30 novembro, 2006

Amo computadores

Conhecendo como me conheço sabia que a cerveja ía ajudar. O gelo do conhaque já havia derretido quando num lampejo de apego à vida acessei a internet. Ver uns e-mails, orkut, páginas preferidas antes da viagem pro outro lado. Que bosta de mundo, lágrimas escorriam enquanto o Outlook abria. Nada de novo: spams, piadinhas, propagandas, sexo... Engatilhei a arma, liguei a TV num programa sobre pessoas idiotas que fazem coisas idiotas e tentam salvar o mundo. Aquilo ficou ligado até lembrar que poderia ouvir música e mais um gole de conhaque aguado. “Eu não gosto de ninguém” começou a tocar, bem apropriado. Levantei, peguei outra cerva e enxuguei o rosto... Não estava quente, mas as lágrimas se juntaram a um suor que brotava da minha testa... Mais cerva e um acesso a um blog conhecido. Alguns scans, uma historinha legal e nenhum motivo... Peguei a arma e apontei pra cabeça... “Se essa merda mascar eu vou ficar muito puto...” foi o que passou pela minha cabeça... Transbordava de suor e iniciei um choro soluçado enquanto pensava e como cheguei ali. Fraco, distante e bêbado. Afastado de tudo, e mantendo todos assim... Abaixei a arma e cliquei no orkut. “Hahaha orkut...” Uma mensagem nova? Mais uma ninfetinha safada? Mais uma banda de reggae? Cliquei e arregalei os olhos. Um velho amigo de escola, me achou e mandou uma mensagem dizendo que sentia saudades e queria marcar uma bebedeira daquelas. Mais um?!?!?! Saquei o revólver, apontei pra cabeça, serrei os olhos e... BANG!!! Malditas balas com pouca pólvora... Como dói essa merda e ta sangrando pra caralho, ai... Apontei pro monitor e atirei... Maldita tecnologia (desmaio).

06 novembro, 2006

HAHAHAHAHAHA!!!!!!!



E olha que eu não sou de rir tanto...

Quer Cerveja??? ENTÃO TOMA!!!

Eu adoro cerveja, venero cerveja e sou um bom bebedor de cerveja. Cerveja só perde pra mulher e isso é fato. E se você quer uma cerveja da melhor qualidade, beba Eisenbahn. Eu sou usuário de Skol, pois é a que melhor une a questão custo-benefício, afinal não é muito cara e é uma pilsen gostosa. Mas tive que cair sob os encantos da Eisenbahn, e não só a Pilsen, como a Pale Ale, Weizenbier, Dunkel, etc, etc. Visita o site e beba a cerveja. Procure na sua cidade, compre pela internet, sei lá, se vira, mas experimenta e não te arrependerás!!!
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Obs.: não achei outra palavra pra substituir "experimenta"... mas esquece aquela bosta que usava esse termo como slogan...

Breve apanhado da história dos quadrinhos na Europa e nos EUA (até anos 80). - 3ª parte

A DÉCADA DE 40 E A RENOVAÇÃO POSTERIOR

PERÍODO DE 1940 A 1948.

Este período transcorre sob a influência da 2ª Grande Guerra Mundial, que provoca "grande agitação não somente nos quadrinhos, mas na vida de seus criadores" (Coupèrie, 1970).
Alguns fatos que desencadearam essa agitação foram:

