22 agosto, 2008

Imperior Drakoni - parte 2

A cidade-estado capital de Imperior ficava localizada a pouca distância do espaço-porto terráqueo. Suas belíssimas torres de rocha calcárea e vidro se avolumavam majestosamente por entre as nuvens e o palácio real era facilmente identificável, no centro da cidade. Bolthagar achou estranho não ter uma recepção mais calorosa por parte do pai, pois este, mesmo com seus atritos, o consagrara herdeiro legítimo do trono. Apenas os cidadãos comuns, quando o reconheciam, davam boas vindas.
À medida que se aproximava do palácio, observava que cada vez menos drakonianos comuns eram vistos nas ruas e mais soldados circulavam. Uma tropa aproximou-se voando e o abordou de forma abrupta:
- Não deve se aproximar do Palácio de Drakon!
- Mas... Sou eu, Bolthagar. Acabei de chegar.
- O herdeiro! Perdão, senhor, mas temos ordens expressas do próprio imperador de manter a população afastada.
- Algum motivo?
- Nada nos foi informado, senhor. Faremos tua escolta até o palácio, se nos permitir?
Bolthagar não discordou e continuou seu vôo, agora acompanhado. No deck de pouco, pôde avistar o conselheiro Prior, grande amigo de seu pai e detentor das leis de Drakonis. Era conhecido pelo senso de justiça apurado e pela memória eidética, sendo que nada lhe escapava. Escamas brancas reluzentes formavam um estranho conjunto losangular que partia de sua fronte até a metade de suas costas, tornando-se azuis a medida que se afastavam da origens, revelando idade um pouco avançada. Seus olhos diminutos era dourados, dando-lhe um ar quase oriental, comparando com padrões humanos.
Seus braços abertos, em sinal de alta estima, denotavam a boa recepção que Bolthagar esperava ao chegar. Este pousou, recolheu as asas, curvou-se perante seu amigo, esse o maior sinal de respeito na cultura drakoniana, apenas para ouvir:
- Levante-se, Bolt. Dê-me um abraço.
Ergueu-se e abraçou seu amigo. Bolthagar a muito transformara Prior em seu confidente e este ajudara o herdeiro a preparar sua viagem, convencendo Drakon que o conhecimento adquirido pela filho seria usado em prol do império. Prior retribuiu o abraço, com um sorriso discreto, e Bolthagar notou que algo estava errado...

19 agosto, 2008

Slyshire 4 - Um ano no futuro, parte 1

Sim, tive que dividir em partes, estava realmente ficando muito grande. Ainda não tenho previsões da quantidade total de partes dessa série no futuro. Dêem um feedback, please, pra eu saber se vale a pena seguir essa linha :)

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Ela adentrou o hall vazio e obscuro com passos rápidos, olhando fixamente para a porta ao fim do corredor. A expressão era fria, calculista, mas com uma pequena faísca de raiva - ou seria ódio? Sua determinação era tanta que o segurança ao lado deixou-a passar sem questionamentos: era mais do que óbvio, aquela só podia ser ela.

Abriu a porta sem bater e continuou o ritmo de seus passos até estar frente à mesa onde o grande líder aguardava. O antes imponente e invencível agora parecia acabado, como se a idade o atingisse inteira de uma vez só. As olheiras e a expressão de rendição o faziam parecer apenas um idoso sentado em uma cadeira de luxo.

- Jill, é bom ver você novamente. - ele praticamente sussurrava, com uma voz rouca.
Ela deu um breve sorriso, discretamente.
- Bom ver o senhor também, especialmente ainda vivo.
- Conte-me as novidades.

O confinamento, na verdade, não fazia bem para ninguém por ali; mas as preocupações que ele tinha o faziam ser o mais afetado. A antiga Slyshire já não existia, com um saldo de dois prefeitos mortos além de todos os civis, e já não havia mais motivo para cargos e importâncias. Era o escolhido apenas para liderar o caos que não podia ser liderado, e tentar manter seguros os que ainda estavam vivos.

