1964 - É lançada na França a revista Chouchou, revelando novos de­senhistas franceses como Paul Gillon, com Náufragos do Tempo.
- 1965 - Peter O'Donnell e Jim Haldaway lançam na Inglaterra “Modesty Blaise”, série de aventuras.
- 1965 - É lançada na França a 1ª reedição luxuosa de Pieds Nickelés. - Surge na Itália a revista Unus.
- Nos EUA são publicadas Eerie e Creepy, revistas de terror de alto nível.
1966 - É lançada a revista francesa Phénix, com estudos sobre HQ. 1966/1967 - Guy Pellaert e Pierre Bartier criam, na França, jodelle (expressão em quadrinhos de Sylvie Vartan, segundo Marny) e Pravda (representação de Françoise Hardy, segundo o mesmo autor). (Marny, 1970). É o início da pop-art nos quadrinhos, com erotismo acentuado.
- 1967 - Guido Crépax desenha Neutron na revista Unus e depois Valentina, personagem erótica que conquista o público italiano e se difunde por vários países.
- 1968 - Nicolas Devil cria na França a Saga de Xam. Surgindo num misto de ficção científica e de erotismo, Saga coloca problemas ra­ciais, violência e não-violência. É uma extraterrena que vem à Terra a partir de outro planeta, em épocas diferentes, encarregada pela Grande Senhora do Planeta Xam, onde vive, de estabelecer na Terra uma proteção psíquica contra os invasores do seu planeta. Mas na Terra deixa-se seduzir e ganha os vícios dos homens. Quer assenho­rear-se do poder e tornar Xam um planeta forte e vigoroso, mas quer fazê-lo sem violência, pois na realidade Saga se apresenta como ; uma mensagem de paz e amor.
- 1969 - R. Crumb apresenta Zap Comix, quadrinhos underground e pornográficos. Percorrendo o passado da HQ, é relativamente fácil reconhecer que a HQ "não é uma série incoerente de desenhos mas a forma autêntica dos sonhos, das aspirações, das grandezas e miséria do nosso século". (Couperie, 1970).

Pra posteridade - 1º passo

O vento passeava pelo meu rosto e seu uivo entre os prédios era como música. O beiral do edifício estava sob meus pés, sólido como o próprio chão da calçada em frente. Chegar até ali foi um exercício de força de vontade, mas o primeiro passo deveria ser dado. Nunca na minha vida algo se tornara tão palpável quanto essa necessidade que surgira. Chegar a esse ponto, para muitos, é loucura, para outros tantos, covardia... Alguns chamam de coragem... Eu chamo de alívio. De liberdade. O primeiro vôo de um pássaro, a primeira caçada de um guepardo, a primeira transa de um adolescente. Só que a sensação seria única... A lua me olhava severa... Severa ou sorridente? Depende do ponto de vista. Eu sempre a vi como uma matriarca mandona, daquelas que regulam seus dependentes de formas bem severas. Coitadas das estrelas. Com o fim do cigarro eu dou um passo para trás. Como foi dito antes, o primeiro passo foi dado e mais dois estavam por vir. Boa sorte pra mim.

08 agosto, 2007

Desculpas

Preciso postar. Sei disso, mas ando tendo muitos problemas com internet e afins (no momento eu estou na faculdade). Tá uma merda. Nem escrever eu consigo direito, minha mulher se mudou de cidade, em suma, PUTA QUE PARIU... Bem, vou escrever as histórias e colocar aqui, não sumam, por favor. Agradeço a todos pelas visitas e pelos comentários. Falou.

24 junho, 2007

Reator do Proletariado

Parecia um início de turno como qualquer outro, onde técnicos entram e saem de seus postos, sem muito o que falar. O cansaço toma conta dos que deixam o trabalho e o tédio dos que chegam. O trabalho em Chernobyl não era dos melhores, mas trazia sustento para Mikhail Chevchenko e sua família. O frio era insuportável, fazendo com que o trabalho se tornasse mais agradável naquele meio de feriado prolongado.

A transferência de Kiev para Pripyat tinha acontecido sob reclamações da mãe de Mikhail, mas, como um jovem de 25 anos, recém formado Técnico Nuclear pela Escola Técnica de Kiev poderia trabalhar em Kiev? Teu pai morrera quando ainda era criança. Possuíam uma vida tranqüila antes de sua morte, pois sendo militar e fazendo parte do Partido nunca foram incomodados pelo governo. Após a morte do pai, ainda sem explicação, como a maioria das outras, a vida mudou. As dificuldades começaram, os amigos sumiram, o Partido já não se fazia presente. Com muita dificuldade e esforço de tua mãe, Mikhail conseguiu terminar os estudos e conseguir um emprego estável. Não agradava a ela seu único filho trabalhando na que seria a maior e mais segura usina nuclear do mundo, mas as opções eram escassas e a mudança foi feita.

Com apenas 3 meses no trabalho Mikhail ainda não se sentia tão entediado quanto seus companheiros de profissão. Chegava bem disposto e cumpria com maestria seu trabalho, sempre curioso por conhecer os procedimentos da usina. Ele fora informado que testes seriam efetuados para verificar os protocolos de segurança e que deveria ficar de prontidão.

Junto com ele trabalhavam mais 2 técnicos, Yuri Andreivitch e o outro que era conhecido apenas por Boris, sujeito que pouco falava e por isso não conhecia muito. Mikhail e Yuri passavam boa parte do tempo conversando pois o reator 4, do qual eram responsáveis pelo controle dos sistemas de emergência e refrigeração do núcleo, sempre fora estável. Yuri estava um pouco inquieto, devido ao teste que seria realizado:

- Não são testes de rotina, Yuri?

- Na verdade não, Mikhail. Em todo o tempo que estou aqui, nunca realizamos algo assim. O desligamento dos nossos sistemas deixam o reator sem controle algum de refrigeração. Os engenheiros disseram que será um teste rápido, mas mesmo assim me preocupo. O que acha, Boris?