1º) A proibição das HQ’s americanas em 1938 na Itália e posteriormente, na França, Alemanha e URSS, gerando uma série de imitações me¬díocres de personagens e histórias que haviam se difundido por toda a parte. Na Itália, em substituição a "Topolino", o rato Mickey, apareceu "Tuffolino", um garoto; na França não-ocupada, são prestigiados heróis nacionais como Duguesclin, Jean Bart, Jeanne D' Are, Montcalm, sem nenhum atrativo peculiar; na França ocupada, uma revista nazista, Le Téméraire (O Temerário), procura doutrinar seus leitores para o nazismo.
2º) Na França, organizações religiosas e escolares, confundindo todas as HQ’s com a proibição política que havia sido feita dessas mesmas histórias, opuseram-se contra toda e qualquer publicação de revistas de HQ. O partido comunista apresentou projeto de lei que visava a proibição de toda HQ estrangeira, projeto esse que foi rejeitado e retomado de forma mais suave pelos católicos, que criaram uma comissão de fiscalização das produções em quadrinhos em 1949.
3º) Problemas e obstáculos econômicos, tais como falta de papel e tinta, dificultavam a produção das HQ’s na Europa.
4º) Mesmo antes da entrada dos EUA na Guerra, e, até mesmo antes de se ter desencadeado o conflito europeu, alguns desenhistas já haviam tomado posição sobre a questão que eclodiria na Segunda Grande Guerra Mundial. Vêem-se, por exemplo, os heróis de Milton Caniff lutando contra os japoneses, o agente secreto X-9 perseguindo uma rede de espiões dirigida por um capitão alemão, outros heróis se enquadrando na RAF para combater os hunos, ou, de forma mais explícita, um Joe Sopapo lançando um veemente apelo para que os EUA interviessem na guerra e abandonassem sua posição de neutra¬lidade.
5º) Com a entrada dos EUA na Guerra, a 8 de dezembro de 1941, os desenhistas de HQ colaboraram com o governo americano, transfor¬mando seus personagens e suas histórias em verdadeiras armas de propaganda. Joe Sopapo, Jim das Selvas, Dick Tracy, Scorchy Smith, Charlie Chan, Tarzan, O Super-Homem, Terry e outros entraram em luta contra os japoneses, desfizeram intrigas inimigas, derrota¬ram espiões e sabotadores, estabeleceram bases secretas na África, enfim, tomaram parte ativa na Guerra.
6º) Além das HQ’s destinadas aos civis, muitas delas foram especialmente dedicadas aos militares, verdadeiras sátiras narrando acidentes e peripécias da vida militar como Private Breger, como G. I. Joe de D. Breger, ou Sad Sack de George Baker, que tiveram grande su¬cesso tanto na frente de guerra como na retaguarda. Milton Caniff foi chamado para produzir uma história especialmente para os "G.I's", e então criou Male Calt com Miss Lace, como heroína, uma garota pouco tímida e pouco vestida que se entregava a aventuras inocentes com os militares. Para dizer da popularidade de Miss Lace, basta lembrar que sua imagem foi encontrada em vários acampamentos mi¬litares ao lado das fotos de Rita Hayworth e Lana Turner.
7º) Alguns desenhistas, afastados de suas funções para se alistarem nas forças armadas, interromperam sua produção. Esta foi entregue a outros desenhistas, nem sempre tão talentosos. É o caso de Bert Christman, um dos desenhistas de Scorchy Smith, e de Alex Ray¬mond, criador de Jim das Selvas e Flash Gordon.
8º) Mesmo depois de cessada a Guerra, que custou 30.000.000 de vidas humanas, a situação de declínio das HQ’s não melhorou tão rapida¬mente. Havia um "certo constrangimento dos humoristas em serem engraçados", o que é muito fácil de se compreender.

Sob a influência desses fatores é que as HQ se desenvolveram de 1940 a 1948, o que torna sua evolução nessa fase bastante lenta e bem menos explosiva do que no período anterior. Pode-se ver a seguir, em síntese, o que emergiu desse período tormen¬toso, além da utilização dos heróis para a causa militar.