Jill era uma das poucas que se oferecera para ser uma defensora. Os defensores, na verdade, nada tinham deste nome - já que toda a população restante já estava isolada, e o que realmente faziam era atacar. Jill gostava da idéia de chamar os defensores de guerreiros dos mortos. Anthony, o líder, preferia chamá-los de loucos. Loucos necessários, porém - o que conseguissem matar daquelas criaturas era sempre bem-vindo. Jill era a única mulher dos três defensores que a área norte tinha; os tiros de Rex, o mais velho, eram audíveis de tempos em tempos, e Max, o mais novo, estava agora na área oeste. Não era nada simples, mas os dois irmãos pareciam se divertir com a matança. Rex costumava dizer que não se imaginava mais sem a adrenalina da nova profissão, depois de anos parado apenas sendo um funcionário comum na frente de computadores.

Os tiros de Rex soaram mais uma vez, agora próximos ao prédio: sinal de que ele provavelmente estava esperando por Jill. Ela se inclinou sobre a mesa, tentando ficar mais próxima de Anthony e mais distante dos ouvidos do segurança novato e extremamente nervoso que se encontrava ao lado da porta.

- Acredito que, pela proximidade do ruído dos meus tiros e de Rex, o senhor já tenha notado de que algumas criaturas andam se aproximando daqui novamente. Max percebeu há dois dias, nos limiares da rodovia, que grande parte deles está chegando do oeste. Estamos temendo que as defesas da área oeste estejam abaladas.

- Certamente, há algo de errado - respondeu Anthony - há dois dias não recebo comunicação por parte de Felson.

Ao dizer isso, apontou para o aparelho comunicador que os quatro líderes usavam para comunicar a situação de suas áreas aos outros.

- Max viajou para lá ontem para tentar contatar aquele defensor da oeste que costuma ficar próximo aos antigos jardins. Senhor, devemos temer o pior. E é com base nas piores suposições que venho até você agora. Se a ala Oeste precisar realmente de ajuda, a lógica nos diz que nós três seremos necessários por lá. Isso deixaria nossa área desprotegida.

A expressão de Jill era fria, mas a preocupação era aparente.

- Sei do que precisas, minha querida. Mas observe o meu redor - os civis que protejo estão tomados pelo terror. E até mesmo meus seguranças tremulam ao pensar em enfrentar um daqueles monstros. Ninguém é voluntário, e não posso forçar pessoas na condição que estou. Que todos estamos. A área norte está sem defensores além de vocês e não posso fazer nada agora para mudar isso.

Jill olhou Anthony nos olhos longamente. Levou alguns segundos para decidir que falaria o que estava pensando.

- Senhor, Brenan me parou no corredor para cá mais uma vez. Ele realmente deseja estar conosco. Nossa necessidade é grande.

A expressão de Anthony se endureceu.

- Ele é jovem demais! Inexperiente demais!

- Entendo, senhor. Mas não temos posição para escolhas. Ele pode ser treinado comigo, pessoalmente, e cuido dele até que seu treinamento esteja completo. Em minha suposição, ele nos acompanharia enquanto Rex defende o que temos aqui. Ainda estamos numa certa calmaria que nos permite pouca defesa. Caso o problema no oeste seja tão grave quanto imagino, em breve teremos sérios problemas por aqui também.

Anthony se manteve silencioso. Não tinha argumentos contra, já que Brenan passara dos dezessete anos e Jill tinha toda a capacidade necessária para treiná-lo. Com um suspiro, se rendeu, abaixando os ombros.

- Ok. Ele é todo seu. Vá para o oeste e deixe Rex por aqui como planeja. Mas antes, aguarde o retorno de Max. Precisamos ter certeza do que estamos arriscando.

Jill agradeceu com um sorriso leve e se levantou, já caminhando apressadamente para a porta. Quando já estava quase no corredor, Anthony pediu, com a voz fraca:

- Por favor, Jill. Cuide bem dele. Não sei se meu coração suporta perder outro filho.

