27 março, 2008

Pobre Coelho.



Criação do meu amigo, o internacional Antonio Calomeni e seus camaradas da Weekend Productions. Parece coisa do RC... Entrementes, muito orgulho dessas filmagens, a segunda pelo que sei (a outra está postada mais abaixo). COLÔNIA DE MARTE THE 13TH... Quem sabe?

Reator do Proletariado - Gênese parte 2

Quando criança, um sonho perseguiu Mikhail por algum tempo. Nathalia era a menina mais bonita da escola, pelo menos a seus olhos e, nesses sonhos, ele tentava conversar com ela, sempre sendo ofuscado por algo que não sabia o que era. Uma luz extremamente brilhante fazia com que desviasse o olhar, sempre que tentava fitar algo a sua frente. E acontecia quando ela chegava... Mikhail não entedia o por que. Depois de algum tempo, começou a acreditar que o motivo seria a imagem que ele fazia da menina. Sendo isso ou não, a verdade não demorou a aparecer. A janela entreaberta de seu quarto deixava os raios de sol baterem exatamente nos seus olhos, criando essa sensação estranha em seus sonhos.

O despertar foi como o sonho. A sensação de "deja vu" inevitavelmente aconteceu, apesar da nebulosidade mental do momento. Não conseguiu abrir completamente os olhos e usou as mãos para se proteger. Reclamou como uma criança que acaba de acordar pela manhã e esperou até que seus olhos se acostumassem à luminosidade. Quando pôde abrir os olhos, visualizou o céu aberto de um dia ensolarado. Pensou no que estaria fazendo dormindo em campo aberto, mas essa era a menor de suas preocupações. A principal ainda não lhe ocorrera.

Olhou para os lados, procurando algo conhecido. E só viu o céu. A situação estava cada vez mais estranha, beirando a bizarrice. Por que se deitaria em um lugar tão alto? Apoiou as mãos para poder levantar-se... Apoiou? Onde? Quando olhou para baixo o pavor tomou conta dele ao perceber que o leito confortável onde descansava era o próprio céu. Como que num desenho animado de um certo pássaro veloz e seu algoz coiote pôs-se a cair! Lembrou-se remotamente de ter sentido algo semelhante anteriormente, algo a ver com trampolim e piscinas, mas nunca assim. Não conseguia gritar, apesar de sentir suas cordas vocais em um movimento frenético em sua garganta...

Após dois minutos de queda, nada mudou. A aceleração da gravidade não ajudava muito e o misto de terror, frio e velocidade exagerada o fizeram desmaiar.

Naquele dia, sismógrafos de Novosibirsk, capital da Sibéria, registraram um tremor de terra de 5.4 graus na escala Richter, 150 km ao norte.

13 março, 2008

Reator do Proletariado - Gênese

Imagine um motor à explosão. Daqueles que se usam nos carros. Poucos sabem como funcionam, sendo que não é algo muito complexo. É chamado erroneamente de “à explosão”, pois todos acham que o movimento se dá pelas explosões internas, quando na verdade, acontecem por aumento e diminuição de pressão, sendo seu nome real motor de combustão interna, mas como o termo “explosão” agrada mais aos olhos, fiquemos com ele. Internamente, para que hajam as explosões, necessita-se de combustível e oxigênio. É de conhecimento geral que quando a energia gerada pela reação química da explosão é convertida em energia mecânica, que faz o veículo se movimentar, uma parte dela se converte em calor, ou energia térmica, aumentando a temperatura do artefato em questão podendo causar dano permanente. Para que isso não aconteça, vários artifícios refrigeradores podem ser usados, no caso dos veículos automotores: água e radiador. Calor sempre foi o grande vilão, tanto em máquinas a vapor quanto em eletrônica. Tudo necessita de refrigeração permanente e eficiente. Numa usina nuclear não haveria porque ser diferente.

Com energia nuclear a reação é menos macroscópica. Alguns isótopos de certos elementos apresentam a capacidade de, através de reações nucleares, emitirem energia durante o processo. É o caso do urânio, elemento mais usado nas usinas nucleares. Essa energia, devidamente trabalhada, é convertida em eletricidade. Refrigeração constante e controle permanente são essenciais para o bom funcionamento de uma usina. Dois erros...

Refrigerar algo que já está em colapso é redundante e perigoso, como tentar apagar um vulcão com milhões de litros de água. Mikhail era esforçado, mas seu conhecimento se limitava aos manuais. A alavanca que dispersava o aparato refrigerante no reator parecia a única chance de salvação. As paredes de concreto e aço da instalação pareciam tremer, não se sabe se pela pretensa explosão ou pelo pavor que tomava conta do operário. Aquele momento se tornou infinito.

Ser reconhecido como herói na União Soviética, ser condecorado pelo premier Gorbachev, voltar a Moscou, ser promovido a algum cargo no Kremlim, poder dar boa vida novamente a sua mãe... Esses pensamentos permeavam sua mente, fazendo seu coração se acelerar como nunca antes. Chernobyl era importante para o povo ucraniano e para toda a união e perdê-la seria o fim de uma era de desenvolvimento. Seu treinamento não simulou superaquecimento e não era sua responsabilidade, porem, ele era o único.

Tanto movimento cerebral em 2,54 segundos.

O topo superior do invólucro do reator literalmente alçou vôo, caindo a alguns quilômetros de distância. O governo soviético camuflou grande parte das informações pertinentes ao acidente, deixando milhares de pessoas a mercê da radioatividade, reescrevendo suas histórias de vida. Com Mikhail não seria diferente.

04 março, 2008

Ioga a lápis

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Lápis 8B

Novidades

Buenas... O Pilsen ou Bock está parecendo a Malt 90. Jogado de lado. Não vou pedir desculpas de novo. A novidade é que tem gente nova postando. Um grande amigo vai fazer parte desse conglomerado. SabbathBrand vai postar por aqui, continuando com a idéia inicial que é de mostrar trabalhos nossos (com poucas ressalvas). Longa vida ao Pilsen ou Bock e valeu.