- Acho que estamos aqui pra obedecer... – e sai da câmara.

- Ele sempre foi simpático assim?

- Só quando o vejo, hehe. Vamos esperar as ordens.

Enquanto isso, toda a sala de controle se preparava para efetuar os testes. As informações eram passadas de dez em dez minutos pelo sistema de comunicação deixando os técnicos em alerta. Próximo da uma da madrugada, os técnicos da segurança foram informados que deveriam desligar seus respectivos sistemas o que foi prontamente feito. Vinte minutos após o início do teste os problemas começaram. A situação deveria ter sido controlada em questão de segundos, mas os sistemas de segurança do reator 4 não entraram em operação:

- Era algo assim que eu temia!

- O que devemos fazer? O automático não funcionou, precisamos ativar manualmente! Onde está Boris? Essa é sua função!!!

O alerta já havia sido acionado e os protocolos estavam sendo seguidos por todos os técnicos. Yuri tentava desviar sistemas de refrigeração oriundos do reator 3, mas o superaquecimento cada vez mais piorava:

- Tenho que acionar no manual. Vou até a câmara de compressão do reator ativar o sistema.

- Mas você não tem o treinamento necessário, Mikhail! Onde está aquele maldito Boris???

- Sempre me mantenho informado dos protocolos de segurança de toda a usina. Posso fazer isso. Avise aos engenheiros e trate de sair daqui, vou vestir a roupa anti-radiação e ligar o sistema.

“Aquelas noites perdidas, lendo os manuais têm que servir pra alguma coisa” era a única coisa que passava pela cabeça de Mikhail. Para um simples soviético do interior aquela usina significava o ápice da tecnologia e, apesar das informações que chegavam do ocidente, a propaganda do partido ainda era a mais forte. Isso trazia uma certa segurança pois tecnologia e segurança andam sempre juntas, pelo menos assim pensavam todos.

Mikhail não tardou a chegar à câmara de descontaminação e rapidamente vestiu-se de todo o aparato necessário para se aproximar com segurança do reator. Dois minutos e estava pronto, certificou-se de trancar a câmara de descontaminação e foi em direção da câmara de compressão. “Rápido, rápido!!!” era o que passava pela sua cabeça, ultrapassou a ultima escoltilha, trancando-a, se aproximou dos controles de refrigeração. Os controles estavam completamente loucos e as leituras mostravam níveis absurdos de calor.

Ali estavam os controles e Mikhail sabia o que fazer, a primeira alavanca foi acionada e...

20 junho, 2007

Tá foda...

Isso é um pedido de desculpas... Não tenho tempo, não tenho dinheiro e não tenho tempo... Sou brasileiro e foda-se... Pois é, e vai ficar mais um tempo sem postagens, lamento, não sumam...

17 maio, 2007

Just an elevator...

Diário de um mutante em potencial.

Um dia no inferno e uma noite no absurdo… Quando suas omoplatas crescem a ponto de se tornarem asas, sua mente vaga num extremo solitário onde só o menor dos ratos aparece. Voar? Impossível... São asas mortas, sem penas ou membranas. Mas estão lá e te acompanham, à medida que crescem. As portas abertas se fecham na sua mente... Serei eu? Ou será a música? O vinho, a cerveja? As ASAS?!?!!? O absurdo chega trazendo consigo uma garra afiada que rasga a carne e se delicia com o sangue. Pedras e ossos quebrados... Isso é passado, o presente é diferente. Harmonioso, linear... A certeza ainda é a arma dos idiotas. Quem tem certeza de alguma coisa, não vive, sobrevive. Mas elas continuam lá. Coçando a carne na parte superior de suas costas. Como os outros reagirão? Medo? Eu não pedi por isso e não sei o que aconteceu! A especulação do início é apenas isso, especulação... As certezas são incertas e as omoplatas ainda estão dentro dos meus ombros. Um anjo, voaria... um demônio decairia... Será mesmo? Morre Seco!

11 maio, 2007

Aprendendo Photoshop...

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket
Pra quem sabe quem eu sou, olha só como tô bonitim... Pra quem não sabe, taí eu.

05 maio, 2007

Zero.

- Minha lâmina clamava por sangue e essa necessidade me fez o que sou hoje. Fruto de uma supertição? Filho dos tempos áureos, quando lendas regiam o mundo e as trevas eram mais presentes que a luz? Um personagem de uma história ainda não terminada? Quem dera minhas ambições se aproximassem de tais preceitos. Fonte de poder ou não, o aço matava e eu o empunhava, sedento por tornar criaturas de sangue quente, cadáveres putrefatos, alimento de abutres insaciáveis. Pessoas poluem o mundo e um câncer só pode ser extraído com violência. Sentar à mesa e me alimentar, algo distante. Consumo litros e litros de fortificante, me exercito ao extremo, anabolizantes me ajudam no processo. Eu sou traumatizado? Minha família foi assassinada num beco escuro? Num parque, por uma gangue de mafiosos? Por favor, isso não é uma história em quadrinhos... Qualquer um, basta ser sensato, pode notar o mau que o ser humano é capaz de fazer; eu apenas extirpo a pior parte. Quando essa não mais existir, tomarei a parte melhor e assim por diante até terminar, com meu próprio fim.... Não sou religioso, muito pelo contrário, sou avesso ao conceito. Se Deus existe, ele está triste com a humanidade... Então eu ganho pontos... Se não existe, continua na mesma...

- Se-senhor, por favor, não continue....

- Qual teu nome?

- Melinda.

- Muito bem, Melinda. Liguei pra você, não em busca de um conselho, mas de um aviso. Eu sou um zero à esquerda e você sabe disso. Não faço a diferença, preciso de propaganda e você sabe o quanto estou certo...

- Não, você está errado. Estou aqui pó ter esperan...