11 agosto, 2008

Justiça Popular

"O... O que aconteceu? Onde estou? Ai minha cabeça..." - quando se retorna do limbo da inconsciência, geralmente esses pensamentos clichês são os primeiros que passeiam pela cabeça das pessoas, principalmente quando essa pessoa desperta numa escuridão total e, aparentemente, atado a uma espécie de cadeira após ser atacado por um instrumento de contusão na cabeça:
- Eeeei!!! Onde eu tô? Tem alguém aí??? Me solta, SOCORROOOO!!!
Notou que sua respiração era difícil e puxou o ar com força; um pouco de sangue coagulado de seu nariz quebrado entrou faringe adentro, fazendo-o tossir:
- Meu Deus... O que aconteceu comigo? Quem está aí, SOCORROOOOO!!!

- Pode-se ver que acordou... - uma voz na escuridão.
- Quem... Quem é você? O que quer comigo?
- Você já deve ter notado que não está em posição de exigir nada... Sua vida está nas mãos de outras pessoas...
- QUE? COMO...
- Silêncio... Quando for tua vez de falar você será avisado. Conheço tua história. Sei o que eventualmente representa pra tua família e pra sociedade. Puritanismo e regrado fazem parte de sua vida...
- Tu sabe com quem tu tá...
Um tapa é desferido violentamente contra o rosto do indivíduo preso, fazendo-o expelir mais sangue e sentir muita dor. Seu nariz estava quebrado e o ferimento fôra novamente aberto:
- Eu te avisei... Continuando, sua família sempre o mimou e o tratou como sucessor de um dos maiores defensores dos valores humanos de nossa sociedade. Investiguei teu pai... Apesar de alguns absurdos, somos um pouco parecidos. Ele tem soluções interessantes para determinados assuntos. Eu cumpro determinadas soluções. Ele me taxa de bandido, ou "meliante", como ele prefere e diz que um poder paralelo e não autorizado pela sociedade deve ser extirpado. Infelizmente, não é o que acho. Não precisei ir muito longe para saber de você o que já era bem comentado por muitas pessoas. Apesar do berço de ouro e de todas as oportunidades, você contribui para um poder paralelo, que é muito pior que eu...
- Minha nossa Senhora... Você é o Zero...
- Pessoas como você me fazem perder a paciência...
Um som de fita adesiva sendo desenrolada é ouvido e o sujeito é amordaçado, segundos depois:
- Achei que fosse ao menos educado... Esse poder paralelo que você financia mata pessoas cruelmente. Com a ajuda do seu dinheiro. Do dinheiro que teu pai te dá, pra tua diversão. Vê a ironia? O dinheiro que ele ganha por fazer comentários jornalísticos contra a violência urbana, financia essa violência...
Um choro abafado começa a ser ouvido:
- Vê a hipocrisia? Sei como se comporta quando está com os seus... Sei que anda pensando em carreira política... Acha mesmo que tem condições de representar o povo? Ou ai usar o nome de tua família pra se auto-promover e depois esquecer das pessoas que te ajudaram...? Enfim, não vou entrar em detalhes...

