Daniel estava completamente bêbado. Na verdade para descrever seu grau alcoólico, “completamente” era uma palavra branda. Marcos bebera bastante, mas algumas cervejas para um “morti viventi” apenas o deixavam ligeiramente embriagado. James se aproximou da mesa e ofereceu o bar para que os dois dormissem, sendo prontamente não aceito por Daniel:
- Não, meu camarada... Brigado, maish eu vô pra otro lugá... Meu amigão aqui me achuda, né não, Marcos?
- Pode crer, Daniel... Deixa quieto, James, eu levo ele pra casa.
Daniel levantou-se e acompanhou James até meio caminho do balcão:
- Tu sabe onde ele mora? – sussurrou Daniel.
- Não... Nunca me disse. Ele quem sempre apareceu aqui. – respondeu James com um sotaque irlandês proeminente.
- Espero que ele me diga... Vamos nessa, Daniel?! Quanto eu te devo?
- Nada... Bons amigos do Daniel são meus bons amigos. Venha quando quiser, Irish Bison é a nossa casa. – e com um forte tapa nas costas, despediu-se de Marcos.
Se aproximando da mesa, notou que Daniel bebia do último copo, vazio:
- Vamos lá, seu bebaça...
- Neim a saidera?
- Mais uma? Vambora, Daniel....
E saíram os dois... O bêbado semi-escorado no quase sóbrio, foram caminhando pela rua quase vazia. As poucas pessoas que ainda estavam fora se encaminhavam para suas casas, muitos bêbados. Era madrugada e uma fina garoa marcava a calçada. À medida que caminhavam, pequenas gotículas de água se formavam sobre seus casacos e Marcos se viu perdido em seus pensamentos, ainda tentando imaginar algo mais estranho do que seu dia. Ouviu um soluço baixo vindo de Daniel e pensou – “que ótimo, soluçando agora”
Obs.: Retomando de onde parei... Peço perdão a Isaac Asimov por copiar o nome anteriormente.
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