- Ei, não ouse mentir para MIM!!!!! Eu sei quem você é!! Essa é tua última tentativa de acreditar no ser humano. Sei que não está tão esperançosa quanto prega para os amigos. Nós podemos fazer algo, existem vários como eu, esperando apenas um empurrão. E Você pode ser esse empurrão...

- Mas... Esse papo de espada...

- Não quero seguidores, quero companheiros... Cada um ao seu modo. O sangue da Terra não deve ser mais derramado...

CORTA – Noticiário da TV

- Esse foi apenas um trecho gravado pela atendente de tele-ajuda Melinda Baker, hoje pela manhã, ao atender o assassino em série que já foi apelidado de Zero, por não ter nenhum tipo de identificação encontrada depois de 103 mortes. Pelo que podemos ver, trata-se de um sociopata de 5º grau, como pode explicar...

O aço frio quase de torna parte do pescoço de Melinda:

- Por que isso, Melinda? Era a nossa chance, você poderia ter me ajudado...

- Não, por favor... Eu não agüento mais... Sabia que isso aconteceria... Termine logo...

- Acha que sou um reles assassino? Que vou te punir? Você fez tua escolha... Viva nesse mundo putrefato, conviva com teus iguais... Você os merece... Eu voltarei quando você não quiser...

Lágrimas escorriam pelo rosto de Melinda. Tão rápido quanto veio, foi-se. A felicidade que já era distante não viria... A promessa seria cumprida...

22 abril, 2007

Que que como???

Como diria Dona Neves: "Que que que como???" Pois é, eu não posto mais... Mas tem um motivo, na verdade dois. Primeiro, eu me mudei, e como em toda boa mudança ainda tá uma merda, tudo desarrumado e fora do lugar. E, como fui mais pra periferia, ADSL nem pensar. O que nos leva ao segundo motivo. A PORRA da BrTelecom me diz que não tem nem chance de eu ter acesso ADSL, enquanto eles não mudarem as velocidades pra mais de 1 Gb, o que faria aumentar a distância de cobertura, e blá blá blá... Filhos da puta, pq tem uma lan house quase do lado da minha casa. O absurdo mor fica por conta de onde eu moro... Grande Florianópolis... Ilha da magia... Inferno na terra... Desculpas ao pessoal e prometo postar logo. E obrigado pelas visitas, não se acanhem, deixem msgs. Aqui tem basicamente coisa minha e um feedback é legal.

25 março, 2007

Eu, Zumbi ou Ainda tô escrevendo isso (5ª parte)

Saíram do bar, dobrando a esquina antes das sirenes ficarem altas o suficiente. O que era esquisito se tornou terrivelmente estranho e bizarro. Antes era só teu estado “post-mortem”, agora um recém conhecido sujeito que conseguia abrir portais para o inferno se tornara teu colega de noite. Enquanto caminhavam, Marcos tentava engolir todos aqueles acontecimentos e o sujeito acendia um cigarro:

- Ei, zumbi... – primeira baforada – Afinal, o que aconteceu contigo?

O tom da conversa era o mais normal do mundo:

- Cara, peraí... Tu acaba de matar um cara...

- Seguinte, se a tua idéia é me criticar sem me conhecer, então te manda. Meu saco já ta cheio demais...

- Tá... Eu não quis ser escroto. Foi mal. É que muita coisa ta acontecendo ao mesmo tempo...

- É, isso tu já me disse. Eu sei como é. Tu pôde ver que coisas estranhas também acontecem comigo. E até eu me acostumar, passei por poucas e boas.

- Bicho, eu simplesmente acordei e cavei minha saída da sepultura. Fui a um bar, tomei uns tragos, encontrei com o cara que me matou e acabei com ele e teus amigos. Tava fugindo até entrar naquele bar e te encontrar. Esse é o resumo do que aconteceu comigo.

- Hmmm... Bem, vamos entrar nesse bar. – apontou pra um pub, geralmente freqüentado por playboys da cidade. – E, aliás, meu nome é Daniel, prazer Marcos.

- Prazer, Marcos... Mas esse bar é meio ruim, tipo... Peraê, como tu sabe meu nome???

- Te explico depois, vamos aqui mesmo que é escuro e ninguém vai incomodar a gente.

Entraram no bar. Ninguém os abordou, Daniel parecia conhecer algumas pessoas e sentaram-se à mesa mais obscura do recinto. A decoração lembrava um pub irlandês daqueles de filmes e Marcos constatou estar errado sobre seus freqüentadores. As pessoas ali pareciam ingleses e adjacentes, em várias mesas as pessoas falavam apenas inglês, ou algum dialeto bem próximo. Aparentemente, os playboys ficavam do lado de fora, fingindo beber as cervejas irlandesas. Um sujeito alto, corpulento e com duas grandes costeletas ruivas veio atendê-los:

- Olá, Daniel, caro amigo. Tudo bem? O que vai ser hoje? – falou o homem, com um forte sotaque:

- Oi, James... Tudo indo, duas Guinness pra nós, e um conhaque daqueles pra mim.

O garçom cumprimentou Marcos com um aceno de cabeça e foi buscar o pedido:

- Adoro esse bar, mas como tu pôde perceber, um bocado de merda acontece comigo, então o evito. James é um bom amigo. Eu o ajudei, ele me ajudou, estamos quites e criamos um vínculo...

O pedido chegou, James os serviu e se retirou apenas com um polegar levantado:

- Não sei se é da minha conta, mas o que foi aquilo no bar? – perguntou Marcos enquanto, levava teu copo à boca. No meio do caminho, Daniel o interrompeu:

- Sem brindar? Por favor... – levantou teu copo, Marcos fez o mesmo e Daniel falou com um pequeno sorriso no canto da boca:

- Morre seco...

- Que porra é essa?

- Nada, só um brinde que faço com meus amigos...

Assim se iniciou o bate papo de dois dos seres humanos mais sobrenaturais da face da Terra...