As luzes repentinamente se acendem e ofuscam o filho de Paul Crates, John. Sua visão, um pouco turva pelas lágrimas e pela luz vão aos poucos se adequando à condição. Olhando em volta ele percebe corpos no chão, corpos de alguns dos traficantes de drogas que eram seus fornecedores, aparentemente mortos, pois sangue também era uma constância. O terror toma conta de seu semblante, quando de trás dele surge um sujeito corpulento, com uma camisa preta, calças jeans, luvas e coturnos. Sua face se esconde numa máscara de tecido, com óculos escuros de mergulho cobrindo seus olhos. A fita adesiva é violentamente retirada de sua boca e este respira ofegante, quase hiper-ventilando:
- Por favor, não me mate...
- Não vou te matar... Você alimenta o poder paralelo e não faz parte direta da situação... É assim que gosta de pensar, não é mesmo? Não... Bem que gostaria... Mas, não hoje. Vou te apresentar uma pessoa. Entre Jeremias...
Nesse momento, entra por uma porta, antes não notada por John, um rapaz negro, vestido como rapper, com o rosto coberto de lágrimas, aparentando ter seus 17 anos de idade:
- John, este é Jeremias... Ele mora na vizinhança onde tu adquire teus produtos. Acho que você é um sujeito bem informado e sabe que uma pequena guerra civil acontece naquelas redondezas, por disputa de pontos e locais de vendas de drogas. Num tiroteio acontecido a algumas semanas, a mãe e último parente vivo de Jeremias foi morta por uma bala perdida, enquanto voltava do trabalho... Jeremias deu sorte, pois as aulas haviam terminado mais cedo naquele dia e ele voltara antes, não junto com sua mãe... Enquanto estudava para o vestibular ouviu o tiroteio, se escondeu e após o fim do conflito saiu para procurar a mãe, encontrando-a, já morta, a uma quadra de casa. Jeremias não tem outros parentes. Seu irmão mais velho morrera meses antes, enquanto trabalhava pras mesmas pessoas que provavelmente mataram sua mãe agora... Pois bem, eu não vou fazer nada contigo. Vou deixar a cargo de um cidadão de bem... Alguém que teu pai grita na TV como “baixa de guerra”...
Zero saca uma arma, uma pistola 380 e entrega a Jeremias:
- Toma... Faça o que quiser...
E se afasta dois passos para trás:
- P-por favor, Jeremias... Olha, eu não tive culpa... Sou um viciado, preciso de tratamento... Na-não me mata, cara... Eu posso te ajudar, te dar dinheiro...
Enxugando as lágrimas, Jeremias diz:
- Cara... Por que tu faz isso? Tu tem dinheiro! Tu tem família, mora num lugar bacana, com gente bacana em volta... Era pra eu estar na tua situação. Nasci fudido, sem pai... A mãe trampava direto pra trazer grana pra casa... O mínimo que eu fiz foi estudar... Por que tu fez isso...?
E apontou a arma pra cabeça de John:
- Não!!!! Cara, por favor... O-olha, eu sou viciado, não faço porque quero...
- E alguém te obriga, filho da puta?!?! HEIN?? Alguém te ameaçou e mandou tu usar drogas?!?!? É por causa de gente como você que o mundo tá uma bosta. É gente como você que arma um monte de guerra e engana um monte de soldado dizendo que é patriótico morrer longe de casa por causa de petróleo... Cara, tu vai morrer!!!
- AAAAAHHHH!!! – choro desesperado – Não faz isso, Jeremias... Tu quer ficar igual a ele??? Matar todo mundo que acha que tá errado...?
- Prefiro gente como ele viva do que você... – e força mais um pouco a arma na têmpora de John.
Segundos depois, um soluçar é iniciado e Jeremias chora novamente... E lentamente abaixa a arma...:
- Eu.... Eu não consigo...
Zero diz:
- Tudo bem, Jeremias. Isso apenas prova que você é uma pessoa de bem. – e pega a arma da mão do rapaz – Bem, John... Viu o que é bondade? Viu o que é consciência? Pensamento humano? Pense bem sobre isso...
E caminha em direção à porta, levando Jeremias consigo. John desesperado, chora baixo, rezando por não ter morrido. Barulho de outras portas, mais distantes, são ouvidas e depois, o som de um carro partindo. John sabe que tem que pensar num jeito de sair dali, mas continua a chorar, pensando no que poderia fazer para não acontecer isso novamente, enquanto a necessidade por outra dose também chegava. Ouviu passos se aproximarem. Zero entra pela porta:
- Refletiu sobre sua vida? Infelizmente, pra você, eu não sou boa pessoa como Jeremias...
- POR FAV...

BLAM...