- 1940 – Criação do Capitão Marvel (SHAZAM!) na Fawcett Comics. A sabedoria de Salomão, a força de Hércules, a resistência de Atlas, o poder de Zeus, a coragem de Aquiles e a velocidade de Mercúrio compunham o conjunto de personagens mitológicos que alimentavam de poder o jovem jornaleiro Billy Batson, quando este pronunciava a palavra SHAZAM!
- Das mãos de Joe Simon e Jack Kirby, nasce o Capitão América. No auge da Segunda Guerra Mundial, editores da Timely Comics (atual Marvel Comics) tiveram a idéia de criar um supersoldado que simbolizá-se o sentimento de patriotismo que crescia com a cada vez mais com a aproximação da entrada na guerra pelos EUA. Assim, Steve Rogers, um jovem franzino, voluntário das forças armadas, foi escolhido para participar do Projeto do Supersoldado, sendo o primeiro e único. Sua arma, um escudo, seu uniforme, a bandeira, seu lema, a liberdade. O Capitão América foi usado como influência para o alistamento voluntário de jovens, quando da entrada dos EUA na guerra.
- Nasce Carter Hall, o Gavião Negro. Reencarnação de um príncipe egípcio antigo, combate o crime usando asas emplumadas, uma máscara com bico e uma maça.
- Joel Ciclone aparece pela primeira vez. Trata-se da primeira versão do Flash, o maior velocista do mundo dos quadrinhos. Após inalar um conjunto de produtos químicos, Jay Garrick adquire seus poderes.
- Surge o primeiro Lanterna Verde. Alan Scott adquire com um alienígena um anel que pode materializar pensamentos.
- O primeiro grupo de heróis dos quadrinhos é formado: A Sociedade da Justiça, formado por Flash, Lanterna Verde, Gavião Negro, Átomo, Espectro, Homem-Hora e Sr. Destino.
- 1941 – Surgem Mulher Maravilha e Aquaman. Ela é uma embaixadora amazona, que luta pelo bem usando um laço mágico e um jato invisível e ele um filho de cientista treinado para sobreviver debaixo d’água.
- 1942 - Aparecem as já citadas criações: “G. I. Joe”, “Sad Sack” e “Male Calt”.
- Alfred Andriola, o criador de “Charlie Chan”, lança “Kerry Drake”, um detetive que vive aventuras inverossímeis.
- Crockett Johnson produz “Barnaby”, um garoto de inteligência viva, que habita um mundo fantástico de elfos, gnomos, duendes como Lancelot, McSnoyd, um duende irônico, Gus, um tímido fantasma, e Gordon um assustado cão falante. Esta história, pelo seu assunto contrastante com a época, é uma exceção na tendência dos quadrinhos desses tempos. No Brasil, Barnaby apareceu como tira diária de O Estado de São Paulo.
- 1943 - Roy Crane cria Buzz Sawrey (Jim Gordon), piloto da aviação naval com suas aventuras no Pacifico.
- Walt Kelly lança o personagem “Pogo”, que ganhará relevo mais tarde numa HQ que é sátira à sociedade norte-americana, através de ani¬mais humanizados.
1944 - Frank Robbins lança “Johnny Hazard”, piloto que realiza suas aventuras nos quatro cantos do mundo.
- 1946 - Alex Raymond cria “Rip Kirby”, antigo comandante dos fuzileiros navais que, de volta à vida civil, se torna detetive particular. Kirby resolve inteligentemente seus casos e não apenas com sua força física. Trata-se de um herói intelectual.
- Para incentivar a produção das HQ, a National Cartoonists Society (N.C.S.), associação encarregada de defender os interesses artísticos e profissionais dos desenhistas, lançou nos EUA o "Reuben" (espécie de "Oscar" dos comics, no dizer de Moya, 1970). Trata-se de uma estatueta que representa um quarteto de horrendos gnomos, fazendo ginástica. O Reuben deveria ser entregue ao melhor desenhista do ano.
- Na Bélgica, aparece o semanário Tintin, que retoma o personagem criado por R. Velter, antes da guerra: “Spirou”, um jovem de roupa vermelha que se tornou um dos mais conhecidos heróis da Europa.
- Na Bélgica, Morris cria “Lucky Luke”, cowboy cheio de bom humor.
- 1947 - Milton Caniff cria “Steve Canyon”, antigo capitão da Força Aérea, diretor de uma companhia de aviação, em constante perigo de falên¬cia, o que obriga Canyon a aceitar missões perigosas.
- 1948 - Na Itália, G. BoreIli e A. Oallopini lançam “Tex Willer”, em aven¬turas no Oeste.
- Na Inglaterra, o Daily Mirror lança HQ para adultos com Buck Ryan, de Jack Monk, série de ficção científica; Garth de Steve Dowling (desenho achuriado) e Jane de Pett, personagem criada em 1932, e que fazia de 12 em 12 quadrinhos um strip-tease. (Perry & Aldridge, 1971).


Esse tempo realmente representa um período de declínio para as HQ, que encontra, a seguir, na década de 50, um período de renovação.