27 fevereiro, 2007

Colônia de Marte 6 (CM:6)

Produção: KFH Productions

Ano: 2000

Direção: André Cordeiro, Antônio Calomeni, Fábio Cardoso, Iury Givago, Leandro Lessa

Roteiro: André Cordeiro e Leandro Lessa

Elenco: André Cordeiro (Ele)

Antônio Calomeni (Ajudante)

Fábio Cardoso (Mestre da Dor, Soldado Genérico)

Iury Givago (Líder F.E., Soldado Genérico, Mestre Taebo)

Leandro Lessa (Líder Thunderbird, Zorg, voz do Banquinho)

Sinopse: Zorg está de volta, e mais poderoso do que nunca. O vilão retorna do inferno infectado por vírus mortal, que adquiriu após sentar no colo do Capeta e o deixa mais forte. Agora, ele tenta descobrir um modo para espalhá-lo por toda Marte. Mais uma vez, “Ele” e “Ajudante” são recrutados para acabar com as pretensões do asqueroso rival e mandá-lo de volta para onde nunca deveria ter saído.

Porém, desta vez, Zorg é uma criatura com poderes exorbitantes e não será destruído tão facilmente. Os dois heróis, pois, precisam de uma ajuda especial para cumprir sua missão. Eis que surge o Mestre Taebo, cujo pai foi morto pelo vilão desprezível, que os ensina esta arte marcial tão aniquiladora. Até o embate derradeiro, muitos fatos determinam o rumo que as personagens desta história vão tomar. Alguns deles acabam tomando no cu mesmo. Se você não quer que tal coisa te aconteça, vá correndo assistir o filme.

Comentários: Esta seqüência de Colônia de Marte utiliza mais e melhores efeitos especiais que o quarto filme da série. Novamente, a Little Tony’s Electronic Arts, Works & Stress foi a encarregada de dar o toque tecnológico na obra. O roteiro aproveitou elementos anteriores para fazer as mesmas merdas, ainda com a ajuda eventual do Mestre Taebo, uma personagem única que dispensa elogios – até porque não iria ganhar nenhum mesmo.

O elenco é a merda de sempre, mas algumas seqüências de CM:6 já são parte integrante da história da sétima arte. A demonstração do poder de Zorg, a morte do Mestre da Dor, o treinamento dos heróis, a luta final, tudo isso representa bem o espírito (de porco) da obra. Trilha sonora de primeira, pontua a história sem apelações românticas, pois se houvessem relações amorosas no filme, ele seria estritamente homossexual. Já basta o Zorg sentar no colo do Capeta...

Em resumo, melhor filme que eu já vi na minha vida (ao lado de “A Colônia de Marte 4 – O Herege”).

Obs.: Esse também já foi postado e está bem pertinho do outro lá embaixo.

Crédito: Leandro Pereira Lessa de novo (tá eu sei que o cara escreve melhor que eu, mas o blog é meu, então foda-se)

A Colônia de Marte 4: O Herege

Produção: KFH Productions

Ano: 2000

Direção e roteiro: André Cordeiro, Antônio Calomeni, Fábio Cardoso, Iury Givago e Leandro Lessa

Elenco: André Cordeiro (Ele)

Antônio Calomeni (Ajudante, Líder Japonês)

Fábio Cardoso (Mestre da Dor, dublê de Soldado Genérico)

Iury Givago (Soldado Genérico, Líder Fraco de Espírito)

Leandro Lessa (Zorg, Líder Thunderbird, voz do Banquinho)

Sinopse: Ano 2050. Os líderes dos humanos em Marte se reúnem em seu quartel-general, preocupados com a sua arma-mor, a bomba de antimatéria transgênica. Se ela cair em mãos inimigas, o mundo poderia ser completamente dizimado. Porém eles não contavam com Zorg. Este marciano voltara para seu planeta natal determinado a matar todos os humanos que colonizavam o planeta vermelho. Então o desprezível vilão rouba a bomba do QG humano em Marte e tenta descobrir como o explosivo funciona para finalizar seu plano maligno. Tudo parecia estar perdido. Somente um herói teria condições de salvar o planeta vermelho de seu destino trágico. Mas como este não estava disponível, tiveram que chamar “Ele” mesmo.

“Ele” está em decadência, entregue ao álcool, mas decide rumar para Marte para recuperar a bomba de antimatéria transgênica e destruir Zorg de uma vez por todas. Em sua procura pelo esconderijo secreto da sórdida criatura, o herói descobre em “Ajudante” um fiel companheiro, e os dois vivem incríveis aventuras até o duelo final com aquele que tem o futuro de Marte em suas garras. Quem sairá vitorioso? Ah, vai ver o filme pra saber, porra!

Comentários: O início de CM-4 diz a que o filme veio. Este curta-média-metragem mistura efeitos especiais (produzidos pela Little Tony’s Electronic Arts, Works & Stress), uma trilha sonora envolvente e atores de qualidade pífia. Mas todos realmente concordam que há um artista promissor no elenco: o Banquinho. Um desfecho surpreendente prova que os filmes não necessitam de um final feliz obrigatório. Ainda, depois dos créditos finais, há os grandes momentos das gravações, com os erros ocorridos em uma semana de filmagens. O público tem a possibilidade de conferir as merdas feitas durante a realização da merda, quer dizer, da obra.

Em resumo, melhor filme que eu já vi na minha vida.

Obs.: O filme foi postado anteriormente, em suma, tá lá embaixo.

Crédito: Leandro Pereira Lessa

Opinião sobre um fato.

Li uma notícia no Kibeloco, com sua pitada característica de humor, que me fez pensar um pouco mais sobre algo que aconteceu na última eleição. Como todo mundo sabe, Clodovil Hernandez é deputado federal pelo Estado de São Paulo e foi o segundo mais votado, depois do nosso estelionatário-mor.