Noticiário Justiça Popular:
Corpo de John Crates, filho de Paul Crates, famoso jornalista de outra emissora é encontrado morto com um tiro na cabeça em beco no centro baixo da cidade. Ele foi encontrado coberto de cocaína, em meio a uma poça de sangue e um bilhete com um endereço nas docas. Chegando no endereço escrito a polícia encontrou os corpos de 5 traficantes de drogas procurados e que, de acordo com as investigações, participavam da guerra por locais de tráfico no bairro de Mundo Novo. Nossas condolências a Paul Crates e família.

Ps1.: "hiperventilar" é uma coisa que só americano faz... Por que não?
Ps2.: Me desculpem pelo tamanho, mas se eu dividisse, perderia o sentido.

05 agosto, 2008

Arte? Onde?

O que é arte? Por que caminhos galgam o conceito de arte? De minha parte o entendimento e desenvolvimento da arte foi completamente deturpado. Acredito que estamos numa época onde a arte não é mais para o ser humano e sim para alguma criatura que ainda não sei qual é. O Modernismo e a chamada arte contemporânea afastou a arte do povo. Em tempos antigos isso era feito pela força... Vou me explicar. Somente a nobreza e, posteriormente, a burguesia tinham acesso a ela, sendo que após o surgimento dos mecenas, ela se tornou objeto de comércio. Não questiono o comércio da arte, afinal, é um produto de manufatura, com um valor de "beleza" (para "beleza" entende-se "coisa bonita")agregado ao trabalho do artista. Num mundo onde passes de jogadores valem grandes fortunas, a arte deve sim fazer parte do comércio. Questiono o valor da arte moderna e contemporânea.
É dito que a arte deve explorar o sentimento humano, trazendo à tona todo e qualquer tipo de sentimento, desde o alívio, até o asco. Será esse mesmo o papel da arte? Vou contar uma pequena histórinha (com acento mesmo)... Fui a Bienal do Mercosul, em Porto Alegre a alguns anos atrás. Me embebedei antes e durante a viagem, sendo que a diversão imperava em minha mente. Chegando ao lugar me deparei com um conjunto de obras que não entendia e pior, fomos acompanhados por uma guia que explicava todas essas obras, dizendo que experiência o pretenso artista queria "passar" com tal obra. Fui ficando sóbrio e as coisas simplesmente foram perdendo a graça; quando entrei tudo era meio engraçado e depois se tornou um bando de porcarias mal formuladas e ocupando espaço útil nos lugares em questão. Pra finalizar, fui embora beber mais...
O que quero dizer com isso... Obra que arte que precisa de explicação? Bonecos mal feitos de chocolate? Um monte de areia sendo movida por uma máquina? Sejamos francos, isso porque falei dos menos piores... Onde está a arte, num mundo onde um guri de 4 anos pinta quadros que valem 15 mil dólares? Ou um elefante pinta quadros? Ou um imbecil amarra um cachorro e deixa esse morrer de fome e DIZ QUE É ARTE??!?!
Creio que a arte, nos tempos áureos da bela arte, tinham o papel de trazer um pouco de beleza ao mundo, fazendo as pessoas simplesmente gostarem dela... Quer ficar revoltado, não vá numa galeria de arte, ligue a TV... Veja quantas pessoas morrem por irracionalidade religiosa ou violência urbana (para ficar mais próximo de nós, brasileiros). Veja, enquanto países discutem subsídios e quem polue mais que quem, crianças morrem de fome em algum buraco longínquo da África. Isso tinha que revoltar e não uma obra de arte!
Enquanto isso o povo tem que se contentar com a mídia de massa, atochando goela abaixo as novelinhas inofensivas e pagodinhos amigáveis... Benditas sejam as orquestras sinfônicas e filarmônicas que ainda resistem e, vez ou outra, tocam em alguma praça ou local público (somente grandes centros, cidades menores que se danem).
Pra finalizar, não sou santo... Ouço música ruím e bebo demais, mas sou um privilegiado, pois conheço o que poucos conhecem e tenho opção. Direito de escolha. Posso dizer o que presta e não pra mim, vendo a arte do meu modo e analisando como quero e acredito que a arte deve se aproximar do povo... Abaixo a arte contemporânea...