Pois bem, na época eu me referi a Clodovil como uma opção boa para a câmara, afinal, a corja que tomou o cérebro ignorante do nosso povo para si e que está lá a muitos anos só faz gastar e gastar e nem vou falar do aumento de salário de 98%...

Na notícia em questão estava descrito que Clodovil pediu R$50,00 (cinqüenta reais) da verba indenizatória a que os dePUTAdos têm direito, ao que o Filho da Puta de nome Tatico, disse que gastou R$13.189,70 (treze mil, cento e oitenta e nova reais e setenta centavos). Isso com gastos de moradia e combustível e afins e esse corno de mãe demente mora em Brasília. Será que foi esquecimento? Será que isso continuará? Será que Clodovil é realmente honesto e sabe que esses gastos absurdos não fazem sentido algum e por isso não os usa? Não sei... Só sei que bato palmas pra esse primeiro mês do Sr. Clodovil Hernandez no planalto central e espero que seja uma pessoa em que possamos ter esperança.

E aos que dizem que ele não sabe nada e nunca foi político, lembrem-se de Severino Cavalcanti... O que aquele infeliz, desculturado e semi-analfabeto faz lá? E esse nem é o grande problema; os maiores políticos desse país são muitas vezes mestres ou doutores e ainda assim estamos do jeito que estamos.Com uma acessoria decente, formada por pessoas honestas e altruístas, Clodovil pode se tornar um grande “homem-público”. Vejamos os próximos meses...

Obs.: Tá, “homem-público” foi sacanagem, mas tá entre aspas...

Obs.2: O blog é meu... Acha que eu tô errado? Comente e tente usar bons argumentos.

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22 fevereiro, 2007

Enfia a Ferrari no c*...

Ando sem clientes pra atender. Não sei se corresponde à época do ano ou se eu resolvi muita coisa antes e acabei ficando sem ter o que fazer. Enfim, esse post não se destina a isso. O objetivo é comentar uma prisão que foi efetuada aqui em Florianópolis. Uma gangue de estelionatários, que estava sendo investigada a pelo menos um ano pela polícia do Rio Grande do Sul, foi presa em Jurerê Internacional (o bairro dos ricos e poderosos de Floripa). Até aí, tudo bem... Os grandes lances são: o golpe e o “modus vivendi” dos vagabundos. Começando pelo último, junto com os estelionatários, foram encontrados uma Ferrari Spider (nem conhecia), um Porsche (daquelas peruas), duas motos importadas e, pasmem, um Hummer blindado... Numa casa alugada por R$26000,00 (vinte e seis mil reais) e em outra alugada por um valor bem próximo (desculpem a falta da notícia, mas os veículos de comunicação de Florianópolis são tão bons que devem ser atualizados de 2 em 2 dias). Bem, vamos ao golpe: eles se apresentavam como representantes de uma instituição governamental ligada a financiamentos de negócios, do Ministério de Ciência e Tecnologia (com direito a papel timbrado e tudo mais) e prometiam empréstimos a juros baixos de valores que poderiam chegar a alguns milhões de reais. E os IDIOTAS dos empresários caíam nessa.

(Agora começa o porradeiro) Pelo amor de quem vocês quiserem!!! Como pode isso acontecer num mundo como o de hoje, onde qualquer criança sabe que de 10 pessoas que tu encontra na rua, 8 querem te foder, porque os outros dois são sua mãe e um amigo. Mas aí é que começa toda a esculhambação. Tu acreditaria em quem? Num sujeito barrigudo, com uma pasta surrada, num Corsa ano 2000 precisando de uma limpeza ou num bacana com uma Ferrari parada na garagem? É claro que no bacana, afinal o outro poderia ser um assaltante. Essa bosta de sociedade, em que os papéis estão todos invertidos, transformaram os seres humanos em criaturas preconceituosas, onde o que se tem vale mais que o seu caráter. Onde um imbecil feito Ronaldinho Gaúcho é ovacionado e cientistas que descobrem curam para doenças que matam pessoas todos os dias têm apenas uma notinha de 15 segundos no Jornal Nacional. Onde se faz o que parece mais fácil.

Tudo o que é fácil demais é ilícito, pode ter certeza. Honestidade anda sendo confundido com burrice e esse maldito “jeitinho brasileiro” está cada vez mais acabando com Brasil.

Quer saber mais? Quem foi enganado por esses salafrários (palavra bonita!) tem mais é que levar o cacete mesmo... Eles tinham que ter roubado mais... Tomara que tenham levado alguns à bancarrota e que estes aprendam que pessoas são mais importantes que valores. Afinal, os maiores estelionatários mandam nesse país a muito tempo e o povo ignorante continua colocando-os no poder a cada eleição...

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Imagens relacionadas com o título do post, ^%&$%#!*&????

20 fevereiro, 2007

Créditos tardios.

O último post deve ser creditado ao Mundo Gump. Seria injustiça não fazê-lo. Bom, injustiça desfeita. Klaatu Veracta Niktu.

19 fevereiro, 2007

Pra ler e viajar.

Em primeiro lugar, eu nunca fui religioso. Respeito quem seja, por mim qq um pode cultuar qq coisa. É um direito garantido por deus e por várias leis idiotas que povoam os livros de direito. Mas esse é um site intrigante. Fala sobre dinossauros e pessoas e gigantes e outras coisas que povoam a mitologia humana. Vale a pena conferir. Por ora, eu acho o ser humano muito pretencioso ao ditar certas coisas, tipo quando dizem que dinossauros e homens não conviveram. Será mesmo? Pela madrugada, será que essa turma sabe tudo? Humanos idiotas... Taí o link:
http://arqbib.atspace.com/
Obs.: Vão até o site e vcs vão estender toda minha explicação sobre não ser religioso...

A Busca - 2ª parte

Ao adentrarem o recinto uma sensação de dejá vu tomou conta dos quatro. Muitos foram os momentos passados entre as paredes de uma taverna, bebendo, comendo e procurando trabalho. Os tempos eram outros e suas mentes mais limpas e dispostas a aventuras:

- O que me dizes deste cômodo, Simon? Parece-te familiar?

- Como todos os outros, Moisés.

O cheiro de cerveja e vinho invadiram seus sensores fazendo-os viajar ainda mais no tempo. O garçom do lugar apressou-se para conseguir uma boa mesa e em menos de meio ciclo os heróis estavam sentados:

- Sua melhor cerveja, para mim e meu amigo humano. E vinho para nossos feiticeiros!!! – bradou Baltek.

- Baltek, por favor, já te disse que não sou feiticeiro, sou sacerdote. – reclamou Moisés.

- Claro, Moisés. Mas essa é ainda a melhor forma de te irritar. Garçom, por favor, estais aqui ante a presença de Moisés, o maior sacerdote de Selimon, Reggie Butcher, o açougueiro, matador de Balthus Bone, do imperador Baltek, senhor de toda Telakia e Simon Van Helmont, o... hã... elfo mais élfico do planeta e precisamos de informação. Quem seria mais adequado para tal? – apresentou-se Reggie, com eloqüência.

- C-creio que Lemar, o guia, poderia ajudá-los... – respondeu o garçom.

- E onde se encontra esse ser de sobrenome tão criativo?

- É aquele no balcão, senhor.

- Então traga-o, junto com as bebidas!!!

O garçom apressou-se para cumprir sua busca e logo as bebidas e o guia chegavam à mesa. Lemar era um humano jovem, esguio e bem trajado. O couro de suas vestes era algo incomum em muitas paragens podendo ser classificado como quase nobre. Uma afiada adaga fazia parte de sua indumentária, demonstrando que este não era tão frágil quanto parecia. Simon iniciou a conversa:

- Sente-se conosco, caro infante. Já deves nos conhecer, talvez não pelas aparências mas pelas apresentações feitas por meu quase ex-amigo...

- Ex-amigo? És um ingrato... Aposto que nunca fostes chamado antes de elfo élfico? – defendeu-se Reggie.

- Bem, sem mais delongas, precisamos de informações sobre Brigurn. Sabemos que a floresta foi alvo de algumas histórias estranhas a algum tempo e essas histórias tornaram-se lendas em muitos lugares... – continuou Simon.

- Sim, e estas histórias fantasiosas só fizeram... – interrompeu Lemar.

Um soco na mesa interrompe o rapaz:

- Não deves nunca interromper quando um homem fala! – ordenou Baltek.

- Calma Baltek, o rapaz não o fez por mal. Apenas complementou a conversa do nosso “elfo élfico”... Além do mais, tu bem sabes que este quando começa a divagar... – novamente Reggie, em tom avacalhado.

- Tens sorte, moleque. Telak mostrou clemência desta vez, ante ao pedido de meu camarada.

- D-desculpe senhor, não foi minha intenção.

- Podes continuar, rapaz. – pediu Simon, entre dois goles de vinho.

- Como dizia anteriormente, essas lendas transformaram nossa próspera região no que os senhores podem ver atualmente. Terras antes usadas para descanso se tornaram esse lugar ermo e esquecido pelos deuses. A Dragão Brigurn foi a única que estalagem que sobreviveu. As pessoas se mudaram e o comércio entrou em colapso. Meu pai, que também foi guia, contou-me as histórias. A respeito da besta-fera que atacava as caravanas e devorava os incautos e, muitas vezes, nem os cavalos escapavam. Os viajantes começaram a diminuir e a economia da cidade também.
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Esboço do Imperador Baltek.

Fuga.

Numa explosão de adrenalina e pavor eu corri. O máximo que pude. Corri como um louco pelo meio das árvores, tropeçando em raízes, cortando minha pele e carne nos galhos dos arbustos. E quanto mais eu corria, mais tinha a sensação de insegurança. Parecia que eu não me afastava, muito pelo contrário, parecia que eu estava mais e mais perto. Respirar já era secundário, minhas pernas iam no automático e o cérebro já não funcionava corretamente. Vi uma luz. Não sabia a que distância, mas parecia alcançável. Acelerei, se é que isso era possível, mais e mais, até perder completamente o fôlego e cair num chão úmido e coberto por folhas. Me pus de joelhos, tentando sorver o ar com força. Meus pulmões se encheram e me ergui voltando a correr desenfreadamente. A luz se aproximava e já era possível ver alguns postes. Mais alguns metros e cheguei ao estacionamento de um bar. Era onde conseguiria ajuda contra meu perseguidor. No primeiro passo dado dentro do estacionamento, detrás de uma van, surge ele. Meus olhos se arregalaram: “Como pôde chegar aqui...?”. Ele se aproximou, sempre com aquele sorriso sarcástico nos lábios:

- Sabe que não pode fugir de mim...

Era eu mesmo... Sempre me forçando a fazer coisas que não queria. A resistência era inútil, sempre... Essa sina me perseguia e me mantinha vivo. Saquei o machete preso à minha jaqueta e fui para o bar, em busca de mais vítimas...

11 fevereiro, 2007

Versão de God of Thunder



Acho que todo mundo conhece KISS. Quem conhece e gosta, parabéns, quem não conhece, deve conhecer e quem conhece e não gosta, vai jogar JENGAAAA...

19 janeiro, 2007

Desculpas...

Gente, eu não ando conseguindo encurtar as histórias... Lamento, mas se eu corto, vai ficar parecendo que falta algo, como os espisódios do Chaves, no SBT. Então, algumas sugestões:

1- Façam vocês suas partes, leiam um pedaço, depois leiam outro...
2- Copiem, imprimam e leiam no papel, que é muito melhor...
3- Não leiam, afinal, é só mais uma porcaria escrita por um zé ninguém da internet.
4- Tomem uma cerva bem gelada.

No mais, espero que gostem dessas coisas e peço de novo, dêem suas opiniões. Essa postagem é por conta de um anônimo que tinha me dito isso (que eu escrevo coisas grandes). Queria saber se realmente alguém visita esse blog (além dos meus amigos) pois não confio nesse contador aí do lado. No mais, valeu pela turma que visita!!!

Até

Cria de Satã? (Eu, zumbi! - 4ª parte)

Marcos correu. O máximo que pôde. As sirenes diminuíram de volume e as ruas ficaram mais escuras. Ele conhecia o lugar e sabia que havia uma espécie de pub barra pesada ali perto. Se dirigiu pra lá, com o intuito de se esconder. Chegando lá, num lugar de nome bem esquisito, entrou, passou pelas mesas de sinuca e foi direto ao bar. Pegou uma das carteiras, a carteira de Mauro “infeliz, desgraçado”, sacou uma nota de 50 e pediu vodka:
- A garrafa...
- Tá bom, mas se ficar bêbado ninguém aqui vai te levar pra casa.
Pôs-se a beber, pensando no que acontecera:
- Você ta fedendo, guri...
Ouviu isso do sujeito ao seu lado, mas não o conhecia. Ele poderia estar falando com outra pessoa, afinal, o bar estava cheio. Continuou com a vodka:
- Não é todo dia que surge alguém cheirando a sangue e tripas... Aliás, tem cérebro no teu sapato...
- Tá falando com quem, amigo?
- Tô falando contigo e não sou teu amigo... – continuou o sujeito, com ar de superioridade. Ele tinha uma aparência esguia e muito atraente, mesmo para um homem. Bebia uma cerveja irlandesa, enquanto bebericava um conhaque. Mas, como ele poderia saber? Tantos cheiros, tudo escuro... Como encarar isso?:
- Você ta enganado...
- Sim, e você não ta morto.
- O que você quer de mim?
- Nada, só puxar papo... Não é sempre encontro um morto-vivo ensangüentado tomando uma garrafa de vodka.
- C-como assim? Você é maluco?
- Bem, se tu não ta afim de conversar...
- Mas como você sabe?
- É difícil de explicar, mas eu sei várias coisas...
- E tu sabe como isso acontece?
- Sei o trivial... Asteróide estranho bate na Terra, lixo tóxico do exército, macaco das florestas da Nova Zelândia... Tu não sabe como ficou assim?
Aquela conversa alucinava a mente de Marcos cada vez mais. Acabara de levantar do túmulo, matar três pessoas e tinha encontrado o sujeito mais nonsense da face da Terra:
- Então ta, se não quer falar...
- N-não, calma aí... Eu ainda estou digerindo isso tudo. Cara, em menos de duas horas várias coisas bizarras aconteceram comigo... Puta que pariu... – levou a mão a cabeça e tomou uma golada de vodka:
- Ah, eu sei como..... BLAM!!!
Subitamente, irrompe porta adentro um homem forte, com uma cruz de metal pendurada no pescoço, uma máscara de esqui e uma escopeta calibre 12:
- Onde está ele??? Onde está a cria de Satã???
O barman, imediatamente, sacou de uma pistola sob o balcão e atirou contra o homem. O tiro atravessou-lhe o braço direito e fazendo-o recuar dois passos. Porém, isso não o fez parar e disparou no barman, espalhando sua cabeça por todo o bar:
- ONDE ESTÁ VOCÊ, DEMÔNIO!!!
“Meu Deus!!” – pensou Marcos – “Será que sou eu?!?! O que eu vou fazer!!!???”:
- Ah, por favor, até aqui??? – o sujeito que estava ao seu lado, levantou-se e partiu em direção do atacante:
- Vá se foder, desgraçado!!! Você e sua religião maldita!!! Você quer demônios? Que tal esse?
Nenhum movimento foi feito. O tempo parecia parado. As pessoas dentro do bar estavam completamente atônitas, somente Marcos parecia se mover. Quando o chão em frente ao homem começou a se abrir, Marcos não acreditava nos seus olhos. O homem com a escopeta parecia apavorado e aparentemente havia iniciado uma oração. O chão continuava a se abrir e ele não conseguia mover os pés que, lentamente, começaram a, literalmente, ser tragados terra adentro, por mãos invisíveis:
- AAAAAHHH Pai nosso que estais no céu...
O sujeito do bar, pegou a garrafa de vodka, quebrou-a no balcão e caminhou lentamente na direção do homem:
- Cala essa boa, imbecil... Você acha que tem alguma moral pra falar o nome do seu deus assim? Não conhece os “mandamentos”?
- P-p-p-por favor, n-não faça...
Enfiou a garrafa quebrada boca adentro do mascarado. O sangue jorrava pela máscara, enquanto ele continuava:
- Você acaba de matar um homem... Será que “não matarás” não significa algo pra você?
E o homem continuava a berrar enquanto tirava a máscara e revelava uma face tatuada com uma cruz estilizada e seu maxilar inferior solto, banhado em sangue fresco. A terra continuou tragando-o até que, na altura da genitália esta se fechou, cortando-o ao meio.
Marcos assistia a tudo aquilo, horrorizado. As outras pessoas ainda estavam petrificadas, como que enfeitiçadas por alguma coisa:
- Merda, vou ter que beber em outro lugar...
Voltou ao banco, pegou o casaco e foi para a porta do bar, passando sobre o meio-corpo jogado no chão. Saiu do bar e após alguns segundos voltou:
- E você? Vai ficar aí ou vai vir comigo?

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Será o Marcos?

13 janeiro, 2007

Devaneios...

Zombando da atmosfera eu salto. Me lanço em direção ao espaço ficando uno com o ar que me cerca, cavalgando pelos ventos, enquanto lâminas cortantes de vapor d’água invisível cortam meu rosto. A sensação é extasiante e, depois de alguns segundos, vislumbro que o salto se tornou um vôo conciso e constante. Navegando pelos ventos uivantes (usando metade de um título de um livro antigo) sinto-me livre de todo grilhão imposto na juventude. A visão do mundo abaixo de mim diz que o comando me pertence e que nada pode me deter na busca pela verdade adquirida por cada ser humano presente na face da Terra. Continuo a voar, enquanto sobrevôo bairros conhecidos, casas de namoradas, de amigos, pontes, rios... Cada vez mais me aproximo do Sol. O grande astro, o Rei!!! A força vem dele, a divindade faz parte dele. A claridade aumenta a medida que me aproximo. Me lembro das aulas de ciências, onde os professores diziam que o sol ficava a muitos anos luz de distância. Subo, e continuo subindo, quando uma dor lancinante toma meu corpo. A queda é inevitável e minha mente se descontrola. Todos os anos de histórias em quadrinhos não me ajudam, pois a dor aumenta gradativamente e a preocupação com a aproximação do solo se agrava. AH, MEU DEUS!!!

Acordo com luzes... Três, para ser mais preciso... Pergunto o que está acontecendo, mas de minha boca surge apenas um misto de saliva e sangue. Alguém limpa meu rosto e sinto um corpo estranho que percorre meu interior, desde a glote até o pulmão. A conversa gira em torno de uma casa de praia que precisa de reformas e mesmo assim foi uma pechincha. Alguém fala algo que não identifico e várias pessoas olham nos meus olhos.

Volto pro mundo real!? Talvez. Não sei mais o que é válido. A fome de viver é enorme e eu grito. Grito como um felino acuado e ferido, temendo pela vida. Alço vôo novamente. A aceleração se torna uma constante estranha. Temendo pela velocidade da luz, controlo-a e resisto a esses impulsos. A luz se aproxima e ainda não compreendo o sentido da situação. O que fazer? Serei eu onipotente aqui? Perguntas filosóficas surgem, vêm e vão como cerveja no estômago de um alcoólico. Maldita luz!!! Tento de afastar, mas ela me suga, como uma buraco negro...

1...2...3.. tzzzzzzz... Afffff.... Três luzes, muitos olhos... O QUE ESTÁ HAVENDO??? Mais sangue e pus. O alívio é quase palpável. Ouço algo a respeito de um acidente e de um político. Felicidades, presentes, melhoria de vida... Outrem irrompe o recito... BLAM, BLAM, BLAM, BLAM... mmmmfmfmfffff mmmmffffm mffffff....

-Tá me ouvindo agora, filho da puta!!! Você matou meu filho e mais 15 pessoas num ponto de ônibus... Todas mortas, porque o serviço público de saúde não consegue salvar ninguém, enquanto você está aqui, sendo salvo por estes 5 médicos. Vai pro inferno!!! BLAM... BLAM...

08 janeiro, 2007

Cicareca e o Bambu

Era uma vez uma menininha sapeca, que só queria ficar famosa, aparecer na televisão e fazer sucesso. Ela tentou ser modelo “no estrangeiro”, com pouco sucesso, afinal era apenas mais uma numa multidão anoréxica ambulante. A boquinha pequena se sobressaía, mostrando que além de bonitinha, ela poderia “praticar felação???”... que nada, poderia pagar um boquetão show de bola pra qualquer um.
Isso não a satisfez... Era muito pouco... Precisava de mais e mais significava se misturar com algo que nunca sai de moda... Que tal futebol? E foi o que fez. Arrumou um namoro com um dos mais badalados, daqueles com dentes grandes e cara de idiota. Engravidou? O Fulano não entendia, pois ainda não tinha metido, mas mesmo assim levou numa boa. CASOU!!! O evento do ano, imbecis de plantão ficavam encantados com a cerimônia enquanto a menininha expulsava de sua festa uma ex do Fulano de Tal da Silva (que depois da expulsão foi cinco vezes mais procurada pelas agências de anoré... digo agências de modelo).
De repente, o fim do casamento... Fulano de Tal tava comendo outra num motel pertinho de casa (lembra que a menininha não dava pra ele?) e esse foi a derradeira canção do “viveram felizes para sempre”. Mas isso não era problema, pois a menininha, agora totalmente exposta a mídia, tinha 1001 contratos e ainda apresentava um programa na EMETEVÊ. Foi quando aconteceu o “inacontecível”. Numa de suas festinhas, regadas a dobradinha, feijoada, farinha e brê, a menininha saiu com o namoradinho novo e foi “perder???” a virgindade numa praia, dentro d’água, com um namoradinho novo. Depois de muita tchaca tchaca na butchaca e “me fode, fdp” os dois voltaram para os outros “farinhentos”, como se nada tivesse acontecido (a não ser pelo creme rinse no cabelo dela).
Outro dia se vai, mais um dia procurando pornografia na internet, a menininha assiste um vídeo legal, onde um casal transa gostoso nas águas deslizantes de uma praia européia. “Olha só que burros, nem sabiam que estavam sendo gravados...” e chama o namoradinho pra ver. Esse, com uns 3 ou 4 neurônios a mais, nota as semelhanças e percebe que são eles mesmo, no dia da farinha...
Puta da vida (pela primeira vez puta por esse motivo) resolveu “entrar na justiça”, como qualquer brasileiro. A justiça brasileira (como não tem nada melhor pra fazer) resolveu cortar o mal pela raiz e inibir o acesso dos internautas brasileiros ao site onde estava hospedado o vídeo comprometedor.
Era uma vez uma menininha sapeca, que só queria fazer sucesso e FODEU com o acesso de muita gente num ambiente que até esse “processo?” era o único onde todos tinham liberdade de ir e vir...

FIM

Ah sim... E o bambu? ENFIA NO CU DE TODO O MUNDO QUE BABA O OVO DESSA FILHA DA PUTA!!!


Boicotando a cadela!!! Clica aqui ou eu te mato com o mangual!!!